Os Açores estão nitidamente em alta neste blog ... Depois das fotografias segue-se um dos compositores preferidos de um nosso leitor Açoriano ... Vamos falar de Schubert.
Não tivesse Schubert falecido com apenas 31 anos e provavelmente seria muito mais conhecido e reconhecido. Na verdade parece quase incrível que com apenas essa idade tenha composto mais de 600 lieds e nove (ou dez conforme as opiniões) sinfonias para além de várias composições de música de câmara como por exemplo a famosa Truta.
Do talento desperdiçado pelo precoce desaparecimento do compositor a melhor expressão talvez seja a do seu amigo e poeta Franz Grillparzer, "Aqui a música enterrou não só um tesouro mas ainda uma maior esperança".
Das composições de Schubert só podíamos mesmo começar com um lied. E nada melhor do que a canção conhecida por Avé Maria. Dizemos "conhecida por" porque na verdade o seu título original é Ellens Gesang III (ou A Terceira Canção de Helena) do livro de Sir Walter Scott Lady of the Lake. Na verdade em virtude desse título a canção é muitas vezes interpretada com uma letra correspondente a uma verdadeira prece e não ao texto original.
Fiquem aqui com uma interpretação desta obra (Ellens Gesang III, D839, Op 52 no 6 composta em 1825) por Jessye Norma.
A única música que precisa de embalagem é a música de plástico.
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Açores, Saudades e Música
Um amigo meu, fotografo, esteve recentemente nos Açores. Se estão a ler isto sabem que a música é a minha paixão. Ao ver algumas das fotografias relembro que apenas estive por duas vezes nos Açores e por períodos curtos. Ficou porém uma paixão (e saudade) igual à música. Afinal os Açores também são música, concluo. Têm a mesma propriedade de catalisação do mistério e da luz. Pelo menos aos meus olhos e aos olhos das fotografias do Joel Santos.
Aqui fica um exemplo só para vos explicar ... Ao ver isto nitidamente estou a ouvir Bach.
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Recomendações de Concertos às Quintas
Vamos começar as recomendações deste fim de semana por vos lembrar que no dia 1 de Junho é o Dia Mundial da Criança. Algumas das propostas que vos fazemos são perfeitamente adequadas para celebrarem este dia fantástico. Aqui no nosso blog teremos também uma pequena surpresa por isso - crianças e jovens "no coração" estejam atentos ...
Quanto a recomendações para saírem de casa começamos como de costume ao sul mas precisamente em Portimão onde integrado no 30º Festival Internacional de Música do Algarve a Orquestra do Algarve e a Orquestra de Estremadura nos vão oferecer Sábado às 21:30 na Portimão ARENA - Parque de Feiras e Exposições um concerto composto por obras de Wagner "Die Meistersinger von Nürnberg" (Preludio de Mestres Cantores de Nuremberga); H. Berlioz - "Symphonie fantastique" ("Episode de la vie d'un Artiste…en cinq parties") H. 48 Opus 14. Não sei o preço das entradas.
Um pouco mais ao norte, mais precisamente em Vila Viçosa no Palácio Ducal na Sexta-Feira às 21h o ensemble Galhardia, composto por Ana Leonor Pereira, Diana Matos, Susana Moody e Nuno Lamas interpretará música latina pré-barroca e barroca. A entrada é livre.
Relembro também o convite que vos fiz aqui para irem ouvir uma orquestra de jovens violoncelistas do Conservatório de Setúbal no Teatro Garcia de Resende em Évora, Sábado 31 de Maio às 15h. Mais informações aqui. ou aqui .
Em Almada no Sábado 31 de Maio às 21:30 no Teatro Municipal de Almada (Novo) a Escola Superior de Música de Lisboa apresenta o exercício final dos alunos da classe de Interpretação Cénica da Licenciatura em Música/Variante Canto. Serão interpretados excertos de óperas de Purcell, Mozart e Stravinsky, num trabalho dirigido pela professora Sílvia Mateus, com a participação do pianista Francisco Sassetti. Entradas: €8,00 / €5,00
Em Lisboa no Centro Cultural de Belém podem ouvir o Schostakovich-Ensemble interpretará nos dias 30 e 31 de Maio às 21h os Trios para Piano, Violino e Violoncelo de Beethoven. Preço: €15. Recomendo ainda na Gulbenkian o grande pianista Boris Berezovsky na Segunda-Feira às 19h.
Ainda na região de Lisboa e especialmente para os mais novos, no Domingo 1 de Junho às 18h na Igreja da Cartuxa poderemos ouvir obras de J. B. Accolay, N. Lalov, A. Vivaldi e J. Strauss pelos Solistas da Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras.
Um pouco mais a Norte nas Caldas da Rainha, no auditório desta cidade no dia 31 de Maio Sábado, poderemos ouvir a Orquestra Sinfónica Juvenil numa Gala de Ópera com Sandra Medeiros. Obrigado ao blog Belogue de Notas que nos deu conta deste concerto.
Ainda no Oeste e integrado no XVI Festival de Música de Alcobaça (Cistermúsica 2008) teremos um recital intitulado «Poesia e Música: em torno de Verlaine» por Lara Martins (Voz) e João Paulo Santos (Piano). Será no Mosteiro de Alcobaça Sábado às 21:30. Entrada: €5. Atenção ainda para os mais novos ao concerto do dia 1 às 11h, também integrado neste festival. "A HISTÓRIA DE BABAR" e "O CARNAVAL DOS ANIMAIS" que decorrerá no Cine-Teatro de Alcobaça.
Ainda mais a Norte e para o interior teremos em Castelo Branco e integrado no Primavera Musical 2008 - 14º Festival Internacional de Música de Castelo Branco o concerto de Jesús Castro Balbi. Este interprete tem um percurso notável conforme se poderá confirmar no site oficial do festival que tem estado em destaque no nosso blog. O concerto terá lugar dia 30 (Sexta-Feira) às 19:30 no Governo Civil de Castelo Branco. Entrada : €15.
