A minha desculpa por esta ausência de posts mas entre o lançamento de uma nova publicação, a master class de que vos falei aqui não sobrou grande tempo (bem ainda houve algum para estudar piano) para outras actividades bloguistas.
Ainda hoje farei um pequeno post sobre as master class a que assisti.
A única música que precisa de embalagem é a música de plástico.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Master Class e Recital com David Russell
Para todos os que gostam de ver um grande professor dar aulas ou para todos os que de uma forma geral gostam de violino propomos para este fim de semana a Master Class e recital do Professor David Russell que terá lugar no Museu Nacional de Arte Antiga de Sexta a Domingo.
Para os horários das Master Classes o melhor será consultar no local dia a dia, quanto ao Recital ele terá lugar no Domingo às 18:30. Poderão ler aqui um resumo do currículo deste excepcional professor assim como obter os contactos para informação relativa a horários e reservas de lugar para o recital (entrada livre mas sujeita ao limite de lotação da sala).
Para os horários das Master Classes o melhor será consultar no local dia a dia, quanto ao Recital ele terá lugar no Domingo às 18:30. Poderão ler aqui um resumo do currículo deste excepcional professor assim como obter os contactos para informação relativa a horários e reservas de lugar para o recital (entrada livre mas sujeita ao limite de lotação da sala).
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Amanhã (Hoje) já é Outono - Por isso aqui fica uma comemoração em música
Para a comemoração procuramos obras em que os compositores tenham procurado de alguma forma representar esta estação que valha a verdade é talvez a menos celebrada. Para já é uma estação de transição o que a torna incompreendida de metade do mundo onde essas estações não existem. Depois marca a transição entre o Verão metaforicamente o pleno da vida e o Inverno metaforicamente o fim - ambas por essa razão merecem frequente atenção mas o que está pelo meio tem pouco interesse. Já a Primavera por seu lado tem a vantagem de sendo embora de transição marca o inicio das coisas. O Outono é assim uma estação que precisa de um grande esforço de marketing.
Tendo nascido no Outono penso que me cabe a missão de começar essa grande campanha promocional. Proponho que comecemos esta celebração com Haydn - As Estações (aqui a parte do Outono).
Claro que também já sabem que gostamos muito de Piazzolla e portanto aqui fica o Outono das suas Quatro Estações Portenhas
E por fim Vivaldi aqui numa interpretação com a inclusão de uma animação em areia que já vos mostramos uma vez neste site.
Tendo nascido no Outono penso que me cabe a missão de começar essa grande campanha promocional. Proponho que comecemos esta celebração com Haydn - As Estações (aqui a parte do Outono).
Claro que também já sabem que gostamos muito de Piazzolla e portanto aqui fica o Outono das suas Quatro Estações Portenhas
E por fim Vivaldi aqui numa interpretação com a inclusão de uma animação em areia que já vos mostramos uma vez neste site.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Pesquisas de Ontem: A Letra da Nona Sinfonia
Claramente estamos aqui a falar do Poema de Friderich Schiller escrito por volta de 1785 que celebrava o ideal de unidade e de igualdade e paz entre os homens. Notem que na altura estávamos numa sociedade onde ainda existiam classes com privilégios institucionalizados e mesmo monarquias de direito divino (a revolução francesa estava ainda a quatro anos de distância) pelo que este texto era só por si autenticamente um libretto revolucionário.
O poema em si foi adaptado por Beethoven sendo a tradução que aqui apresentamos a que está na Wikipedia (mais tarde prometo rever o texto para me assegurar da bondade da mesma). Claro que este poema ganha uma dimensão diferente com a música de Beethoven e vice-versa ... É difícil hoje perceber a dimensão totalmente revolucionária deste texto e desta música. Hoje em dia é o Hino da União Europeia o que é uma ideia fantástica. Só não sei é se a União merece o Hino que tem ou melhor, também tenho dúvidas que mereça sequer o nome.
Para ilustrar teria que ser a famosa ocasião em que Bernstein interpretou esta obra com a Filarmónica de Berlim e músicos vindos de um pouco toda a Europa para celebrar a queda do muro... Com a famos substituição de "Alegria" por "Liberdade" ....
[Barítono]
Amigos
Mudemos de tom,
entoemos algo mais agradável e cheio de alegria
[Barítonos, Quarteto, Coro]
Alegria, mais belo fulgor divino,
Filha de Elíseo,
Ébrios de fogo entramos
Em teu santuário celeste!
Teus encantos unem novamente
O que o rigor da moda separou.
Todos os homens se irmanam
Onde pairar teu vôo suave.
A quem a boa sorte tenha favorecido
De ser amigo de um amigo,
Quem já conquistou uma doce companheira
Rejubile-se connosco!
Sim, também aquele que apenas uma alma,
possa chamar de sua sobre a Terra.
Mas quem nunca o tenha podido
Livre de seu pranto esta Aliança!
Alegria bebem todos os seres
No seio da Natureza:
Todos os bons, todos os maus,
Seguem seu rastro de rosas.
Ela nos dá beijos e as vinhas
Um amigo provado até a morte;
A volúpia foi concedida ao verme
E o Querubim está diante de Deus!
[Tenor solo e coro]
Alegres, como voam seus sóis
Através da esplêndida abóboda celeste
Sigam irmãos sua rota
Gozosos como o herói para a vitória.
[Coro]
Abracem-se milhões de seres!
Enviem este beijo para todo o mundo!
Irmãos! Sobre a abóboda estrelada
Deve morar o Pai Amado.
Vos prosternais, Multidões?
Mundo, pressentes ao Criador?
Buscais além da abóboda estrelada!
Sobre as estrelas Ele deve morar.
O poema em si foi adaptado por Beethoven sendo a tradução que aqui apresentamos a que está na Wikipedia (mais tarde prometo rever o texto para me assegurar da bondade da mesma). Claro que este poema ganha uma dimensão diferente com a música de Beethoven e vice-versa ... É difícil hoje perceber a dimensão totalmente revolucionária deste texto e desta música. Hoje em dia é o Hino da União Europeia o que é uma ideia fantástica. Só não sei é se a União merece o Hino que tem ou melhor, também tenho dúvidas que mereça sequer o nome.
Para ilustrar teria que ser a famosa ocasião em que Bernstein interpretou esta obra com a Filarmónica de Berlim e músicos vindos de um pouco toda a Europa para celebrar a queda do muro... Com a famos substituição de "Alegria" por "Liberdade" ....
[Barítono]
Amigos
Mudemos de tom,
entoemos algo mais agradável e cheio de alegria
[Barítonos, Quarteto, Coro]
Alegria, mais belo fulgor divino,
Filha de Elíseo,
Ébrios de fogo entramos
Em teu santuário celeste!
Teus encantos unem novamente
O que o rigor da moda separou.
Todos os homens se irmanam
Onde pairar teu vôo suave.
A quem a boa sorte tenha favorecido
De ser amigo de um amigo,
Quem já conquistou uma doce companheira
Rejubile-se connosco!
Sim, também aquele que apenas uma alma,
possa chamar de sua sobre a Terra.
Mas quem nunca o tenha podido
Livre de seu pranto esta Aliança!
Alegria bebem todos os seres
No seio da Natureza:
Todos os bons, todos os maus,
Seguem seu rastro de rosas.
Ela nos dá beijos e as vinhas
Um amigo provado até a morte;
A volúpia foi concedida ao verme
E o Querubim está diante de Deus!
[Tenor solo e coro]
Alegres, como voam seus sóis
Através da esplêndida abóboda celeste
Sigam irmãos sua rota
Gozosos como o herói para a vitória.
[Coro]
Abracem-se milhões de seres!
Enviem este beijo para todo o mundo!
Irmãos! Sobre a abóboda estrelada
Deve morar o Pai Amado.
Vos prosternais, Multidões?
Mundo, pressentes ao Criador?
Buscais além da abóboda estrelada!
Sobre as estrelas Ele deve morar.
sábado, 18 de setembro de 2010
Post nº 1000 : Os vossos comentários a este blog (Parte 39 - 1 a 15 de Novembro de 2009)
No dia 2 de Novembro dizia Moura Aveirense comentando um post que era ao mesmo tempo a explicação de um termo para o nosso dicionário e também um post sobre Cecília Bartolli: "O disco é excelente. Quanto às fotografias, acho interessante a ideia, mas a figura da capa ficou horripilante, a meu ver (se calhar era mesmo esse o objectivo!). Tentei comprar bilhetes para o concerto de Madrid, mas esgotaram em uma hora :(". Gi por seu lado explicava que na verdade a operação ainda era pior do que eu pensava : "Fernando, a castração implicava a remoção total dos testículos, porque a intenção era não deixar que se fizesse a produção de testosterona pelos mesmos, embora ainda houvesse alguma produção por outras glândulas (suprarrenais).O corte do tal canal é a vasectomia que é usada para impedir a passagem dos espermatozóides e a fecundação.Concordo com a Moura, a imagem da capa é horrível." mdsol voltava depois de uma ausência (tínhamos saudades): "Ando a perder tanta cisa importante por aqui por manifesta falta de tempo. :))))". A minha mana Lucia por seu lado ficava contente por ter gostado do presente: "Quem foi amiguinha, quem foi?! Ainda bem que gostaste. Bj"
No dia 8 de Novembro Pianoman completava as nossas recomendações com : "Quanto à Sonata "appassionata" (nome não atribuído pelo compositor) de Beethoven, é de referir que poderá ser ouvida na próxima 4ª feira no Grande Auditório da Fund. Calouste Gulbenkian interpretada pelo pianista Radu Lupu." filoxera pedia-nos ajuda para a selecção de uma obra de música clássica calma : "Um verdadeiro roteiro musical de lés a lés. Muito bem! Sabe, não sou conhecedora da música clássica, o que lamento. Aproveito para lhe perguntar se me diz, sff, um trecho de música calma que seja susceptível de interpretação em violino, para um texto que tenho andado a magicar. Pode ser? Obrigada. Um beijinho." Que vergonha a minha, acho que nunca cheguei a responder. Se ainda for a tempo talvez recomende Vocalise de Rachmaninoff ou então Thais de Massenet por exemplo em ambos os casos as músicas pretendem representam a voz interior de um ser humano "preso" em reflexões ...
No dia 8 de Novembro um post sobre o tema "Porque não gostam as pessoas de música clássica" fez estalar alguma polémica. começou Blogger por concordar comigo : "Fernando,subscrevo em absoluto tudo o que disse! o meu objectivo com o meu blog pretende ser o mesmo. Força nisso!" Mário por seu lado concordava com algumas partes e discordava de outras: "Excelente texto, Fernando, a abrir polémica. Parabéns.
