Ao escrever o post de ontem com a lista dos melhores concertos para violino, que colocamos à votação relembramos, lembrei-me que ainda não tinha falado deste compositor. Aliás é normal dado que na verdade já não é bem do período romântico podendo ser considerado como um produto de uma das escolas nacionais, no caso a Escola Austro-Hungara. Facto é que do ponto de vista de estilo estamos a falar de um ultra-romântico.
Max Bruch é quase um daqueles compositores praticamente conhecido por uma única obra, precisamente o seu concerto para violino nº1 em Sol Menor (op. 26). Dizemos praticamente porque a bem da verdade pode-se ouvir frequente também o Kol Nidrei (baseado numa melodia hebraica) para violoncelo e Orquestra. Curiosamente por ter escrito esta obra os seus trabalhos praticamente foram proíbidos na Alemanha Nazi e Bruch considerado "Judeu".
Este concerto para violino é hoje uma das peças do reportório violinistico. Este concerto segue a forma "classica" do concerto em três andamentos. Os dois primeiros devem ser interpretados sem separação. Se o primeiro andamento é extraordinário pelo diálogo entre o violino e a orquestra, o segundo andamento é inesquecível pelas melodias lirícas que emanam de cada frase do solista enquanto o terceiro andamento é notável pela acelaração final que eu acho enebriante.
O concerto é dedicado ao violinista Joseph Joachim de que já falámos por várias vezes neste blog.
Este concerto é sem dúvida um dos meus concertos de violino preferidos, e sim, podem considerar este texto como campanha eleitoral. Entre aqueles que estão na lista deve ser um dos que poderá precisar mais. Deverá ser dos menos conhecidos ...
Podem ouvir aqui o primeiro andamento , o segundo andamento aqui e finalmente o terceiro andamento aqui sempre pelo violinista Hungaro József Lendvay e a Orquestra de Saarbrücken.
Max Bruch nasceu em Colónia a 6 de Janeiro de 1838 tendo falecido a 2 de Outubro de 1920 em Berlim.
É verdade, o concerto de Bruch é muito especial e levou o meu voto. O de Sibelius é o que se aproxima mais desse romantismo excessivo, e é igualmente virtuosístico e apelativo a uma audição entusiástica. O adagio é fabulosamente bonito.
ResponderEliminarOs outros, muito bons, são um pouco mais académicos, ou seja, mais perfeitos mas mais entediantes à la longue.
Parabéns pelo excelente blog , sou seguidor.
Mário
Visto que não está bem colocado, faço campanha: O 2ª andamento do Concerto de Sibelius, com Oistrakh e a Filarmónica de Moscovo, aqui:
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=Lgj6q-x5yOI