Ainda no interior e mais uma vez para os mais novos (obrigada ao blog da Banda da Covilhã que nos deu a conhecer esta maravilhosa ideia) não percam o musical o Princepezinho. 30 de Maio pelas 14.30 (estreia), Teatro Cine, Covilhã. Haverá outros espectáculos no dia 19 noutras localidades de que vos daremos conta oportunamente.
Agora a Norte e na região do porto mais precisamente em Santo Tirso e integrado no XV Festival Internacional de Guitarra de Santo Tirso teremos o Zagreb Guitar Trio no Centro Cultural de Vila das Aves (Santo Tirso). Será no dia 30 (Sexta-Feira) às 21:30. Não sei preços.
Por agora é tudo ... Já sabem: Ataquem os sofás e as pantufas, vençam a preguiça e vão ver música ao vivo porque ... Ao vivo é outra coisa !
PS: Faltam-me sugestões para os mais novos na região do Porto pelo menos ... Alguém sabe de alguma coisa que queira partilhar ?
Quanto a recomendações para saírem de casa começamos como de costume ao sul mas precisamente em Portimão onde integrado no 30º Festival Internacional de Música do Algarve a Orquestra do Algarve e a Orquestra de Estremadura nos vão oferecer Sábado às 21:30 na Portimão ARENA - Parque de Feiras e Exposições um concerto composto por obras de Wagner "Die Meistersinger von Nürnberg" (Preludio de Mestres Cantores de Nuremberga); H. Berlioz - "Symphonie fantastique" ("Episode de la vie d'un Artiste…en cinq parties") H. 48 Opus 14. Não sei o preço das entradas.
Um pouco mais ao norte, mais precisamente em Vila Viçosa no Palácio Ducal na Sexta-Feira às 21h o ensemble Galhardia, composto por Ana Leonor Pereira, Diana Matos, Susana Moody e Nuno Lamas interpretará música latina pré-barroca e barroca. A entrada é livre.
Relembro também o convite que vos fiz aqui para irem ouvir uma orquestra de jovens violoncelistas do Conservatório de Setúbal no Teatro Garcia de Resende em Évora, Sábado 31 de Maio às 15h. Mais informações aqui. ou aqui .
Em Almada no Sábado 31 de Maio às 21:30 no Teatro Municipal de Almada (Novo) a Escola Superior de Música de Lisboa apresenta o exercício final dos alunos da classe de Interpretação Cénica da Licenciatura em Música/Variante Canto. Serão interpretados excertos de óperas de Purcell, Mozart e Stravinsky, num trabalho dirigido pela professora Sílvia Mateus, com a participação do pianista Francisco Sassetti. Entradas: €8,00 / €5,00
Em Lisboa no Centro Cultural de Belém podem ouvir o Schostakovich-Ensemble interpretará nos dias 30 e 31 de Maio às 21h os Trios para Piano, Violino e Violoncelo de Beethoven. Preço: €15. Recomendo ainda na Gulbenkian o grande pianista Boris Berezovsky na Segunda-Feira às 19h.
Ainda na região de Lisboa e especialmente para os mais novos, no Domingo 1 de Junho às 18h na Igreja da Cartuxa poderemos ouvir obras de J. B. Accolay, N. Lalov, A. Vivaldi e J. Strauss pelos Solistas da Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras.
Um pouco mais a Norte nas Caldas da Rainha, no auditório desta cidade no dia 31 de Maio Sábado, poderemos ouvir a Orquestra Sinfónica Juvenil numa Gala de Ópera com Sandra Medeiros. Obrigado ao blog Belogue de Notas que nos deu conta deste concerto.
Ainda no Oeste e integrado no XVI Festival de Música de Alcobaça (Cistermúsica 2008) teremos um recital intitulado «Poesia e Música: em torno de Verlaine» por Lara Martins (Voz) e João Paulo Santos (Piano). Será no Mosteiro de Alcobaça Sábado às 21:30. Entrada: €5. Atenção ainda para os mais novos ao concerto do dia 1 às 11h, também integrado neste festival. "A HISTÓRIA DE BABAR" e "O CARNAVAL DOS ANIMAIS" que decorrerá no Cine-Teatro de Alcobaça.
Ainda mais a Norte e para o interior teremos em Castelo Branco e integrado no Primavera Musical 2008 - 14º Festival Internacional de Música de Castelo Branco o concerto de Jesús Castro Balbi. Este interprete tem um percurso notável conforme se poderá confirmar no site oficial do festival que tem estado em destaque no nosso blog. O concerto terá lugar dia 30 (Sexta-Feira) às 19:30 no Governo Civil de Castelo Branco. Entrada : €15.
Ainda no interior e mais uma vez para os mais novos (obrigada ao blog da Banda da Covilhã que nos deu a conhecer esta maravilhosa ideia) não percam o musical o Princepezinho. 30 de Maio pelas 14.30 (estreia), Teatro Cine, Covilhã. Haverá outros espectáculos no dia 19 noutras localidades de que vos daremos conta oportunamente.
Agora a Norte e na região do porto mais precisamente em Santo Tirso e integrado no XV Festival Internacional de Guitarra de Santo Tirso teremos o Zagreb Guitar Trio no Centro Cultural de Vila das Aves (Santo Tirso). Será no dia 30 (Sexta-Feira) às 21:30. Não sei preços.
Por agora é tudo ... Já sabem: Ataquem os sofás e as pantufas, vençam a preguiça e vão ver música ao vivo porque ... Ao vivo é outra coisa !
PS: Faltam-me sugestões para os mais novos na região do Porto pelo menos ... Alguém sabe de alguma coisa que queira partilhar ?
Paganini - Concerto para violino e Orquestra Op. 6
Uma das outras composições de Paganini que é frequentemente interpretada é o concerto nº1 para Violino e Orquestra Op. 6 em Ré Maior. Este concerto foi composto em 1816 apesar dos múltiplos compromissos como interprete que o compositor mantinha por toda a Itália.