Três achegas:
1. Ontem a Casa da Música tinha muitas vagas e o pessoal saiu murcho. Poucas palmas. O concerto foi chato, longo e muito fraco. Admira que as crianças (bastantes) e jovens presentes deixem de gostar de "música clássica" ?
2."O que é triste não é a diferença de gostos, o que é triste é a ignorância e o apego ao desconhecimento ..."
Eu não ouço nem quero saber de Hip Hop. Tenho mesmo apego ao seu desconhecimento. Como diz um amigo meu, "não ouvi e não gostei". É grave? Tenho obrigação de conhecer TUDO para poder apreciar?
3. "Música clássica" não é sinónimo de sublime e imperdível. Há muita coisa dispensável, mal tocada e aborrecida. Quantas pessoas não se terão perdido assim ? É que tem de se distiguir o melhor do pior, não impingir "boleros de ravel" nem "adagios de albinoni" por bandas amadoras que se traduzem em estopadas , em assassínios de gosto, tão abundantes por aí.
Desafio: só pode gostar de "música clássica" quem se educou a distinguir boa e má música.
Nisso é que o o blog do Fernando (pode) ajuda(r)." Por outro lado um anónimo dava um exemplo de um concerto bom para a promoção junto dos mais novos: "Ainda há muita gente que gosta e aposta em fazer projectos de boa música, e que como prova disso ainda ontem vi um flyer para um concerto no europarque que me pareceu bastante interessante. Um concerto de Música classica, com desenhos animados e história legendada. www.yduko.com Para todas as familias que queiram educar o gosto musical dos pequenotes." Dialectos de Ternura como sempre simpaticamente concordava: "Gosto imenso de lê-lo!
Aprecio a maneira calma e serena com que expõe as suas ideias e opiniões, nunca forçando a «mão» Concordo com a sua análise final sobre a ignorância e o apego ao desconhecimento, mas será realmente assim tão simples?
Seria deveras interessante uma análise mais pormenorizada e aprofundada do tema.
Para disfrutarmos em plenitude da beleza deste género musical, investimos num bom equipamento de som para assim podermos usufruir da máxima qualidade dos cd, tambem eles de boa qualidade.
Se eu poderia viver sem a música clãssica?
Podia, mas não seria a mesma coisa.
Desejo-lhe tudo de bom!
Vou-me, ando a curar a gripe!
zia"
Eva Gonçalves por seu lado dizia : "Concordo que se deve na maioria das vezes, ao desconhecimento de muita música clássica. Não há hábitos de ouvir música clássica senão em casas particulares de apreciadores,escolas de música ou em grandes concertos. Ela é pouco divulgada. Temos apenas uma estação de rádio que a divulga(?)... e na tv, é verdade que há canais temáticos, mas nos generalistas, ela também deveria estar presente. Lembro-me que as primeiras óperas que vi foram na tv. Mas as pessoas têm tendência a dizer que não gostam mesmo sem conhecer... é verdade para este tipo de música, como para o heavy metal...ou para o fado...
Conheço poucas pessoas que não gostam de música clássica. Depois conheço aquelas que dizem gostar, mesmo sem conhecer grande coisa... e aquelas que não conhecendo, tenho a certeza, gostariam...Não penso que o gosto se eduque... ou os membros de uma mesma família, teriam os mesmos gostos, e nem sempre isso acontece...mas os ouvidos, esses educam-se, de preferência a ouvir um leque variado de música para optar segundo preferências individuais, e, como em vários outros domínios, a ouvir, sem pré-julgamentos. Também concordo que é triste esse apego a uma resposta fácil, dizendo não apreciar, desconhecendo a enorme diversidade dentro de um género que é aglomerado como um todo, mas que comporta diversos estilos de diversos compositores, abrange diversas épocas e até me custa acreditar que alguém diga que não gosta, sem sequer a conhecer minimamente, mas infelizmente, penso que será o que se passa...
Cumprimentos e continue com o bom trabalho aqui no blogue". Mário por fim respondia à nossa resposta dizendo: "Caro Fernando, Vejo que concorda com George Steiner, que afirma e "demonstra" não poder distinguir-se absolutamente a boa da má música; pois se a beleza estiver nos sentidos do observador, nada feito, não há critérios objectivos. Custa-me muito aceitar este ponto de vista. Cai por terra o papel da razão e do conhecimento. Isto leva muito longe, sei, mas penso que o Fernando, embora com o seu lado "apaixonado" e "subjectivo", põe neste blog um empenho tão grande em contribuir para uma melhor apreciação da música, que não vejo como argumenta (exagerando) que "um pai embevecido pode ouvir beleza no chiar de um filho roçando um arco numas quaisquer cordas", que é...a negação da música! Lá terei de oivir Hip Hop...."
A dia 10 de Novembro tínhamos um comentário belo e intrigante de um anónimo : "Numa radiante manhã de domingo podemos fazer muita coisa,como em todos os nossos tempos livres!Que tal olhar para o nosso lado..."
No dia 12 aconteceu a primeira referência a este conjunto de celebração dos 1000 posts que já vai em 39 partes ... mas sobre este post e outros onde discutimos como celebrar os 1000 faremos um especial.
No dia 14 Moura Aveirense mais uma vez revoltava-se (e bem) contra o esquecimento de Aveiro nas nossas recomendações: "Mais uma vez, Aveiro foi esquecido ;) Um pouco em cima da hora, ver aqui ! Raul Martins por seu lado insistia sobre a diferença entre Gaia e a Invicta Cidade do Porto: "Só agora vi a tua sugestão do Concerto na FNAC. Mas não é no Porto, Fernando, é em Vila Nova de Gaia. Temos que lutar pela nossa afirmação em relação ao Porto.. eh!eh!eh! E não sabes o dia e as horas do Concerto em Amarante?.Está tudo bem por aí? Um abraço tribal"
No dia 15 de Novembro Mário completava de forma excelente o nosso post sobre o termo "Fuga" . "Mais uma vez, parabéns, e não resisto a umas "variações". "Fuga" significa perseguição: a linha melódica tem de ser única, composta de forma a permitir várias sequências de desenvolvimento que se "perseguem". Na fuga clássica, o contraponto é exigido. Para cada "parte" que entra, outra parte (anterior)faz o contraponto. Para o ouvinte, o desafio é identificar onde o tema principal é retomado, e por quantas vezes o compositor conseguiu prolongar a retoma: de facto, a fuga é uma das mais difíceis e complexas formas musicais. Fugas em três partes são relativamente frequentes; em quatro já é mais raro; em cinco e sete partes não há nenhuma. Bach compôs uma em 13 partes (!!!). Uma fuga bem conhecida é o Kyrie do Requiem de Mozart."
No dia 8 de Novembro Pianoman completava as nossas recomendações com : "Quanto à Sonata "appassionata" (nome não atribuído pelo compositor) de Beethoven, é de referir que poderá ser ouvida na próxima 4ª feira no Grande Auditório da Fund. Calouste Gulbenkian interpretada pelo pianista Radu Lupu." filoxera pedia-nos ajuda para a selecção de uma obra de música clássica calma : "Um verdadeiro roteiro musical de lés a lés. Muito bem! Sabe, não sou conhecedora da música clássica, o que lamento. Aproveito para lhe perguntar se me diz, sff, um trecho de música calma que seja susceptível de interpretação em violino, para um texto que tenho andado a magicar. Pode ser? Obrigada. Um beijinho." Que vergonha a minha, acho que nunca cheguei a responder. Se ainda for a tempo talvez recomende Vocalise de Rachmaninoff ou então Thais de Massenet por exemplo em ambos os casos as músicas pretendem representam a voz interior de um ser humano "preso" em reflexões ...
No dia 8 de Novembro um post sobre o tema "Porque não gostam as pessoas de música clássica" fez estalar alguma polémica. começou Blogger por concordar comigo : "Fernando,subscrevo em absoluto tudo o que disse! o meu objectivo com o meu blog pretende ser o mesmo. Força nisso!" Mário por seu lado concordava com algumas partes e discordava de outras: "Excelente texto, Fernando, a abrir polémica. Parabéns.
Três achegas:
1. Ontem a Casa da Música tinha muitas vagas e o pessoal saiu murcho. Poucas palmas. O concerto foi chato, longo e muito fraco. Admira que as crianças (bastantes) e jovens presentes deixem de gostar de "música clássica" ?
2."O que é triste não é a diferença de gostos, o que é triste é a ignorância e o apego ao desconhecimento ..."
Eu não ouço nem quero saber de Hip Hop. Tenho mesmo apego ao seu desconhecimento. Como diz um amigo meu, "não ouvi e não gostei". É grave? Tenho obrigação de conhecer TUDO para poder apreciar?
3. "Música clássica" não é sinónimo de sublime e imperdível. Há muita coisa dispensável, mal tocada e aborrecida. Quantas pessoas não se terão perdido assim ? É que tem de se distiguir o melhor do pior, não impingir "boleros de ravel" nem "adagios de albinoni" por bandas amadoras que se traduzem em estopadas , em assassínios de gosto, tão abundantes por aí.
Desafio: só pode gostar de "música clássica" quem se educou a distinguir boa e má música.
Nisso é que o o blog do Fernando (pode) ajuda(r)." Por outro lado um anónimo dava um exemplo de um concerto bom para a promoção junto dos mais novos: "Ainda há muita gente que gosta e aposta em fazer projectos de boa música, e que como prova disso ainda ontem vi um flyer para um concerto no europarque que me pareceu bastante interessante. Um concerto de Música classica, com desenhos animados e história legendada. www.yduko.com Para todas as familias que queiram educar o gosto musical dos pequenotes." Dialectos de Ternura como sempre simpaticamente concordava: "Gosto imenso de lê-lo!
Aprecio a maneira calma e serena com que expõe as suas ideias e opiniões, nunca forçando a «mão» Concordo com a sua análise final sobre a ignorância e o apego ao desconhecimento, mas será realmente assim tão simples?
Seria deveras interessante uma análise mais pormenorizada e aprofundada do tema.
Para disfrutarmos em plenitude da beleza deste género musical, investimos num bom equipamento de som para assim podermos usufruir da máxima qualidade dos cd, tambem eles de boa qualidade.
Se eu poderia viver sem a música clãssica?
Podia, mas não seria a mesma coisa.
Desejo-lhe tudo de bom!
Vou-me, ando a curar a gripe!
zia"
Eva Gonçalves por seu lado dizia : "Concordo que se deve na maioria das vezes, ao desconhecimento de muita música clássica. Não há hábitos de ouvir música clássica senão em casas particulares de apreciadores,escolas de música ou em grandes concertos. Ela é pouco divulgada. Temos apenas uma estação de rádio que a divulga(?)... e na tv, é verdade que há canais temáticos, mas nos generalistas, ela também deveria estar presente. Lembro-me que as primeiras óperas que vi foram na tv. Mas as pessoas têm tendência a dizer que não gostam mesmo sem conhecer... é verdade para este tipo de música, como para o heavy metal...ou para o fado...
