domingo, 27 de novembro de 2011

Fado - Património Imaterial da Humanidade

Já não é (felizmente) novidade para a maioria dos portugueses mas o Fado foi votado na madrugada de Sábado para Domingo (hora de Lisboa) - Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO.

Não poderíamos deixar de por um lado dar os parabéns à equipa que trabalhou a proposta e em particular ao seu líder o musicólogo Rui Vieira Nery e por outro lado festejar. Os festejos já sabem que aqui é sempre com música e por isso escolhi para vós alguns fados de que gosto particularmente, pela música, pelo interprete ou pelo poema. Dirão que não é música clássica. Não será, mas é Fado e nos momentos que vos mostro creio que atinge o sublime ...

Em primeiro lugar Amália cantando Ary dos Santos ... Meu Amor, Meu Amor, meu corpo em movimento ...



Depois também de Ary dos Santos mas agora cantado por Carlos do Carmo Um Homem na Cidade



E porque não o Fado Falado pelo inesquecível João Villaret?

 

Ou para não nos esquecermos O Fado do Campo Grande com música do grande compositor português Maestro António Vitorino d´Almeida (Letra de Ary dos Santos)

 

Ou ainda Amália cantando Camões

 

E será com o poema de Camões que vos deixo porque há pouco mais para acrescentar. Vale pouco a nomeação, talvez. Vale certamente muito se nos ajudar a lembrar e a manter a memória de todos estes (e outros) artistas.

Com que voz chorarei meu triste fado,
que em tão dura paixão me sepultou.
que mor não seja a dor que me deixou o tempo,
de meu bem desenganado.

Mas chorar não estima neste estado
aonde suspirar nunca aproveitou.
triste quero viver, poi se mudou em tristeza
a alegria do passado.

Assim a vida passo descontente,
ao som nesta prisão do grilhão
duro que lastima ao pé que a sofre e sente.

De tanto mal, a causa é amor puro,
devido a quem de mim tenho ausente,
por quem a vida e bens dele aventuro.

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