Na verdade é geralmente considerado que este concerto ilustra a dificuldade que Paganini tinha em lidar com a forma de sonata. Em particular o ultimo andamento é segundo a opinião dos especialistas um pouco repetitivo demais.
1º Andamento: Allegro maestoso – Tempo giusto. Oiça aqui uma parte do primeiro andamento pela jovem violinista A. Suwanai
2º Andamento: Adagio - Oiçam aqui Yehudi Menuhin.
3º Andamento: Allegro spirituoso – Un poco più presto. Oiçam aqui a jovem violinista A. Suwanai.
Na verdade é geralmente considerado que este concerto ilustra a dificuldade que Paganini tinha em lidar com a forma de sonata. Em particular o ultimo andamento é segundo a opinião dos especialistas um pouco repetitivo demais.
1º Andamento: Allegro maestoso – Tempo giusto. Oiça aqui uma parte do primeiro andamento pela jovem violinista A. Suwanai
2º Andamento: Adagio - Oiçam aqui Yehudi Menuhin.
3º Andamento: Allegro spirituoso – Un poco più presto. Oiçam aqui a jovem violinista A. Suwanai.
terça-feira, 27 de maio de 2008
Entrevista em Jornalismo Porto Rádio
Há uns dias o projecto Jornalismo Porto Rádio perguntou-me se aceitaria responder a algumas perguntas sobre este vosso blog. Claro que aceitei e convido-vos agora a ver o resultado aqui.
As minhas desculpas por só agora vos ter falado disto e o meu agradecimento à Ana Tulha e Tatiana Carvalho pela simpatia do convite.
Fica também a proposta para visitarem este projecto com uma breve descrição retirada do referido site:
JPR é uma webrádio desenvolvida no âmbito do curso de Jornalismo e Ciências da Comunicação da Universidade do Porto. No ano em que se assinalam os 100 anos da primeira transmissão de voz via rádio*, por Reginald Fessenden, pretende-se com este projecto extra-curricular dotar a LJCC de um pólo de investigação e de prática laboratorial das tecnologias de produção e difusão radiofónica mais recentes.
A webrádio é, nesta fase, um projecto extra-curricular, que tem como objectivo reunir num mesmo espaço digital, o áudio, o texto e a imagem. Além das várias plataformas a desenvolver, a webrádio será um espaço de investigação, concepção e de planeamento de produtos radiofónicos no âmbito das novas tecnologias.
No plano dos conteúdos, a webrádio terá uma forte componente informativa, incidindo sobre temas ligados à universidade, ensino, ciência, investigação, não esquecendo a vertente do entretenimento, com destaque para a música.
Como projecto extra-curricular que é, a webrádio JPR não tem uma estrutura permanente, sendo produzida por um conjunto de alunos que manifestaram vontade de participar numa iniciativa deste tipo e que dão agora os primeiros passos na descoberta da rádio.
Nesta fase, o projecto da webrádio JPR está a ser desenvolvido com o apoio da Reitoria da Universidade do Porto através de uma bolsa de pré-graduação que lhe foi atribuída por concurso.
As minhas desculpas por só agora vos ter falado disto e o meu agradecimento à Ana Tulha e Tatiana Carvalho pela simpatia do convite.
Fica também a proposta para visitarem este projecto com uma breve descrição retirada do referido site:
JPR é uma webrádio desenvolvida no âmbito do curso de Jornalismo e Ciências da Comunicação da Universidade do Porto. No ano em que se assinalam os 100 anos da primeira transmissão de voz via rádio*, por Reginald Fessenden, pretende-se com este projecto extra-curricular dotar a LJCC de um pólo de investigação e de prática laboratorial das tecnologias de produção e difusão radiofónica mais recentes.
A webrádio é, nesta fase, um projecto extra-curricular, que tem como objectivo reunir num mesmo espaço digital, o áudio, o texto e a imagem. Além das várias plataformas a desenvolver, a webrádio será um espaço de investigação, concepção e de planeamento de produtos radiofónicos no âmbito das novas tecnologias.
No plano dos conteúdos, a webrádio terá uma forte componente informativa, incidindo sobre temas ligados à universidade, ensino, ciência, investigação, não esquecendo a vertente do entretenimento, com destaque para a música.
Como projecto extra-curricular que é, a webrádio JPR não tem uma estrutura permanente, sendo produzida por um conjunto de alunos que manifestaram vontade de participar numa iniciativa deste tipo e que dão agora os primeiros passos na descoberta da rádio.
Nesta fase, o projecto da webrádio JPR está a ser desenvolvido com o apoio da Reitoria da Universidade do Porto através de uma bolsa de pré-graduação que lhe foi atribuída por concurso.
Paganini - A gargalhada do diabo
O capricho nº 24 que vos mostrei no fim de semana é sem dúvida a mais díficil das peças que compõem o Op. 1. A mais enigmática no entanto ou se quisermos a que desperta maior curiosidade é o nº 13 também chamado "A gargalhada do diabo" porque se diz que esta se pode ouvir na peça. Fica aqui o desafio ... podem identificar esse momento ? Oiçam Heifetz (de novo) aqui.
Em nota de rodapé saliente-se que a ligação de Paganini com o diabo, na dramatização da época não se resumia a esta peça. Pela sua incrivel habilidade era comum dizer-se que este virtuoso tinha vendido a sua alma ao diabo ... enfim um pouco radical como explicação mas um sintoma do romantismo tão apropriadamente dado a excessos de emoção.
Em nota de rodapé saliente-se que a ligação de Paganini com o diabo, na dramatização da época não se resumia a esta peça. Pela sua incrivel habilidade era comum dizer-se que este virtuoso tinha vendido a sua alma ao diabo ... enfim um pouco radical como explicação mas um sintoma do romantismo tão apropriadamente dado a excessos de emoção.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Concurso António Capela 2ª Edição
Fui ontem assistir ao concerto dos laureados da segunda edição do concurso António Capela. Conforme expliquei a família Capela é uma família de luthiers dos melhores em Portugal tendo conquistado vários prémios internacionais e inclusivamente fabricado instrumentos para concertinos tão famosos como o violoncelista Rostropovich.