Conheço poucas pessoas que não gostam de música clássica. Depois conheço aquelas que dizem gostar, mesmo sem conhecer grande coisa... e aquelas que não conhecendo, tenho a certeza, gostariam...Não penso que o gosto se eduque... ou os membros de uma mesma família, teriam os mesmos gostos, e nem sempre isso acontece...mas os ouvidos, esses educam-se, de preferência a ouvir um leque variado de música para optar segundo preferências individuais, e, como em vários outros domínios, a ouvir, sem pré-julgamentos. Também concordo que é triste esse apego a uma resposta fácil, dizendo não apreciar, desconhecendo a enorme diversidade dentro de um género que é aglomerado como um todo, mas que comporta diversos estilos de diversos compositores, abrange diversas épocas e até me custa acreditar que alguém diga que não gosta, sem sequer a conhecer minimamente, mas infelizmente, penso que será o que se passa...
Cumprimentos e continue com o bom trabalho aqui no blogue". Mário por fim respondia à nossa resposta dizendo: "Caro Fernando, Vejo que concorda com George Steiner, que afirma e "demonstra" não poder distinguir-se absolutamente a boa da má música; pois se a beleza estiver nos sentidos do observador, nada feito, não há critérios objectivos. Custa-me muito aceitar este ponto de vista. Cai por terra o papel da razão e do conhecimento. Isto leva muito longe, sei, mas penso que o Fernando, embora com o seu lado "apaixonado" e "subjectivo", põe neste blog um empenho tão grande em contribuir para uma melhor apreciação da música, que não vejo como argumenta (exagerando) que "um pai embevecido pode ouvir beleza no chiar de um filho roçando um arco numas quaisquer cordas", que é...a negação da música! Lá terei de oivir Hip Hop...."
A dia 10 de Novembro tínhamos um comentário belo e intrigante de um anónimo : "Numa radiante manhã de domingo podemos fazer muita coisa,como em todos os nossos tempos livres!Que tal olhar para o nosso lado..."
No dia 12 aconteceu a primeira referência a este conjunto de celebração dos 1000 posts que já vai em 39 partes ... mas sobre este post e outros onde discutimos como celebrar os 1000 faremos um especial.
No dia 14 Moura Aveirense mais uma vez revoltava-se (e bem) contra o esquecimento de Aveiro nas nossas recomendações: "Mais uma vez, Aveiro foi esquecido ;) Um pouco em cima da hora, ver aqui ! Raul Martins por seu lado insistia sobre a diferença entre Gaia e a Invicta Cidade do Porto: "Só agora vi a tua sugestão do Concerto na FNAC. Mas não é no Porto, Fernando, é em Vila Nova de Gaia. Temos que lutar pela nossa afirmação em relação ao Porto.. eh!eh!eh! E não sabes o dia e as horas do Concerto em Amarante?.Está tudo bem por aí? Um abraço tribal"
No dia 15 de Novembro Mário completava de forma excelente o nosso post sobre o termo "Fuga" . "Mais uma vez, parabéns, e não resisto a umas "variações". "Fuga" significa perseguição: a linha melódica tem de ser única, composta de forma a permitir várias sequências de desenvolvimento que se "perseguem". Na fuga clássica, o contraponto é exigido. Para cada "parte" que entra, outra parte (anterior)faz o contraponto. Para o ouvinte, o desafio é identificar onde o tema principal é retomado, e por quantas vezes o compositor conseguiu prolongar a retoma: de facto, a fuga é uma das mais difíceis e complexas formas musicais. Fugas em três partes são relativamente frequentes; em quatro já é mais raro; em cinco e sete partes não há nenhuma. Bach compôs uma em 13 partes (!!!). Uma fuga bem conhecida é o Kyrie do Requiem de Mozart."
Coro de Câmara de Setúbal admite novas Coralistas
Conforme vem explicado no Blogue Bem Temperado. Jovens (de espírito) de Setúbal e arredores (ou de ainda mais longe só depende da motivação :-)) já sabem o que têm a fazer ... É que se ao vivo é outra coisa então participar ainda é melhor ! Também podem ler mais informação no blogue oficial do agrupamento.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Pesquisa de Ontem - Marc Antoine Charpentier
Uma das pesquisas de ontem teve como tema este compositor do barroco francês. Conhecido por ser o autor do hino da eurovisão foi nas composições de música sacra que provavelmente melhor desenvolveu o seu talento (embora na verdade a sua enorme versatilidade também possa ser considerada a sua melhor faceta).
Na verdade o hino que referimos é o preludio da obra Te Deum (H 146) em Ré Maior de que vos resolvemos falar em maior detalhe. Esta obra é composta por várias partes. A interpretação que utilizamos é a da Orquestra e Coro de St.Martin in the Fields dirigida por Sir Neville Marriner.
Preludio
Te Deum laudamus
Te aeternum Patrem
Pleni sunt coeli et terra
Te per orbem terrarum
Tu devicto mortis aculeo
Te ergo quaesumus
Aeterna fac sum Sanctis tuis
Dignare, Domine
In te, Domine, speravi
Na verdade o hino que referimos é o preludio da obra Te Deum (H 146) em Ré Maior de que vos resolvemos falar em maior detalhe. Esta obra é composta por várias partes. A interpretação que utilizamos é a da Orquestra e Coro de St.Martin in the Fields dirigida por Sir Neville Marriner.
Preludio
Te Deum laudamus
Te aeternum Patrem
Pleni sunt coeli et terra
Te per orbem terrarum
Tu devicto mortis aculeo
Te ergo quaesumus
Aeterna fac sum Sanctis tuis
Dignare, Domine
In te, Domine, speravi
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Pesquisas de ontem : "A tempestade na música clássica"
Esta é uma pesquisa que aparece com alguma frequência neste blog. Muitas vezes por causa da Sonata Nº17 para piano em Ré Maior, op. 31 #2 de Beethoven embora esta não seja a única peça que aborde este tema na música clássica (a propósito o nome não foi escolhido por Beethoven).
Uma outra possível razão da pesquisa está relacionada com a peça de Shakespeare : "A Tempestade" para a qual vários compositores compuseram música incidental (por exemplo Sibelius Op. 109) ou Poemas Sinfónicos (por exemplo Tchaikovsky op. 18) .
Uma outra possível razão da pesquisa está relacionada com a peça de Shakespeare : "A Tempestade" para a qual vários compositores compuseram música incidental (por exemplo Sibelius Op. 109) ou Poemas Sinfónicos (por exemplo Tchaikovsky op. 18) .
domingo, 12 de setembro de 2010
Pietro Locatelli (1695 - 1764) - Pesquisas de ontem
Das pesquisas de ontem a mais interessante foi a que nos questionou sobre Pietro Locatelli de quem já tínhamos escrito uma biografia.
O Opus 3 de que falamos na biografia "L'arte del violino: XII concerti con XXIV capricci ad libitum" publicado em 1733 em Amsterdão é um marco na progressão do instrumento e a fundação do que viria a ser o conceito do virtuoso no instrumento seguido por Paganini e depois pelos vários românticos.
Este papel de percursor valeu a Locatelli bastantes incompreensões dado que neste período fim do barroco - inicio do romântico nem sempre se entendia a linguagem do compositor muitas vezes considerada de mau gosto. O próprio carácter de Locatelli enquanto instrumentista, bastante reservado terá possivelmente contribuído para esta apreciação pouco favorável. Os 12 concertos incluem cada um dois caprichos no fim do primeiro e terceiro andamento que eram normalmente interpretados como cadenzas sendo que hoje em dia são muitas vezes interpretados isoladamente do resto do concerto. Podem ouvir (e ver) aqui o primeiro andamento do primeiro concerto (neste versão sem o referido capricio) . Nesta outra versão podem então ouvir o capricio no fim do andamento tal como escrito por Locatelli.
O Opus 3 de que falamos na biografia "L'arte del violino: XII concerti con XXIV capricci ad libitum" publicado em 1733 em Amsterdão é um marco na progressão do instrumento e a fundação do que viria a ser o conceito do virtuoso no instrumento seguido por Paganini e depois pelos vários românticos.
Este papel de percursor valeu a Locatelli bastantes incompreensões dado que neste período fim do barroco - inicio do romântico nem sempre se entendia a linguagem do compositor muitas vezes considerada de mau gosto. O próprio carácter de Locatelli enquanto instrumentista, bastante reservado terá possivelmente contribuído para esta apreciação pouco favorável. Os 12 concertos incluem cada um dois caprichos no fim do primeiro e terceiro andamento que eram normalmente interpretados como cadenzas sendo que hoje em dia são muitas vezes interpretados isoladamente do resto do concerto. Podem ouvir (e ver) aqui o primeiro andamento do primeiro concerto (neste versão sem o referido capricio) . Nesta outra versão podem então ouvir o capricio no fim do andamento tal como escrito por Locatelli.
Lista de 100 Obras de Música Clássica (para principiantes mas não só)
Por sugestão do nosso leitor Geocrusoe fizemos duas alterações na lista das 100 melhores obras de música clássica para principiantes (e não só). Adicionamos Die Schöne Mullerin que fica muito bem ao lado de Winterreise e substituímos as Sonatas para Piano pela Sinfonia Incompleta nº8. Todas estas obras de Schubert. As restantes sugestões do nosso leitor não encontraram ainda o caminho para a presença nesta selecta lista pese a sua enorme qualidade e relevância musical.
Veremos no futuro porque como vos disse esta lista está ainda a ser afinada e aberta às vossas contribuições.
Veremos no futuro porque como vos disse esta lista está ainda a ser afinada e aberta às vossas contribuições.
sábado, 11 de setembro de 2010
Post nº 1000 : Os vossos comentários a este blog (Parte 38 - 16 a 31 de Outubro de 2009)
A 17 de Outubro Luís Maia simpaticamente acrescentava uma sugestão para Portimão em complemento às sugestões da semana (atenção que esta sugestão é para 2009 :-)): "Se me permite já que mencionou Portimão, o informo que também no dia 23 deste mês, será apresentada a ópera Sansão e Dalila, no âmbito do Festival de Ópera de Portimão, que todos anos acontece. A direcção é do maestro Ferreira Lobo e teremos Carlos Guilherme e Alla Gorobchenko como protagonistas". Frioleiras pedia-nos para acrescentar a representação da obra de Marcos Portugal (que por acaso estava na lista) : "E La Zaida (de Marcos Portugal) na Gulbenkian?............ Versão concerto pela primeira vez em Portugal. Era importante ver/ouvir.... (creio eu). Foi na F.C.Gulbenkian dias 15 e 17."
