Uma das pesquisas efectuadas esta semana foi "Quando falamos de música o que é um Cravo". Trata-se efectivamente de uma questão interessante dado que nunca falamos neste blog dos instrumentos de música.
Bem fica uma explicação mais sistemática para mais tarde. Por agora para satisfazer a curiosidade desse leitor diremos que se trata de um instrumento de cordas beliscadas (não sei se esta é a tradução correcta do termo - estou habituado à designação francesa pincées). Contrariamente à noção comum este instrumento não é o antecessor do piano (o piano resultou da evolução do piano-forte) instrumento de corda percutida e não beliscada. A espineta e o virginal são instrumentos de caractetisticas semelhantes ao cravo.
O cravo é um instrumento típico da música renascentista e do barroco tendo no ultimo período do barroco e no período clássico perdido os favores dos compositores face ao piano-forte mais adequado à música e às salas de espectáculos cada vez maiores e com maior necessidade de projecção sonora. No século XX as correntes de música de época fizeram renascer o interesse por este instrumento.
Oiçam aqui um exemplo de uma composição para cravo do compositor francês François Couperin.
Na minha opinião, quando se refere ao piano-forte (que eu chamo de fortepiano - inventado por Cristofori) como antecessor do actual piano, permita-me que eu discorde, pois considero esse instrumento o mesmo.
ResponderEliminarSe fosse obrigado a escolher um antecessor para o piano, seria, sem dúvida, o clavicórdio, uma vez que o mecanismo é semelhante ao do piano actual no que diz respeito à maneira como a corda é posta a vibrar. Neste caso por martelos (corda percutida) e não por plectros (corda beliscada) como disse, e muito bem, que se passa nos cravos, virginais e espinetas.
Para exemplos do som de fortepianos ORIGINAIS podem sempre consultar AQUI
Um abraço