Este concurso dividido em três categorias pretende incentivar jovens na aprendizagem do instrumento sendo de salientar que pela primeira vez e expressamente para este concurso o mestre Capela fabricou violinos em tamanhos não "inteiros" adequados às idades dos executantes.
Os primeiros prémios em todas as categorias são a melhor recompensa que se pode dar a um jovem que está a aprender com gosto: O empréstimo de um violino - um verdadeiro Capela - durante um ano.
O concerto dos laureados realizou-se no Foyer do Teatro Nacional de S. Carlos que em boa hora abriu as suas portas a esta iniciativa. Desta forma pude ouvir jovens esperanças portuguesas que nos demonstraram várias coisas. Em primeiro lugar que em Portugal existe ensino musical e instrumental de qualidade. Em segundo lugar que com trabalho e dedicação se conseguem excelentes resultados.
Na categoria Infantil venceu Bárbara Carneiro da Academia "A Pauta" do Porto que nos presenteou com o primeiro andamento do concerto em Lá Menor de Vivaldi. Em segundo lugar ficou Lia Yeranosyan do Conservatório do Porto que não pode estar presente no concerto. O terceiro lugar coube a Maria Abecassis que interpretou o Concerto em Sol Menor Op. 13 de Seitz.
Na categoria Juvenil (dos 10 aos 13 anos) venceu Manuel Abecassis (Academia de Música de Lisboa) que neste concerto nos presenteou com o concerto nº1 em Lá menor de Accolay. Em segundo lugar qualificou-se Sara Ferreira (Conservatório Regional de Gaia) que interpretou Concertino do compositor arménio S. Keosayan. Em terceiro lugar pudemos ouvir Maria Laranjo (Academia de Música de Lisboa) que interpretou Czardas de V. Monti.
Finalmente a categoria Jovem (13 a 17 anos) foi vencida já não por uma esperança mas por uma certeza, dizemos nós. Maria Viseu venceu esta categoria tendo interpretado o Concerto nº 2 em Ré Menor Op. 22 de H. Wieniavsky. Em segundo lugar qualificou-se Marta Melo também da Academia de Música de Lisboa que interpretou Meditation de Massenet. O terceiro lugar foi conquistado por Ana Luísa Carvalho do Conservatório do Porto que infelizmente não pode estar presente no concerto de ontem.
Perguntas e Respostas de Segunda
Como viram seleccionamos esta semana algumas questões mais pertinentes que nos mereceram posts independentes.
Música do Doente Imaginário: Resposta aqui
Para que serve a música clássica: Uma não resposta aqui.
Estudo Revolucionário: Resposta aqui.
Para além destas escolhemos ainda uma "pergunta de algibeira" e duas que me deixaram completamente intrigado sobre o que pretenderiam os nossos leitores. Se me puderem ajudar ...
O que significa "Gavotte" : Gavotte é o nome de uma dança popular francesa do século XVII / XVIII e que foi posteriormente estilizada sendo transformada numa dança de corte e introduzida em muitas composições clássicas.
As duas que me deixam intrigado ...
"musica clássica triste que costuma dar em vídeos de desporto"
"tchaikovsky ouvir a gazeta"
Música do Doente Imaginário: Resposta aqui
Para que serve a música clássica: Uma não resposta aqui.
Estudo Revolucionário: Resposta aqui.
Para além destas escolhemos ainda uma "pergunta de algibeira" e duas que me deixaram completamente intrigado sobre o que pretenderiam os nossos leitores. Se me puderem ajudar ...
O que significa "Gavotte" : Gavotte é o nome de uma dança popular francesa do século XVII / XVIII e que foi posteriormente estilizada sendo transformada numa dança de corte e introduzida em muitas composições clássicas.
As duas que me deixam intrigado ...
"musica clássica triste que costuma dar em vídeos de desporto"
"tchaikovsky ouvir a gazeta"
domingo, 25 de maio de 2008
Le Malade Imaginaire - Música
Outra questão interessante que trouxe um leitor ao nosso blog. Pensamos que a resposta que este leitor procurava se encontra no facto de muitas das peças de Molière terem música incidental ou terem também ballet ou inclusivamente terem sido adaptadas a Operas-Ballet como é o caso do Doente Imaginário adaptado por Charpentier. Podem saber mais sobre este compositor aqui.
Para que serve a música clássica?
Para que serve a música clássica ? Outra boa questão colocada na semana passada. Para que serve a arte de uma forma geral poderia ser uma forma de enquadrar esta questão. Admito que em relação a esta não me sinto preparado para uma resposta. Alguém quer tentar?
Chopin - Estudo Revolucionário (Op. 10 - 12)
Esta foi uma outra das pesquisas desta semana que nos pareceu interessante. Na verdade e adequadamente em termos de datas tínhamos falado deste estudo aqui . Tratava-se porém de um artigo bastante curto e que não explicava a razão desta denominação.
Chopin escreveu este estudo em 1831 em Stuttgart quando segundo a história teria acabado de saber da tomada de Varsóvia pelos Russos. Sabemos claro que é arriscado colocar na música os sentimentos exteriores que o assolavam mas parece claro que a angústia pelo destino do seu pai e da sua pátria estão presentes neste estudo, revolucionário porque marca o fim da rebelião polaca.
Chopin escreveu este estudo em 1831 em Stuttgart quando segundo a história teria acabado de saber da tomada de Varsóvia pelos Russos. Sabemos claro que é arriscado colocar na música os sentimentos exteriores que o assolavam mas parece claro que a angústia pelo destino do seu pai e da sua pátria estão presentes neste estudo, revolucionário porque marca o fim da rebelião polaca.
Beethoven - Appassionata
Esta foi uma das pesquisas mais frequentes da semana passada. Já tínhamos falado desta sonata aqui. Trata-se do Opus 57 em Fá Menor. O nome não foi escolhido por Beethoven.