A 19 de Outubro Geocrusoe comentava sobre o nosso dicionário de termos musicais : "Embora conheça o termo, considero este tipo de post informativos de grande importância, por permitirem conhecer técnicas e termos que podem passar despercebidos aos ouvintes.Efectivamente o uso e abuso de uma dada técnica como o legato, pode transformar um obra alegre e fresca numa obra melosa e enjoativa."
A 20 de Outubro Dialectos de Ternura comentando as nossas pesquisas mais interessantes da semana afirmava: "Perlman faz-me voar com "Thais", de Massenet Um pai babado pelo finlho é melodia que faz enternecer! zia". Mário por seu lado comentava a ilusão da escala de Penrose : "Devo ter algum defeito auditivo: enquanto a ilusão visual funciona a 100% , a subida de escala sonora falha: noto perfeitamente quando a nota desce em vez de subir, e lá se vai a ilusão! É mais fácil fazer trapaça com a perspectiva 3D -> 2D do que com a perspectiva sonora, a que falta o 3D !"
No dia 23 de Outubro após trocar o nome de uma das nossas leitoras e comentadoras mais assiduas recebemos o seguinte comentário : "É "Moura", Fernando, não "Moira" ;) O primeiro concerto foi belíssimo, pena estar tão pouca gente...". Claro que me auto-puni de forma assaz violenta como respondi de seguida : "Ooooooooooooooooooooooooooops ! Vou corrigir e vou escrever no quadro mil vezes, além de me castigar de forma inconfessável batendo com a cabeça na parede ...". Ainda nesse mesmo dia Fantasia Musical propunha um outro concerto : "AHH!... Falta um concerto importantíssimo que se realizará amanhã, domingo, em Castelo Branco com a Orquestra Académica da ANSO (Metropolitana). Será pelas 16H30, no Cine Teatro Avenida. É que na 2ª Sinfonia de Beethoven que será interpretada na segunda parte do concerto, terá uma flautista muito especial ;)".
A 26 de Outubro Pianoman comentava a nossa tradução da análise de Berlioz da Nona Sinfonia de Beethoven : "é uma óptima análise.Mas, uma pergunta: isto é uma tradução, não é? é que, por vezes, nota-se uma espécie de tradução "à letra", provavelmente do inglês, principalmente no uso de alguns termos técnicos (ex: "sétima diminuída" é claramente "sétima diminuta")." Quanto a Dialectos de Ternura admirava-se da ousadia de Berlioz : "Ai, ai,Curiosa e expectante andava eu pela continuação. Saltando a análise da parte física ou técnica musical, que reconheço humildemente não perceber patavina, a restante análise não me defraudou,muito pelo contrário. Acaba aqui a análise de Berlioz? Que atrevimento!Muitíssimo obrigada!"
Também no dia 26 de Outubro mas agora comentando as nossas pesquisas da semana dizia João Ferreira : "Eu conheço-a e posso por isso tentar ajudar. Têm aí em pdf uma pequena biografia.
http://www.fpc.pt/FPCWeb/docs/21840.pdf. E passo a informar que amanhã dia 28 pelas 19h ela dará um recital de piano solo na Fundação Portuguesa das Comunicações, concerto a ser transmitido em directo pela Antena 2 e inserido no programa Concerto Aberto. Programa:
http://www.fpc.pt/FPCWeb/displayconteudo.do2;jsessionid=CDD548D910A6F8217226519907454997numero=21839". Rifa afirmava que talvez fosse ao concerto : "Obrigado pela informação. Gostava de ir, talvez vá." E foi pergunta-se hoje que está passado praticamente um ano?. Pianoman por seu lado ajudava-nos explicando quem era Henck : "Henck é Herbert Henck, um dos pianistas que gravou os Klavierstücke de Stockhausen em CD."
A artista de que falávamos no paragrafo anterior é Rita Namorado de quem recomendamos o seu concerto aberto e que foi comentado pelo Sofá Amarelo : "Xi, podia ter passado lá a essa hora - era uma óptima maneira de terminar dois recheados de conferências na Gulbenkian... interessantíssimas! Um abraço!!!"
Anamar dizia no dia 29 de Outubro a propósito do post em que dei os parabéns à minha mana Lucia : "Posso dar-lhe também os parabéns??? Dia feliz... Agora vou ouvir a música...:))". Quanto a minha mana agradeceu assim : "Antes de outras considerações, um obrigado à “anamar” pela sua mensagem.Quanto ao meu Querido Mano, não estivesse a escrever em publico, dizia-lhe que o quanto me extasiei com o melhor presente do dia que foi a sua mensagem, assim apenas te agradeço do fundo do coração as tuas comoventíssimas palavras, o "Solo Per Te Lucia", magnificamente cantado pelo “meu” Pavarotti e claro, a lembrança da “nossa” Teresa Stich-Randall que tanto e tanto me tem acompanhado. Obrigada pelo teu tão bonito presente virtual e pelas tuas palavras um grande BEM HAJA."
Numa tentativa (frustrada) de termos uma rubrica diária com as pesquisas efectuadas no dia anterior comentou Geocrusoe : "Conheço a soprano em causa e confesso que gosto muito da sua voz, não muito forte, mas agradável e fresca. Já a ouvi cantar várias vezes no Faial, embora não conheça nenhum vídeo dela no youtube, só mesmo ao vivo, o que também é bom sinal ;)"
A 19 de Outubro Geocrusoe comentava sobre o nosso dicionário de termos musicais : "Embora conheça o termo, considero este tipo de post informativos de grande importância, por permitirem conhecer técnicas e termos que podem passar despercebidos aos ouvintes.Efectivamente o uso e abuso de uma dada técnica como o legato, pode transformar um obra alegre e fresca numa obra melosa e enjoativa."
A 20 de Outubro Dialectos de Ternura comentando as nossas pesquisas mais interessantes da semana afirmava: "Perlman faz-me voar com "Thais", de Massenet Um pai babado pelo finlho é melodia que faz enternecer! zia". Mário por seu lado comentava a ilusão da escala de Penrose : "Devo ter algum defeito auditivo: enquanto a ilusão visual funciona a 100% , a subida de escala sonora falha: noto perfeitamente quando a nota desce em vez de subir, e lá se vai a ilusão! É mais fácil fazer trapaça com a perspectiva 3D -> 2D do que com a perspectiva sonora, a que falta o 3D !"
No dia 23 de Outubro após trocar o nome de uma das nossas leitoras e comentadoras mais assiduas recebemos o seguinte comentário : "É "Moura", Fernando, não "Moira" ;) O primeiro concerto foi belíssimo, pena estar tão pouca gente...". Claro que me auto-puni de forma assaz violenta como respondi de seguida : "Ooooooooooooooooooooooooooops ! Vou corrigir e vou escrever no quadro mil vezes, além de me castigar de forma inconfessável batendo com a cabeça na parede ...". Ainda nesse mesmo dia Fantasia Musical propunha um outro concerto : "AHH!... Falta um concerto importantíssimo que se realizará amanhã, domingo, em Castelo Branco com a Orquestra Académica da ANSO (Metropolitana). Será pelas 16H30, no Cine Teatro Avenida. É que na 2ª Sinfonia de Beethoven que será interpretada na segunda parte do concerto, terá uma flautista muito especial ;)".
A 26 de Outubro Pianoman comentava a nossa tradução da análise de Berlioz da Nona Sinfonia de Beethoven : "é uma óptima análise.Mas, uma pergunta: isto é uma tradução, não é? é que, por vezes, nota-se uma espécie de tradução "à letra", provavelmente do inglês, principalmente no uso de alguns termos técnicos (ex: "sétima diminuída" é claramente "sétima diminuta")." Quanto a Dialectos de Ternura admirava-se da ousadia de Berlioz : "Ai, ai,Curiosa e expectante andava eu pela continuação. Saltando a análise da parte física ou técnica musical, que reconheço humildemente não perceber patavina, a restante análise não me defraudou,muito pelo contrário. Acaba aqui a análise de Berlioz? Que atrevimento!Muitíssimo obrigada!"
Também no dia 26 de Outubro mas agora comentando as nossas pesquisas da semana dizia João Ferreira : "Eu conheço-a e posso por isso tentar ajudar. Têm aí em pdf uma pequena biografia.
http://www.fpc.pt/FPCWeb/docs/21840.pdf. E passo a informar que amanhã dia 28 pelas 19h ela dará um recital de piano solo na Fundação Portuguesa das Comunicações, concerto a ser transmitido em directo pela Antena 2 e inserido no programa Concerto Aberto. Programa:
http://www.fpc.pt/FPCWeb/displayconteudo.do2;jsessionid=CDD548D910A6F8217226519907454997numero=21839". Rifa afirmava que talvez fosse ao concerto : "Obrigado pela informação. Gostava de ir, talvez vá." E foi pergunta-se hoje que está passado praticamente um ano?. Pianoman por seu lado ajudava-nos explicando quem era Henck : "Henck é Herbert Henck, um dos pianistas que gravou os Klavierstücke de Stockhausen em CD."
A artista de que falávamos no paragrafo anterior é Rita Namorado de quem recomendamos o seu concerto aberto e que foi comentado pelo Sofá Amarelo : "Xi, podia ter passado lá a essa hora - era uma óptima maneira de terminar dois recheados de conferências na Gulbenkian... interessantíssimas! Um abraço!!!"
Anamar dizia no dia 29 de Outubro a propósito do post em que dei os parabéns à minha mana Lucia : "Posso dar-lhe também os parabéns??? Dia feliz... Agora vou ouvir a música...:))". Quanto a minha mana agradeceu assim : "Antes de outras considerações, um obrigado à “anamar” pela sua mensagem.Quanto ao meu Querido Mano, não estivesse a escrever em publico, dizia-lhe que o quanto me extasiei com o melhor presente do dia que foi a sua mensagem, assim apenas te agradeço do fundo do coração as tuas comoventíssimas palavras, o "Solo Per Te Lucia", magnificamente cantado pelo “meu” Pavarotti e claro, a lembrança da “nossa” Teresa Stich-Randall que tanto e tanto me tem acompanhado. Obrigada pelo teu tão bonito presente virtual e pelas tuas palavras um grande BEM HAJA."