Paganini - O mágico do violino
Parece-nos justo depois de termos falado de um compositor que se notabilizou pelas suas obras para piano (Chopin) falarmos de um músico que ficou sobretudo conhecido como instrumentista, mais precisamente como virtuoso violinista.
Claro que estamos a falar de Niccolò Paganini. Como decerto sabem este virtuoso era também compositor embora as más línguas digam que compunha apenas para fazer valer o seu imenso talento enquanto violinista, tradição que aliás marca fortemente o período romântico e valeu a muitos compositores (de que vamos falar) alguma incompreensão precisamente por as suas obras não serem construídas para fazer valer o virtuosismo de um executante solista.
O facto é que Paganini tem o seu lugar na história da música sendo as suas obras para Violino ainda hoje interpretadas, muitas fazendo parte do reportório obrigatório de qualquer violinista solista. Para além disso embora seja verdade que a maioria das técnicas que Paganini executava fossem já conhecidas este interprete teve o mérito de as sistematizar e dessa forma criar uma referência em termos de execução e contribuir dessa forma decisiva para o estabelecimento do Violino como instrumento solista.
Para ilustrar este post inicial de Paganini resolvemos mostrar-vos o grande Jascha Heifetz a interpretar o Capricio Nº 24 (Op. 1) em Lá menor que podem ver aqui. Como nota de rodapé saliente-se que a parte de piano não é de Paganini mas sim de Schumann. Pessoalmente acho-a perfeitamente dispensável, redundante e chata. Teria preferido mostrar-vos uma versão apenas com violino mas a interpretação de Heifetz vale o sacrifício (abstraiam-se do piano ...).
Claro que estamos a falar de Niccolò Paganini. Como decerto sabem este virtuoso era também compositor embora as más línguas digam que compunha apenas para fazer valer o seu imenso talento enquanto violinista, tradição que aliás marca fortemente o período romântico e valeu a muitos compositores (de que vamos falar) alguma incompreensão precisamente por as suas obras não serem construídas para fazer valer o virtuosismo de um executante solista.
O facto é que Paganini tem o seu lugar na história da música sendo as suas obras para Violino ainda hoje interpretadas, muitas fazendo parte do reportório obrigatório de qualquer violinista solista. Para além disso embora seja verdade que a maioria das técnicas que Paganini executava fossem já conhecidas este interprete teve o mérito de as sistematizar e dessa forma criar uma referência em termos de execução e contribuir dessa forma decisiva para o estabelecimento do Violino como instrumento solista.
Para ilustrar este post inicial de Paganini resolvemos mostrar-vos o grande Jascha Heifetz a interpretar o Capricio Nº 24 (Op. 1) em Lá menor que podem ver aqui. Como nota de rodapé saliente-se que a parte de piano não é de Paganini mas sim de Schumann. Pessoalmente acho-a perfeitamente dispensável, redundante e chata. Teria preferido mostrar-vos uma versão apenas com violino mas a interpretação de Heifetz vale o sacrifício (abstraiam-se do piano ...).
Concerto em Évora no dia 31 de Maio
Uma nova orquestra de jovens violoncelistas do Conservatório Regional de Setúbal pediu-nos para divulgarmos os seus concertos, o que fazemos claro com todo o gosto. Aliás convido todas as escolas do país ou todos os que saibam de iniciativas relacionadas com a música clássica mesmo que seja ao nível da aprendizagem para me enviarem essa informação.
Garanto que lhes darei todo o destaque, não é que tenha muitos leitores mas o passa-palavra às vezes faz milagres.
Para já e por consulta ao seu blog fiquei a saber que o seu próximo concerto será em Évora no Teatro Garcia de Resende Sábado 31 de Maio às 15h. Na próxima quinta voltarei a falar-vos deste concerto para não se esquecerem mas por agora aqui fica o merecido destaque. Marquem já na agenda: Próximo Sábado 31 de Maio, 15h Évora.
Vão já batalhando com o vosso sofá, tratem de o pôr a um canto, arrumem as pantufas e vão a Évora porque Ao vivo é outra coisa !
Garanto que lhes darei todo o destaque, não é que tenha muitos leitores mas o passa-palavra às vezes faz milagres.
Para já e por consulta ao seu blog fiquei a saber que o seu próximo concerto será em Évora no Teatro Garcia de Resende Sábado 31 de Maio às 15h. Na próxima quinta voltarei a falar-vos deste concerto para não se esquecerem mas por agora aqui fica o merecido destaque. Marquem já na agenda: Próximo Sábado 31 de Maio, 15h Évora.
Vão já batalhando com o vosso sofá, tratem de o pôr a um canto, arrumem as pantufas e vão a Évora porque Ao vivo é outra coisa !
sábado, 24 de maio de 2008
Chopin - Uma obra para violoncelo
Chopin foi sobretudo um mestre do piano como decerto já se aperceberam (se ainda não o sabiam). Escreveu algumas peças para outros instrumentos entre as quais escolhemos uma para violoncelo porque sinceramente já temos um pouco de saudade de falar aqui de instrumentos de cordas.
Esta sonata Op. 65 em Sol menor para violoncelo e piano foi precisamente a ultima obra publicada em vida razão pela qual esta peça é sem duvida adequada para terminarmos este primeiro ciclo sobre Chopin.
Esta peça foi recentemente interpretada no Porto na Casa Música (vejam o comentário de um dos nossos blogs de referência o Desnorte aqui) por Maria João Pires. Conforme poderão ler é geralmente aceite que a escrita de Chopin para outros instrumentos estava longe da genialidade que demonstrava no piano.
Curiosamente em relação ao artigo do Desnorte a nossa referência (Grove Music) atribui a dedicatória ao violoncelista Auguste Franchomme com o qual aliás terá feito um dos últimos concertos em Paris tocando precisamente os últimos três andamentos desta obra. Daria na verdade um ultimo concerto para os Amigos da Polónia quando voltou de Londres já muito debilitado pela tuberculose que acabaria por lhe retirar a vida.