Numa tentativa (frustrada) de termos uma rubrica diária com as pesquisas efectuadas no dia anterior comentou Geocrusoe : "Conheço a soprano em causa e confesso que gosto muito da sua voz, não muito forte, mas agradável e fresca. Já a ouvi cantar várias vezes no Faial, embora não conheça nenhum vídeo dela no youtube, só mesmo ao vivo, o que também é bom sinal ;)"
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
As 100 músicas clássicas que recomendo para começar
Ontem publiquei a primeira versão de uma página fixa com esta lista. Hoje publico este post para vos dar oportunidade de comentar. Notem que não está ainda completa e é bem possível que ainda faça umas alterações. Por isso sintam-se à vontade para comentar, sugerir, criticar, ...
Há muito tempo que penso em fazer esta lista mas por uma razão ou outra nunca consegui ter a disponibilidade para o fazer. O critério é simples: Trata-se de uma lista para pessoas pouco familiarizadas com este género de música mas que gostariam de perceber melhor o seu encanto. Inclui todos os géneros e todos os períodos. A lista vai conter 101 obras, ou melhor 100 mais uma, uma que será especial, aquela que em meu entender escolheria se tivesse de propor uma única obra.
Esta lista irá sendo actualizada aos poucos e pode mesmo acontecer que obras que incluí num determinado momento sejam retiradas (para outras poderem entrar). Para além disto no futuro iremos ter esta lista categorizada por vários critérios: Época, Tipo de Instrumento ou Tipo de Obra por exemplo. Por agora podem ir comentando neste post (já que as páginas não são comentáveis). A lista terá quando completa uma pequena descrição para cada obra (neste momento a descrição apenas existe para algumas ... A lista está ordenada de forma aproximadamente cronológica (não rigorosa, mas aproximada relativamente ao período).
- Bach: Os Concertos de Brandenburgo . São 6 concertos todos eles merecedores de serem ouvidos. Podem começar pelo Segundo que a titulo de informação foi uma das obras seleccionadas para fazer parte do Disco de Ouro colocado na Voyager 2 como representativo da cultura humana.
- Bach: Partitas para Violoncelo Solo : Na obra de Bach há três instrumentos com obras de instrumento solo. Qualquer uma destas obras poderia (deveria) fazer parte desta lista, como não sei se tenho items suficientes por agora vou escolher entre o Violoncelo (partitas para Violoncelo solo), o Violino (partitas para Violino Solo) e o Piano (cravo se preferirem ser temporalmente rigorosos - Cravo bem Temperado ou mesmo as variações Goldberg). Pelo título já perceberam que a minha escolha foi o Violoncelo.
- Bach: Paixão Segundo S. Mateus : Para muitos esta é a melhor obra de música sacra de sempre. Embora não seja uma obra especialmente fácil de ouvir nos nossos dias tendo em conta a sua duração não poderia deixar de estar nesta lista pelos momentos verdadeiramente sublimes que contém.
- Bach: Missa em Si Menor. Obra composta por peças de vários períodos muito provavelmente escolhidas por Bach como uma forma de resumo do que ele considerava ter feito de melhor.
- Vivaldi : L´Estro Armónico : Este conjunto de 12 Concertos foi apenas a terceira obra publicada do compositor Italiano tendo representado uma inovação considerável. Muitas vezes tendo servido de fonte de inspiração, transcritos para piano por Bach ignora-se injustamente muitas vezes hoje o efeito revolucionário deste conjunto.
- Vivaldi : As Quatro Estações: Repetidas vezes sem conta podem por vezes passar-nos quase desapercebidas quanto ao seu mérito musical. Porém estes quatro concertos para além de terem sido das primeiras experiências de música programática fazem parte sem margem para dúvida daquelas obras que não poderão deixar de ouvir.
- Handel - Water Music : Obra concebida para ser ouvida ao ar livre e por essa razão com uma orquestração que privilegia os sopros. É também um dos primeiros exemplos de música clássica efectivamente concebida para ser ouvida por um publico que não se resumia à nobreza ou ao clero. Nas bermas do Tamisa onde passeava o rei nas suas barcaças dizem as crónicas da época que se juntaram centenas de milhares de pessoas para ouvirem ... Uma espécie de festival de verão da época - portanto.
- Handel : Messiah
- Handel : Royal fireworks
- Corelli : Doze Concertos Grosso, Op. 6
- Domenico Scarlatti - Sonatas para piano : São mais de 500 obras (550 para sermos mais exactos) que embora sendo bastante simples conceptualmente não deixam de conseguir transmitir de forma absolutamente clara fortes emoções e uma cor ibérica que por vezes parece fado ...
- Telemann: Taffel Music
- Couperin : vingt sept ordres
- Haydn : Concerto para Violoncelo nº 1
- Haydn : As Estações, A Criação
- Haydn: Sinfonia nº 104 (Londres) Sinfonia 94 (A Surpresa)
- Mozart : Concerto para Piano nº 21
- Mozart : Ein Klein Nacht Music
- Mozart : Sinfonia nº 40, nº 41 Jupiter
- Mozart. Sinfonia Concertante
- Mozart: A Flauta Mágica
- Mozart: Requiem
- Beethoven: Sinfonia nº 7, Sinfonia nº 5 , Sinfonia nº 3
- Beethoven - Piano nº4 e Concerto para Piano nº 5
- Beethoven: Sonata Primavera, Kreutzer e Tempestade
- Beethoven: Concerto para Violino
- Beethoven: Triplo Concerto
- Chopin : Piano Concerto nº 1 e 2
- Chopin : Nocturnos
- Liszt: Estudos Transcendentais
- Liszt: concertos Piano nº 1 e nº 2
- Berlioz - Sinfonia Fantástica : Uma das obras de música programática mais interessantes que conheço porque embora contendo um objectivo especifico no que diz respeito às emoções e estados de espírito que pretende (e consegue) fazer passar ao ouvinte não deixa de nos dar um vasto espaço de liberdade na sua interpretação.
- Paganini : Capricios, Concerto para Violino nº 1
- Schumann - Diechterlieb : Um ciclo de canções que com Winterreise e Die Schone Mullerin de Schubert constituem o coração do Lieder alemão. Podem consultar aqui o índice que vos permitirá aceder à descrição e tradução de cada uma das 16 canções que compõem o ciclo.
- Schumann: Concerto para Violoncelo em Lá Menor
- Schumann: Sinfonia nº 4
- Schubert - Os grandes ciclos de Canções: Para muitos Schubert é o pai das canções. Nós neste blog concordamos que será pelo menos um dos progenitores. Por isso nesta lista não poderia deixar de estar o ciclo Winterreise e agora também, por sugestão do nosso leitor Geocrusoe, Die Schone Mullerin.
- Schubert - Sinfonia Incompleta (nº 8) em Si Menor: Antes nesta lista tinha colocado as Sonatas para Piano que também mereceriam o destaque, mas concordo com o nosso leitor Geocrusoe que esta sinfonia é marcante. Podem ouvir aqui o inicio da mesma em que reconhecerão sem dúvida o tema, uma melodia sobejamente conhecida e que atesta o talento de Schubert neste particular (a criação de melodias absolutamente inesquecíveis). Como diz o nosso leitor até pode estar formalmente incompleta mas não parece, não parece.
- Schubert: Quinteto para Piano em Lá Maior (A Truta)
- Verdi: Traviata
- Verdi: Rigoletto
- Frank: Sonata para Violino
- Strauss : Valsas
- Tchaikovsky - Concerto Piano nº 1 : Uma daquelas obras de que certamente conhecemos de cor os primeiros compassos e que invariavelmente associamos ao cinema. E é justa essa associação porque a linguagem musical utilizada dificilmente poderia ser mais cinematográfica. Começando com um tema que nunca mais é repetido tudo o resto parece um maravilhoso flashback numa procura dessa melodia perdida. Ficamos durante o concerto com algumas saudades é verdade apesar de tantas outras que ao longo do mesmo se vão espalhando num dos concerto mais emocionantes que conheço. Porém aquele primeiro tema fugiu para nunca mais voltar ...
- Tchaikovsky - Concerto para Violino nº 1 : Para muitos este é "O" Concerto para Violino ou mesmo é "O" concerto todos os instrumentos considerados. Não lhe faltam atributos para isso: Um Primeiro Andamento verdadeiramente frenético e inspirador, um Segundo Andamento de grande lirismo, profundo e repousante para voltarmos a um ritmo e uma demonstração de virtuosismo do solista no Terceiro Andamento num diálogo crescente com a Orquestra e que resulta verdadeiramente inebriante.
- Tchaikovsky: Sinfonia nº 6
- Tchaikovsky: Quebra Nozes, Lago dos Cisnes
- Brahms : Sonatas para Violino e Piano
- Brahms : Duplo concerto para Violino e Violoncelo
- Brahms : Deutsche Requiem
- Brahms: Sonatas para Clarinete
- Lalo: Sinfonia Espanhola
- Mendelssohn : Concerto para Violino nº 1
- Mendelssohn: Piano Concerto nº 1
- Mendelssohn: Canções sem Palavras
- Richard Strauss : Quatro Ultimas Canções
- Saint Saens: Concerto de Piano nº 2 e nº 5
- Ravel : Bolero
- Ravel: Concerto Piano para a mão esquerda
- Bruch: Concerto para Violino
- Grieg : Concerto para Piano e Orquestra
- Grieg : Peer Gynt
- Delibes: Lakmé
- Carl Off : Carmina Burana
- Wagner : Der Ring des Nibelung
- Dvorack: Sinfonia nº 9 "do Novo Mundo" : Se existe uma maldição para os compositores que se atrevem a chegar à nona sinfonia essa maldição certamente não passa para os ouvintes ! Tal como muitas outras sinfonias com este número esta obra de Dvorak é verdadeiramente épica, um monumento musical intemporal e simultâneamente americano e multi-étnico numa mistura de géneros típica do novo Continente, de contrastes violentos entre o silêncio e a explosão, entre a melodia e o ritmo, entre os próprios ritmos entre si. Uma verdadeira "sopa" musical passe a expressão que poderia deixar a ideia de um prato menos conseguido. Não, esta mistura é mesmo de elevadissima qualidade mas sem por isso deixar de ser fácil e popular; a razão do seu sucesso.
- Dvorak : Concerto para Violoncelo
- Brukner : Sinfonia nº 7
- Rimsky Korsakov : Scherezade : Este poema sinfónico é como saberão os leitores deste blog uma das obras que marcou a minha adolescência. Foi um dos primeiros vinis que descobri na colecção do meu pai e que ouvi vezes sem conta enquanto estudava (pode parecer mentira mas foi mesmo assim). Desconfio que não existem melodias mais emocionantes do que aquelas que Rimsky Korsakov escreveu. Emocionantes no sentido de nos levarem a querer abraçar ou beijar o próximo ou a batalhar ferozmente pela vida. Mais tarde descobri a apreciar também a maestria absoluta da orquestração a forma hábil como os instrumentos dialogam ou se confrontam. Mas na adolescência o que contava mesmo era a embriaguez proporcionada por aqueles sons. Claro que por vezes os estudos ressentiam-se ...
- Ernest Chausson : Poème
- Puccini : Madama Butterfly
- Puccini : La Bohéme
- Rossini: O casamento de Figaro
- Sibelius : Concerto para Violino
- Rachmaninov : Concerto piano nº 2
- Prokofiev : Pedro e o Lobo
- Prokofiev: Concerto para piano nº 1 e nº 3
- Prokofiev: Romeo and Juliet
- Mahler : Das Lied von der Erde
- Mahler - Sinfonia nº 9 : A maldição da nona, a ultima das sinfonias de tantos grandes compositores ao ponto destes por vezes procurarem abster-se de a numerar assim. Esta sinfonia é vista por muitos como um longo adeus de Mahler em quatro longos andamentos cada um deles constituindo uma forma diferente de despedida. Certo é que se para os autores mais supersticiosos poderiam existir indícios de uma maldição, não deixa de ser menos verdade que cada uma dessas obras de "despedida" é uma verdadeira obra prima. Esta nona Sinfonia de Mahler não destoa desse conjunto!
- Debussy : Prelude aprés midi d´un faune
- Satie: Gnossienes e Gymnopedies
- Stravinsky : A Sagração da Primavera
- Stravinsky : O Conto do Soldado
- Ysaÿe : seis sonatas para violino
- Gershwin: Rhapsody in Blue
- Rodrigo : Concerto de Aranjuez
- Rodrigo : Fantasia para un Gentilhombre
- Khachaturian : Concerto de Violino
- Britten : The Young Person´s Guide to the Orchestra
- Britten : A midsummer Night´s Dream
- Britten : War Requiem
- Holst: Os planetas
- Heitor Villa-Lobos : Bachianas Brasileiras
- Schostakovich : Concerto para Violino nº 1
- Schostakovich : Concerto para Violoncelo nº 1
- Schostakovich: Quartetos para Cordas
- Piazolla : Tangos
- Leonard Bernstein : West Side Story
- Bartok: Sonatas para Violino nº 1 e 2
E a surpresa, a obra extra só poderia ser obviamente a Nona de Beethoven.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Ferenc Erkel (1810 - 1893)
Ferenc Erkel (7 de Novembro de 1810, Gyula - 15 de Junho de 1893, Budapeste)
Embora tenhamos começado a nossa viagem aos compositores de Ópera Romântica e até já tenhamos seleccionado as obras de que vamos falar alguns compositores e algumas obras terão de ficar de fora desse percurso mais detalhado.Um desses compositores é Ferenc Erkel nascido há quase duzentos anos em Gyula (a 7 de Novembro de 1810) . Ferenc Erkel poderia perfeitamente ser considerado um compositor nacionalista de tal forma algumas das suas composições fazem parte da Hungria. Dessas poderíamos começar pelo Hino da Hungria que podem ouvir e ver no link sugerido numa excelente interpretação da Orquestra Nacional Húngara (o poema é de Ferenc Kölcsey, não terão dificuldade em encontrar uma tradução na net).
No que diz respeito ao género musical que motivou este post, das suas óperas teríamos de destacar Bánk Bán que muitos consideram "A" opera nacional da Hungria. Bán em magiar significa algo como Vice-Rei pelo que o titulo desta ópera seria algo como "O Vice-Rei Bank". A história passasse no século XIII e conta o assassinato da Raínha Gertrúd. Esta ópera embora não faça parte do reportório "normal" é frequentemente interpretada na Hungria. Podem ouvir aqui uma parte desta ópera. Na verdade no You Tube encontrarão muitos outros bocados, desconfio mesmo que será possível montar uma interpretação inteira, hoje não tenho tempo mas prometo que irei tentar. Por agora fiquem com esta parte ...
domingo, 5 de setembro de 2010
Porque fico "fulo" com o anuncio do Óleo Fula
Não tenho nada contra a utilização de música clássica como fundo musical em anúncios. Nada contra mas na verdade também muito pouco a favor. Neste caso em particular chateia-me um pouco que se associe Mozart ao combate aos maus cheiros dos fritos embora ele se fosse vivo certamente não desdenharia o contrato. Vejam aqui o anuncio se não o viram na TV. Tem piada confesso a deformação das caras mas não tem absolutamente nada, mas nada a ver com nada do libretto da ópera.
Para que pelo menos este anuncio sirva para a cultura fiquem a saber que a música é parte da ópera Flauta Mágica de Mozart, podem ouvir aqui o original talvez fiquem com curiosidade para ouvir o resto. Se assim for pelo menos alguma coisa teremos ganho.
Para que pelo menos este anuncio sirva para a cultura fiquem a saber que a música é parte da ópera Flauta Mágica de Mozart, podem ouvir aqui o original talvez fiquem com curiosidade para ouvir o resto. Se assim for pelo menos alguma coisa teremos ganho.
sábado, 4 de setembro de 2010
Post nº 1000 : Os vossos comentários a este blog (Parte 37 - 1 a 15 de Outubro de 2009)
No dia 1 de Outubro Mário concordava com uma série de citações sobre a Música (recolhidas no Dia Mundial da Música) mas discordava de Camus : "Também concordaria com todos...menos Camus! Então "A arte não tolera a razão" ? Profundamente em desacordo. A razão, aliás, ajuda a perceber e sentir mais intensamente a arte. Se assim não fosse, o músico (instrumentista, maestro) estaria proibido de ter conhecimento, teria de eliminar o racional e a análise sobre o seu trabalho, sob pena de não fazer música que conduza ao sonho... É isso que eu ponho em causa também no ensaio de Steiner, que rejeita um discurso racional e analítico sobre a música. Parece-me estéril e pedante a assumpção de que a música é tão transcendente e sublime que não há linguagem nem conhecimento que a alcancem. Esse endeusamento em nada serve a música, só a torna indiscutível, o que é sempre mau."
No dia 2 de Outubro a equipa Il Mondo Clássico defendia o terceiro andamento da sinfonia nº 4 de Brahms quando fizemos um post em que actualizamos a informação de auxilio à votação da nossa Sinfonia Preferida: "Olá querido ... adorei as recomendações, mas sabe, o Terceiro Movimento da Sinfonia Nº4 de Brahms é, na minha opinião, a melhor parte...os três primeiros minutos então! *-*"
A 3 de Outubro Pianoman completava as nossas recomendações para o fim de semana: "E durante todo este fim-de-semana temos tido o "2º Festival Internacional de Coros de Sintra" que tem o seu ponto máximo amanhã no Centro Cultural Olga Cadaval onde se poderá ouvir a Missa da Coroação e o Te Deum de W.A. Mozart." João Ferreira por seu lado corrigia uma das informações : "Queria só fazer uma pequena retificação. Não é Domingo mas sim Segunda dia 5 onde diz "Em Lisboa no CCB no Domingo dia 5 de Outubro". Significa isto que ainda estão a tempo."
No dia 5 de Outubro comentando o nosso post que festejava os 99 anos de implantação da Républica um Anónimo comentava : "Um texto propício à analise para o dia que hoje se momemora e muito oportuno também. Desconhecia o facto da troca dos Bretões por canhões. Escutei atentamente sem ideologias, partidarismoso ou perigosas convicções o «Hino da Carta». A música deixou-me indiferente, achei-a morna, insípida, um hino para adormcer corações e enterrar ilusões. Divinal Constituição? Alguém me ajude ou venha em meu socorro explicitar-me o que fazem juntas estas duas palavras tão distintas? Quanto ao hino actual, gosto dele assim como está, música por momentos forte e com carácter, por momentos suave apelando ao sentimento, e eu pergunto, não é assim que deve ser um povo? Duro e suave q.b.? Gostos não se discutem, dizem, mas eu gosto de uma bela discussão, mas sem sangue, ok? Mais uma vez, um agradecimento ao dono deste blogue pela sua perseverância e «savoir fair» em françês soa melhor. Bom, aqui deixo o meu fervoroso mas muito sincero comentário. Viva a Repúbica! Viva o hino Nacional!". Infelizmente não houve mais comentários nem polémica tão ao gosto dos nossos primeiros republicanos ... E sim este ano serão os 100 Anos de Republica!"
A 6 de Outubro Pianoman acrescentava às nossas pesquisas da semana que era de facto possível ouvir Rui Paiva interpretando Carlos Seixas : "No Youtube é possível ver e ouvir uma Sonata de Carlos Seixas tocada por Rui Paiva: AQUI" Como nota de rodapé oiçam a interpretação porque realmente vale a pena.
Ainda no dia 6 de Outubro festejávamos os 2 anos deste blog. Geocrusoe foi o primeiro a comentar: "Parabéns duplos: ao "Diz que não gosta de música clássica" e Fernando Vasconcelos.
Este foi um dos blogues que depois de descoberto nunca mais me afastei e mantém sempre o mesmo nível,força e continue assim por muito tempo." Os duplos parabéns para os mais distraídos acontecem porque faço anos precisamente neste mesmo dia e não, não foi por coincidência. Gi por seu lado dizia: "Parabéns, Fernando, para si e para o blog. Este último ano passou depressa! Felicidades, e que nos continuemos a ver por aqui - e algum dia, talvez, ao vivo porque ao vivo é outra coisa ;-)". Pianoman também nos dava os parabéns : "É verdade, concordo com a Gi: este ano passou realmente depressa.
Mas não seja por isso que os parabéns são devidos. Parabéns ao Fernando pela sua dinâmica e esperança num Mundo melhor e parabéns ao "Diz que não gosta de música clássica" por ser uma expressão disso mesmo. É de louvar conseguir manter um blogue deste tipo sem desmoralizar nem passar por fazes mais "depressivas" (eu que o diga...). Um abraço Pianoman". Paulo sinteticamente dizia: "Parabéns, Fernando. E que venham mais." Dialectos de Ternura afirmava : "Longa vida ao «Diz que não gosta de música clássica?». Que continue por muito tempo ainda a partilhar connosco o mundo mágico e fabuloso da música clássica! Bem haja! Tenho blog mas não escrevo nele, não tenho jeito nem paciência! A anónima1". Mário por seu lado dava-nos um abraço: "2 anos ... muito bom, caro Fernando, a sua dedicação e os resultados que conseguiu merecem muitos parabéns. Um abraço contente. Mário". Foi também um abraço que a Boneca de Trapos resolveu enviar nesse dia: "Da Boneca de Trapos, da "dona" da Boneca, um abraço MAIOR de gratidão pelo blog, pelo que nele aprendo sempre, e outro, de parabéns, pessoais a si, Fernando Vasconcelos. A vida vale pelos que encontramos em ruas pouco iluminadas e estas nos revelam luz ...(a net é uma rua esconsa e escura por onde devemos caminhar cautelosos).Saudações com estima *__bonecadetrapos___*". Lalage agradecia o entusiasmo : "Parabéns! Obrigada por tudo o que tenho aprendido ao ler o que vai escrevendo com tanto entusiasmo :)". Rifa também comentou neste dia especial para nós : "Parabéns! Descobri recentemente que gostava de música clássica (com 30 anos no corpo) e espero aprender muito com o "Diz que não gosta de música clássica?". Obrigado.". Ematejoca por seu lado apesar de uns dias mais tarde também comentou este post : "Mais vale tarde do que nunca!!!