Como é normal na forma de Sonata esta divide-se em quatro andamentos:
I. Allegro Moderato : Oiçam aqui Yo-Yo Ma no Violoncelo e Emanuel Ax no piano.
II. Scherzo
III. Largo : Oiçam aqui Richter e Gutman (também o quarto andamento).
IV. Finale
Esta sonata Op. 65 em Sol menor para violoncelo e piano foi precisamente a ultima obra publicada em vida razão pela qual esta peça é sem duvida adequada para terminarmos este primeiro ciclo sobre Chopin.
Esta peça foi recentemente interpretada no Porto na Casa Música (vejam o comentário de um dos nossos blogs de referência o Desnorte aqui) por Maria João Pires. Conforme poderão ler é geralmente aceite que a escrita de Chopin para outros instrumentos estava longe da genialidade que demonstrava no piano.
Curiosamente em relação ao artigo do Desnorte a nossa referência (Grove Music) atribui a dedicatória ao violoncelista Auguste Franchomme com o qual aliás terá feito um dos últimos concertos em Paris tocando precisamente os últimos três andamentos desta obra. Daria na verdade um ultimo concerto para os Amigos da Polónia quando voltou de Londres já muito debilitado pela tuberculose que acabaria por lhe retirar a vida.
Como é normal na forma de Sonata esta divide-se em quatro andamentos:
I. Allegro Moderato : Oiçam aqui Yo-Yo Ma no Violoncelo e Emanuel Ax no piano.
II. Scherzo
III. Largo : Oiçam aqui Richter e Gutman (também o quarto andamento).
IV. Finale
Orquestra Sinfónica Juvenil em Concerto na Aula Magna
Só para vos relembrar para não esquecerem estas duas oportunidades de ouvir jovens músicos (ambas com entrada livre):
Por um lado o Concerto do Laureados do concurso Capela (um dos grandes luthiers portugueses) no Teatro Nacional S. Carlos Domingo 25 de Maio às 17h.
Por outro lado a Orquestra Sinfónica Juvenil na Aula Magna com o solista Paulo Pacheco no piano e dirigida por Christopher Bochmann. Domingo 25 de Maio de 2008 às 17h. O programa é variado e constituído pelas seguintes obras:
Por um lado o Concerto do Laureados do concurso Capela (um dos grandes luthiers portugueses) no Teatro Nacional S. Carlos Domingo 25 de Maio às 17h.
Por outro lado a Orquestra Sinfónica Juvenil na Aula Magna com o solista Paulo Pacheco no piano e dirigida por Christopher Bochmann. Domingo 25 de Maio de 2008 às 17h. O programa é variado e constituído pelas seguintes obras:
- Abertura da Ópera “A Flauta Mágica” Mozart, Wolgang Amadeus
- Concerto para piano, nº. 21, dá Maior, Kv 467 Mozart, Wolgang Amadeus
- Sinfonia nº. 5, em mi menor, Op. 64 Tschaikowsky (Andante cantabile, con alcuna licenza , Andante – Allegro con anima)
- Abertura da ópera “Fidelio”, Op. 72 Beethoven
Agrupamento de Cordas Português
O Blog Arte no Tempo chama-nos a atenção neste post para a aposta forte da Câmara de Matosinhos na promoção musical.
Nós recomendamos a visita ao referido site e também ao do Quarteto de Cordas de Matosinhos uma das faces visíveis da aposta da autarquia na música.
Que bom seria que existissem mais exemplos destes ! Se os conhecerem não deixem de os referir !
Nós recomendamos a visita ao referido site e também ao do Quarteto de Cordas de Matosinhos uma das faces visíveis da aposta da autarquia na música.
Que bom seria que existissem mais exemplos destes ! Se os conhecerem não deixem de os referir !
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Requiem de Bomtempo na Lourinhã
Por ocasião da comemoração do bicentenário das Batalhas da Roliça e do Vimeiro será interpretado o requiem de Domingos Bomtempo na Lourinhã na Igreja do Castelo pelas 21:30. Este concerto contará com a interpretação da Orquestra Metropolitana de Lisboa e o coro do Instituto Gregoriano de Lisboa.
Contrariamente ao que o Público afirma nesta noticia Armando possante não estará na direcção do coro (porque está em Bragança na récita da Floresta de Eurico Carrapatoso - leiam a notícia aqui ).
Aqui fica mais esta recomendação para este fim de semana agora para a Lourinhã.
Contrariamente ao que o Público afirma nesta noticia Armando possante não estará na direcção do coro (porque está em Bragança na récita da Floresta de Eurico Carrapatoso - leiam a notícia aqui ).
Aqui fica mais esta recomendação para este fim de semana agora para a Lourinhã.
Chopin - Polonaises
Não existe provavelmente outra obra onde Chopin terá expresso de forma mais completa a sublimação da sua dor pelo destino da sua pátria.
No entanto nem todas as Polonaises são tristes e lúgubres. Por exemplo as duas composições que compõem o Op. 40 (Op. 40-1 em Lá Maior e Op. 40-2 em Dó Menor) são repletas de energia embora a segunda pela natureza do tom utilizado seja uma espécie de contraponto à primeira, esperança versus a falta dela. Oiçam aqui o pianista Alexander Brailowsky interpretar a primeira destas peças e aqui a segunda.
Mas sem dúvida que as Polonaises mais conhecidas são a Op. 53 em Lá Bemol Maior (Heróica) aqui interpretada por Gilels e a Polonaise Op. 61 também em Lá Bemol Maior interpretada por Richter aqui.
No entanto nem todas as Polonaises são tristes e lúgubres. Por exemplo as duas composições que compõem o Op. 40 (Op. 40-1 em Lá Maior e Op. 40-2 em Dó Menor) são repletas de energia embora a segunda pela natureza do tom utilizado seja uma espécie de contraponto à primeira, esperança versus a falta dela. Oiçam aqui o pianista Alexander Brailowsky interpretar a primeira destas peças e aqui a segunda.
Mas sem dúvida que as Polonaises mais conhecidas são a Op. 53 em Lá Bemol Maior (Heróica) aqui interpretada por Gilels e a Polonaise Op. 61 também em Lá Bemol Maior interpretada por Richter aqui.
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Recomendações de Quinta-Feira
Em primeiro lugar e porque não o temos feitos nas ultimas semanas gostaríamos de recomendar a visita a cultura.sapo.pt ou a verem as sugestões pelos nossos amigos da Sercultur no widget que temos nesta página. Para além de algumas das sugestões que aqui vos apresentamos poderão encontrar muitas outras ...
Em segundo lugar peço desculpa a quem nos últimos dias fez comentários que não foram aprovados mas estive em terras de sua majestade britânica e não tive ocasião de consultar a net ... os posts tinha-os planeado através da nova "feature" do blogger. Giro, não ?
Começando pelo sul do país como de costume temos uma recomendação fortissima para não perderem Ivan Monighetti que integrado no FIMA 2008 - 30º Festival Internacional de Música do Algarve dará um recital de violoncelo solo no dia 24 às 21:30 na Igreja do Imaculado Coração de Maria (Altura) com as seguintes obras de Bach "Suite para Violoncelo nº 2, em Ré menor, BWV 1008"; "Suite para Violoncelo nº 3, em Dó Maior, BWV 1009"; "Suite para Violoncelo nº 5, em Dó menor, BWV 1011". Este concerto repete no dia 25 na Igreja Matriz de Aljezur às 16h. Monighetti foi o ultimo aluno de Rostropovich. Ouvi-o há dois anos em Viana do Castelo a interpretar o concerto para Violoncelo de Shostakovich. Garanto-vos que nesse reportório é mais do que excelente, é um fora de série. Em Bach não sei mas se tiverem oportunidade não percam. Raramente terão oportunidade de ver um instrumentista deste calibre. Mais informações no site oficial que está mencionado no destaque na coluna ao lado deste texto.
Também no Algarve integrado no FIMA 2008 - 30º Festival Internacional de Música do Algarve poderão ouvir o pianista Ricardo Castro com a Orquestra do Algarve
na Igreja Matriz de Loulé Sexta-Feira às 21:30. A entrada é livre. Neste concerto serão interpretadas as obras de W. A. Mozart - "Concerto para piano, nº 9, em Mi bemol maior, K271"; "Concerto para piano KV 595 em si bemol maior".
Ainda no Algarve integrado na X Semana Coral de Lagoa o Coral Sotto Voce actuará na Sexta-Feira às 21h30 na Igreja de Porches.
Ligeiramente mais a norte mais precisamente em Beja teremos o XX Encontro de Coros no
Pax Julia - Teatro Municipal, Sábado 24 de Maio, às 17h30. A Entrada Livre. Para além do coro da cidade de Beja participam também o coro de Câmara de Lobos e o Coro da da cidade de Évora.
Na região de Lisboa voltamos a recomendar os concertos que se realizam no Solar dos Zagallos em Almada. Poderão ouvir Sábado às 21:30 o Quinteto Diaphonia (II) que irá interpretar obras de J. M. Cambini - "Quinteto Nº 3"; F. Danzi - "Quinteto op.56 Nº 1" e P. Taffanel - "Quinteto em Sol menor".
No Teatro São Carlos, Domingo 25 de Maio terá lugar o Concerto dos Laureados do Concurso Capela às 17 horas no Teatro São Carlos. A entrada é livre.
Ainda em Lisboa e já na Segunda-Feira recomendo-vos uma promessa portuguesa o violinista Otto Pereira que na Fundação Calouste Gulbenkian pelas 19h irá interpretar um conjunto de obras sobre o denominador comum do virtuosismo. Otto Pereira, vencedor do Prémio Jovens Músicos da RDP na classe de violino nível superior em 2005 será acompanhado ao piano por João Crisóstomo.
Agora um pouco mais a Norte em Alcobaça integrado no Cistermúsica 2008 - XVI Festival de Música de Alcobaça poderão ouvir «Ave Sponsa et Mater: O Amor Místico na obra de Hildegard von Bingen» pelo Mediae Vox Ensemble. Sábado 24 pelas 21:30. O Mediae Vox Ensemble é composto por Carolina Figueiredo, Manon Marques, Mónica Santos e Filipa Taipina.
Sei que não é música clássica mas não resisto a recomendar Jacinta na Sexta 23 de Maio às 21:30 que apresenta em Espinho (Auditório de Espinho) o seu novo trabalho "Convexo". Preço único €10.
No Porto a Orquestra Barroca da Casa da Música e o Taverner Consort dirigidos por Andrew Parrott apresentam um concerto em que que serão interpretadas obras de Diderich Buxtehude e Georg Philipp Telemann. Sábado 24 de Maio pelas 18h na Casa da Música. Preço : €10.
Em Castelo Branco no dia 24 de Maio pelas 21h30 no Cine-Teatro Avenida teremos a
Orquestra Sinfónica da ESART sobre a Direcção de Timothy Russell. Mais detalhes no destaque aqui ao lado (Festival Primavera Músical).
Finalmente em Bragança a Orquestra Piaget e Roberto Valdez dirigidos por Christopher Bochmann darão um concerto no Teatro Municipal de Bragança Sexta-Feira 23 pelas 21h30. Preço: €2.00
Em segundo lugar peço desculpa a quem nos últimos dias fez comentários que não foram aprovados mas estive em terras de sua majestade britânica e não tive ocasião de consultar a net ... os posts tinha-os planeado através da nova "feature" do blogger. Giro, não ?
Começando pelo sul do país como de costume temos uma recomendação fortissima para não perderem Ivan Monighetti que integrado no FIMA 2008 - 30º Festival Internacional de Música do Algarve dará um recital de violoncelo solo no dia 24 às 21:30 na Igreja do Imaculado Coração de Maria (Altura) com as seguintes obras de Bach "Suite para Violoncelo nº 2, em Ré menor, BWV 1008"; "Suite para Violoncelo nº 3, em Dó Maior, BWV 1009"; "Suite para Violoncelo nº 5, em Dó menor, BWV 1011". Este concerto repete no dia 25 na Igreja Matriz de Aljezur às 16h. Monighetti foi o ultimo aluno de Rostropovich. Ouvi-o há dois anos em Viana do Castelo a interpretar o concerto para Violoncelo de Shostakovich. Garanto-vos que nesse reportório é mais do que excelente, é um fora de série. Em Bach não sei mas se tiverem oportunidade não percam. Raramente terão oportunidade de ver um instrumentista deste calibre. Mais informações no site oficial que está mencionado no destaque na coluna ao lado deste texto.