Muitos parabéns pelo seu magnífico blogue, meu caro Fernando. Mesmo sem deixar comentários, dou aqui uma espreitadela quase todos os dias. Ontem também estive aqui, mas de fugida... Ando muito atarefada, porque dentro de uma semana vou de férias, e ainda por cima é a altura dos "malfadados" Prémios Nobel!!! Eu continuo a dizer, que gosto muito de música clássica e também muito deste blogue, desejando-lhe muitas felicidades e muitos anos de vida." Por fim Fantasia Musical dizia : "Muitos parabéns, Fernando. Parabéns pelo aniversário e pela persistência e intensidade como fala da Música; muito tem contribuido para a valorização desta arte. Bjis"
Uns dias depois Aires Montenegro alegrava-se com o post sobre Piazolla : "O grande Piazzolla e sua fabulosa concertina! Entre o Libertango e O Adíós Nonino venha o diabo e escolha. Mas como sou uma tremenda sentimental sinto uma ligeira inclinação pelo ultimo. Creio que escolheu o Libertango em consci^ncia pelo ar de festa e sobressalto que percorre Lisboa nestas últimas semana. O Adiós Nonino não pegava bem. Continue a sugerir que a gente agradece. Até depois!" Na verdade foram vários comentários quase "de rajada" . "Sugiro também a genial "História do tango", para flauta e guitarra, do nosso genial Piazzola. Eu arranho violoncelo e ando agora a tentar vaguear por alternativas (depois de anos a alimentar-me, e bem!, de Bach e Vivaldi) Squire,Fauré, Briten e.... Tom Jobim e todos essas maravilhas que julguei (mea culpa!)durante muito tempo inferiores! O inferior era eu, mas vá lá, aos 61 anos descobrir isto já não é mau. Apontado por um amigo, descobri hoje este blog. De Piazzola, aconselho também a história do tango, para flauta e guitarra". E ainda outro: "Eu arranho um pouco de violoncelo e estou a descobrir alternativas, como Briten, Fauré, Squire e sobretudo Tom Jobim e os queridos sul-americanos. Falta-me ainda a prática do jazz. Mas, embora as suites de Bach me continuem a dizer cada vez mais, os meus dedos e os meus ouvidos querem ir cada vez mais longe... O meu blog é banal:apedra que urrablogspot.com. Vou é continuar a visitar este blog, que tanta coisa me parece tem para mostrar..." E por fim "E a história do tango, para flauta e guitarra... Sou um arranhador de violoncelo que, após ter percorrido Bach, Vivaldi e alguns românticos, anda agora a descobrir os alternativos, como Tom jobim e alguns americanos. Falta-me garra é para o jazz... Mas se viver outro tanto (já vou em 61) ainda lá chego!". Eva Goncalves também gosta de Piazolla como ficamos também a saber: "Também sou fã incondicional ...mas infelizmente, ninguém me oferece :)
Cumprimentos"
Filoxera dizia no dia 11 de Outubro comentando um post sobre um termo para o nosso dicionário musical (Anacruse) que foi introduzido em homenagem ao blog de mesmo nome : "Se houve episódio de que gostei na actividadeque agora largo, foi ter conhecido uma violinista que faz trabalho voluntário em hospitais. Inspirou-me e qualquer dia dará azo a um conto. Um beijinho". Pianoman por seu lado ajudava-nos a compreender melhor o que é uma anacruse : "É curioso que tenha escolhido o início da Op.14 no.2 de Beethoven como exemplo de Anacruse (que é), porque devido à maneira como estão escritos os 8 primeiros compassos dá a ideia de uma anacruse, sim, mas com o acento do 1º tempo do compasso num local diferente do que é na realidade.Isto é devido à mão esquerda começar a tocar sempre na 2ª colcheia do compasso e não no seu início."
No dia 13 Dialectos de Ternura desabafava sobre um post em que traduzimos a análise de Berlioz da nona sinfonia de Beethoven: "É muito bom poder ler a sua tradução da análise de Berlioz que li atenta e consciosamente, e agradecer o seu esforço. Desculpem o desabafo: Há insanidade maior que considerar esta obra uma monstruosa insanidade? Como ateista fervorosa e convicta que sou, a min visão sobre a Nona Sinfonia resume-se ao pensamento puramente musical e poético. Ele não seguia a música, era a música que o seguia a ele. Ele estava sempre à frente dela.Bem, vou-me calar, desato a falar apaixonadamente destes poetas feitos sons, e não me calo. Aguardo espectante o seguimento desta análise. E que haja sempre música!!!"
No dia 15 Dialectos de Ternura agradecia as nossas sugestões para música ao vivo (neste caso Os Violinhos) : "Obrigada pelas dicas que são sempre bem-vindas. Um bom fim de semana! zia "
No dia 2 de Outubro a equipa Il Mondo Clássico defendia o terceiro andamento da sinfonia nº 4 de Brahms quando fizemos um post em que actualizamos a informação de auxilio à votação da nossa Sinfonia Preferida: "Olá querido ... adorei as recomendações, mas sabe, o Terceiro Movimento da Sinfonia Nº4 de Brahms é, na minha opinião, a melhor parte...os três primeiros minutos então! *-*"
A 3 de Outubro Pianoman completava as nossas recomendações para o fim de semana: "E durante todo este fim-de-semana temos tido o "2º Festival Internacional de Coros de Sintra" que tem o seu ponto máximo amanhã no Centro Cultural Olga Cadaval onde se poderá ouvir a Missa da Coroação e o Te Deum de W.A. Mozart." João Ferreira por seu lado corrigia uma das informações : "Queria só fazer uma pequena retificação. Não é Domingo mas sim Segunda dia 5 onde diz "Em Lisboa no CCB no Domingo dia 5 de Outubro". Significa isto que ainda estão a tempo."
No dia 5 de Outubro comentando o nosso post que festejava os 99 anos de implantação da Républica um Anónimo comentava : "Um texto propício à analise para o dia que hoje se momemora e muito oportuno também. Desconhecia o facto da troca dos Bretões por canhões. Escutei atentamente sem ideologias, partidarismoso ou perigosas convicções o «Hino da Carta». A música deixou-me indiferente, achei-a morna, insípida, um hino para adormcer corações e enterrar ilusões. Divinal Constituição? Alguém me ajude ou venha em meu socorro explicitar-me o que fazem juntas estas duas palavras tão distintas? Quanto ao hino actual, gosto dele assim como está, música por momentos forte e com carácter, por momentos suave apelando ao sentimento, e eu pergunto, não é assim que deve ser um povo? Duro e suave q.b.? Gostos não se discutem, dizem, mas eu gosto de uma bela discussão, mas sem sangue, ok? Mais uma vez, um agradecimento ao dono deste blogue pela sua perseverância e «savoir fair» em françês soa melhor. Bom, aqui deixo o meu fervoroso mas muito sincero comentário. Viva a Repúbica! Viva o hino Nacional!". Infelizmente não houve mais comentários nem polémica tão ao gosto dos nossos primeiros republicanos ... E sim este ano serão os 100 Anos de Republica!"
A 6 de Outubro Pianoman acrescentava às nossas pesquisas da semana que era de facto possível ouvir Rui Paiva interpretando Carlos Seixas : "No Youtube é possível ver e ouvir uma Sonata de Carlos Seixas tocada por Rui Paiva: AQUI" Como nota de rodapé oiçam a interpretação porque realmente vale a pena.
Ainda no dia 6 de Outubro festejávamos os 2 anos deste blog. Geocrusoe foi o primeiro a comentar: "Parabéns duplos: ao "Diz que não gosta de música clássica" e Fernando Vasconcelos.
Este foi um dos blogues que depois de descoberto nunca mais me afastei e mantém sempre o mesmo nível,força e continue assim por muito tempo." Os duplos parabéns para os mais distraídos acontecem porque faço anos precisamente neste mesmo dia e não, não foi por coincidência. Gi por seu lado dizia: "Parabéns, Fernando, para si e para o blog. Este último ano passou depressa! Felicidades, e que nos continuemos a ver por aqui - e algum dia, talvez, ao vivo porque ao vivo é outra coisa ;-)". Pianoman também nos dava os parabéns : "É verdade, concordo com a Gi: este ano passou realmente depressa.
Mas não seja por isso que os parabéns são devidos. Parabéns ao Fernando pela sua dinâmica e esperança num Mundo melhor e parabéns ao "Diz que não gosta de música clássica" por ser uma expressão disso mesmo. É de louvar conseguir manter um blogue deste tipo sem desmoralizar nem passar por fazes mais "depressivas" (eu que o diga...). Um abraço Pianoman". Paulo sinteticamente dizia: "Parabéns, Fernando. E que venham mais." Dialectos de Ternura afirmava : "Longa vida ao «Diz que não gosta de música clássica?». Que continue por muito tempo ainda a partilhar connosco o mundo mágico e fabuloso da música clássica! Bem haja! Tenho blog mas não escrevo nele, não tenho jeito nem paciência! A anónima1". Mário por seu lado dava-nos um abraço: "2 anos ... muito bom, caro Fernando, a sua dedicação e os resultados que conseguiu merecem muitos parabéns. Um abraço contente. Mário". Foi também um abraço que a Boneca de Trapos resolveu enviar nesse dia: "Da Boneca de Trapos, da "dona" da Boneca, um abraço MAIOR de gratidão pelo blog, pelo que nele aprendo sempre, e outro, de parabéns, pessoais a si, Fernando Vasconcelos. A vida vale pelos que encontramos em ruas pouco iluminadas e estas nos revelam luz ...(a net é uma rua esconsa e escura por onde devemos caminhar cautelosos).Saudações com estima *__bonecadetrapos___*". Lalage agradecia o entusiasmo : "Parabéns! Obrigada por tudo o que tenho aprendido ao ler o que vai escrevendo com tanto entusiasmo :)". Rifa também comentou neste dia especial para nós : "Parabéns! Descobri recentemente que gostava de música clássica (com 30 anos no corpo) e espero aprender muito com o "Diz que não gosta de música clássica?". Obrigado.". Ematejoca por seu lado apesar de uns dias mais tarde também comentou este post : "Mais vale tarde do que nunca!!!
Muitos parabéns pelo seu magnífico blogue, meu caro Fernando. Mesmo sem deixar comentários, dou aqui uma espreitadela quase todos os dias. Ontem também estive aqui, mas de fugida... Ando muito atarefada, porque dentro de uma semana vou de férias, e ainda por cima é a altura dos "malfadados" Prémios Nobel!!! Eu continuo a dizer, que gosto muito de música clássica e também muito deste blogue, desejando-lhe muitas felicidades e muitos anos de vida." Por fim Fantasia Musical dizia : "Muitos parabéns, Fernando. Parabéns pelo aniversário e pela persistência e intensidade como fala da Música; muito tem contribuido para a valorização desta arte. Bjis"
Uns dias depois Aires Montenegro alegrava-se com o post sobre Piazolla : "O grande Piazzolla e sua fabulosa concertina! Entre o Libertango e O Adíós Nonino venha o diabo e escolha. Mas como sou uma tremenda sentimental sinto uma ligeira inclinação pelo ultimo. Creio que escolheu o Libertango em consci^ncia pelo ar de festa e sobressalto que percorre Lisboa nestas últimas semana. O Adiós Nonino não pegava bem. Continue a sugerir que a gente agradece. Até depois!" Na verdade foram vários comentários quase "de rajada" . "Sugiro também a genial "História do tango", para flauta e guitarra, do nosso genial Piazzola. Eu arranho violoncelo e ando agora a tentar vaguear por alternativas (depois de anos a alimentar-me, e bem!, de Bach e Vivaldi) Squire,Fauré, Briten e.... Tom Jobim e todos essas maravilhas que julguei (mea culpa!)durante muito tempo inferiores! O inferior era eu, mas vá lá, aos 61 anos descobrir isto já não é mau. Apontado por um amigo, descobri hoje este blog. De Piazzola, aconselho também a história do tango, para flauta e guitarra". E ainda outro: "Eu arranho um pouco de violoncelo e estou a descobrir alternativas, como Briten, Fauré, Squire e sobretudo Tom Jobim e os queridos sul-americanos. Falta-me ainda a prática do jazz. Mas, embora as suites de Bach me continuem a dizer cada vez mais, os meus dedos e os meus ouvidos querem ir cada vez mais longe... O meu blog é banal:apedra que urrablogspot.com. Vou é continuar a visitar este blog, que tanta coisa me parece tem para mostrar..." E por fim "E a história do tango, para flauta e guitarra... Sou um arranhador de violoncelo que, após ter percorrido Bach, Vivaldi e alguns românticos, anda agora a descobrir os alternativos, como Tom jobim e alguns americanos. Falta-me garra é para o jazz... Mas se viver outro tanto (já vou em 61) ainda lá chego!". Eva Goncalves também gosta de Piazolla como ficamos também a saber: "Também sou fã incondicional ...mas infelizmente, ninguém me oferece :)
Cumprimentos"
Filoxera dizia no dia 11 de Outubro comentando um post sobre um termo para o nosso dicionário musical (Anacruse) que foi introduzido em homenagem ao blog de mesmo nome : "Se houve episódio de que gostei na actividadeque agora largo, foi ter conhecido uma violinista que faz trabalho voluntário em hospitais. Inspirou-me e qualquer dia dará azo a um conto. Um beijinho". Pianoman por seu lado ajudava-nos a compreender melhor o que é uma anacruse : "É curioso que tenha escolhido o início da Op.14 no.2 de Beethoven como exemplo de Anacruse (que é), porque devido à maneira como estão escritos os 8 primeiros compassos dá a ideia de uma anacruse, sim, mas com o acento do 1º tempo do compasso num local diferente do que é na realidade.Isto é devido à mão esquerda começar a tocar sempre na 2ª colcheia do compasso e não no seu início."
No dia 13 Dialectos de Ternura desabafava sobre um post em que traduzimos a análise de Berlioz da nona sinfonia de Beethoven: "É muito bom poder ler a sua tradução da análise de Berlioz que li atenta e consciosamente, e agradecer o seu esforço. Desculpem o desabafo: Há insanidade maior que considerar esta obra uma monstruosa insanidade? Como ateista fervorosa e convicta que sou, a min visão sobre a Nona Sinfonia resume-se ao pensamento puramente musical e poético. Ele não seguia a música, era a música que o seguia a ele. Ele estava sempre à frente dela.Bem, vou-me calar, desato a falar apaixonadamente destes poetas feitos sons, e não me calo. Aguardo espectante o seguimento desta análise. E que haja sempre música!!!"
No dia 15 Dialectos de Ternura agradecia as nossas sugestões para música ao vivo (neste caso Os Violinhos) : "Obrigada pelas dicas que são sempre bem-vindas. Um bom fim de semana! zia "
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Concerto do Duo XaSonaiP (saxofone e piano) no Club Setubalense
No próximo dia 11 de Setembro (Sábado) às 21:30 terá lugar no Club Setubalense (Av. Luísa Todi, 99, Setúbal) um concerto do Duo XaSonaiP (saxofone e piano) integrado no Ciclo Intemporal - "Temporada de Música", organizado pela Associação Elucid'Arte.
O duo formado por saxofonista Hélder Alves e pelo pianista Cândido Fernandes (premiados em 2008 no Prémios Jovens Músicos na categoria de música de câmara nível avançado) interpretará obras dos compositores portugueses Sérgio Azevedo (1968), Tiago Derriça (1986), António Vitorino d'Almeida (1940), Luís Cardoso (1974), Carlos Filipe Cruz (1982), Luís Tinoco (1969), Jorge Peixinho (1940-1995) e Gonçalo Gato (1979).
A entrada é gratuita por isso não hesite em fazer parte deste excelente programa.
O duo formado por saxofonista Hélder Alves e pelo pianista Cândido Fernandes (premiados em 2008 no Prémios Jovens Músicos na categoria de música de câmara nível avançado) interpretará obras dos compositores portugueses Sérgio Azevedo (1968), Tiago Derriça (1986), António Vitorino d'Almeida (1940), Luís Cardoso (1974), Carlos Filipe Cruz (1982), Luís Tinoco (1969), Jorge Peixinho (1940-1995) e Gonçalo Gato (1979).
A entrada é gratuita por isso não hesite em fazer parte deste excelente programa.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Barbeiro de Sevilha (Rossini) - Quinta Parte
Podem ler as restantes partes desta história nos seguintes posts:
Quando o verdadeiro professor (Basílio) aparece é comprado pelo conde Almaviva para fingir estar doente mas claro que Bartolo que já desconfiado acaba por descobrir tudo e expulsa todos os visitantes de casa resolvendo ir de imediato ao notário tratar do seu casamento com Rosina.
Bartolo consegue convencer Rosina que na verdade o Conde apenas a pretende enganar e alicia-la a casar com um outro homem. Rosina aceita assim casar-se com Bartolo. Entretanto desponta uma tempestade. O conde e Figaro voltam a entrar em casa de Bartolo mas Rosina num primeiro tempo enganada por Bartolo rejeita o Conde porém depressa os amantes se entendem ...
Ah! Qual colpo inaspettato! (que podem ver e ouvir em baixo. No papel de Rosina destacamos Teresa Berganza)
Ah! Qual colpo inaspettato! (que podem ver e ouvir em baixo. No papel de Rosina destacamos Teresa Berganza)
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Musopen - Uma ideia de uma biblioteca de música clássica grátis
Na revista Wired (para mim a melhor revista do mundo), bom na verdade no seu site da versão inglesa encontrei um artigo sobre um projecto muito interessante: Musopen. A ideia deste projecto é tão simples como brilhante.
Este grupo pretende recolher fundos (na verdade já o conseguiu) para gravar sinfonias de Beethoven, Brahms, Sibelius e Tchaikovsky e libertar essas gravações para o domínio público. Isso é necessário porque se por um lado Beethoven por exemplo já faleceu há mais de 180 anos e logo as obras já não estão protegidas por nenhum tipo de copyright o mesmo já não acontece com as interpretações de cada uma das suas obras. Os direitos de interpretação estão sujeitos exactamente às mesmas regras.
Assim a ideia é simples: Contratar uma orquestra de topo gravar as obras (o contrato obviamente terá em conta esse desígnio) e depois colocar essas interpretações disponíveis para download. Tudo legal sem infracção de qualquer direito de artistas ou compositores. Para isso estabeleceram uma página onde é facílimo fazer a doação que se pretenda. Posso dizer-vos que já contribui, entretanto o valor necessário até já foi atingido mas quanto mais forem os fundos mais obras poderão ser gravadas. Os pagamentos podem ser feitos através da Amazon pelo que o processo é absolutamente seguro.
Na verdade este já é o segundo projecto deste género dado que já foram gravadas as 32 sonatas de Beethoven para piano e que também já foram disponibilizadas para o domínio público.
Beethoven estaria contente com este projecto, como ele dizia : "Deveria haver um único armazém no mundo ao qual todos os artistas pudessem levar as suas peças e dele retirar tudo de que tivessem necessidade"
Este grupo pretende recolher fundos (na verdade já o conseguiu) para gravar sinfonias de Beethoven, Brahms, Sibelius e Tchaikovsky e libertar essas gravações para o domínio público. Isso é necessário porque se por um lado Beethoven por exemplo já faleceu há mais de 180 anos e logo as obras já não estão protegidas por nenhum tipo de copyright o mesmo já não acontece com as interpretações de cada uma das suas obras. Os direitos de interpretação estão sujeitos exactamente às mesmas regras.
Assim a ideia é simples: Contratar uma orquestra de topo gravar as obras (o contrato obviamente terá em conta esse desígnio) e depois colocar essas interpretações disponíveis para download. Tudo legal sem infracção de qualquer direito de artistas ou compositores. Para isso estabeleceram uma página onde é facílimo fazer a doação que se pretenda. Posso dizer-vos que já contribui, entretanto o valor necessário até já foi atingido mas quanto mais forem os fundos mais obras poderão ser gravadas. Os pagamentos podem ser feitos através da Amazon pelo que o processo é absolutamente seguro.
Na verdade este já é o segundo projecto deste género dado que já foram gravadas as 32 sonatas de Beethoven para piano e que também já foram disponibilizadas para o domínio público.
Beethoven estaria contente com este projecto, como ele dizia : "Deveria haver um único armazém no mundo ao qual todos os artistas pudessem levar as suas peças e dele retirar tudo de que tivessem necessidade"
Subscrever:
Mensagens (Atom)