Também no Algarve integrado no FIMA 2008 - 30º Festival Internacional de Música do Algarve poderão ouvir o pianista Ricardo Castro com a Orquestra do Algarve
na Igreja Matriz de Loulé Sexta-Feira às 21:30. A entrada é livre. Neste concerto serão interpretadas as obras de W. A. Mozart - "Concerto para piano, nº 9, em Mi bemol maior, K271"; "Concerto para piano KV 595 em si bemol maior".
Ainda no Algarve integrado na X Semana Coral de Lagoa o Coral Sotto Voce actuará na Sexta-Feira às 21h30 na Igreja de Porches.
Ligeiramente mais a norte mais precisamente em Beja teremos o XX Encontro de Coros no
Pax Julia - Teatro Municipal, Sábado 24 de Maio, às 17h30. A Entrada Livre. Para além do coro da cidade de Beja participam também o coro de Câmara de Lobos e o Coro da da cidade de Évora.
Na região de Lisboa voltamos a recomendar os concertos que se realizam no Solar dos Zagallos em Almada. Poderão ouvir Sábado às 21:30 o Quinteto Diaphonia (II) que irá interpretar obras de J. M. Cambini - "Quinteto Nº 3"; F. Danzi - "Quinteto op.56 Nº 1" e P. Taffanel - "Quinteto em Sol menor".
No Teatro São Carlos, Domingo 25 de Maio terá lugar o Concerto dos Laureados do Concurso Capela às 17 horas no Teatro São Carlos. A entrada é livre.
Ainda em Lisboa e já na Segunda-Feira recomendo-vos uma promessa portuguesa o violinista Otto Pereira que na Fundação Calouste Gulbenkian pelas 19h irá interpretar um conjunto de obras sobre o denominador comum do virtuosismo. Otto Pereira, vencedor do Prémio Jovens Músicos da RDP na classe de violino nível superior em 2005 será acompanhado ao piano por João Crisóstomo.
Agora um pouco mais a Norte em Alcobaça integrado no Cistermúsica 2008 - XVI Festival de Música de Alcobaça poderão ouvir «Ave Sponsa et Mater: O Amor Místico na obra de Hildegard von Bingen» pelo Mediae Vox Ensemble. Sábado 24 pelas 21:30. O Mediae Vox Ensemble é composto por Carolina Figueiredo, Manon Marques, Mónica Santos e Filipa Taipina.
Sei que não é música clássica mas não resisto a recomendar Jacinta na Sexta 23 de Maio às 21:30 que apresenta em Espinho (Auditório de Espinho) o seu novo trabalho "Convexo". Preço único €10.
No Porto a Orquestra Barroca da Casa da Música e o Taverner Consort dirigidos por Andrew Parrott apresentam um concerto em que que serão interpretadas obras de Diderich Buxtehude e Georg Philipp Telemann. Sábado 24 de Maio pelas 18h na Casa da Música. Preço : €10.
Em Castelo Branco no dia 24 de Maio pelas 21h30 no Cine-Teatro Avenida teremos a
Orquestra Sinfónica da ESART sobre a Direcção de Timothy Russell. Mais detalhes no destaque aqui ao lado (Festival Primavera Músical).
Finalmente em Bragança a Orquestra Piaget e Roberto Valdez dirigidos por Christopher Bochmann darão um concerto no Teatro Municipal de Bragança Sexta-Feira 23 pelas 21h30. Preço: €2.00
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Chopin - Prelúdios
Chopin escreveu 26 preludios e também neste caso não vos vou falar de todos um a um. Vinte e Quatro destes preludios constituem o Opus 28, um forma sozinho o Opus 45 e o vigésimo sexto é póstumo sem numeração.
Estas peças estão fortemente ligadas na sua concepção à obra de Bach "Cravo bem Temperado" no sentido em que se sabe que Chopin não só admirava bastante a obra de Bach pela sua perfeição, pela sua minúcia e atenção aos mais pequenos detalhes como também se sabe que Chopin estudou profundamente essa obra antes de compor os preludios que constituem o Op. 28.
Á semelhança de Bach existe uma ordem lógica nos prelúdios embora enquanto Bach escolheu uma ordem cromática Chopin preferiu uma ordenação que segue o ciclo das tonalidades (explicações sobre estes dois temas estão prometidas daqui a uns tempos, por agora basta saberem que se tratam de formas diferentes, mas ambas racionais de ordenação em termos musicais).
Uma nota final antes de vos falarmos de alguns dos Prelúdios. O nome se traduzido "á letra" significaria "introdução", peças que serviriam como introdução a outras peças de maior importância. É um erro pensar assim por duas razões. Se tomados individualmente cada um destes preludios é uma obra de arte de concisão, embora por vezes apenas esquissos, mas são esquissos de um grande mestre. Se tomados no seu conjunto esta será talvez a obra mais revolucionária de Chopin. A obra que em conjunto com os Estudos o coloca sem margem para duvidas na galeria dos mais relevantes compositores no que diz respeito ao ensino do piano. Aliás é curioso a esse respeito que Chopin não tenha deixado escola, talvez pelo seu feitio ou outros interesses ... talvez pela sua vida demasiado curta e preenchida.
Por todas as razões achamos que devem tomar cerca de 30 a 35 minutos do vosso tempo e ouvir todos os preludios em sequência, na sequência que Chopin imaginou e perceberem a natureza do génio. A propósito e como nota de rodapé existem muitas fábulas mais ou menos românticas sobre quase todos os preludios, muitos deles têm nomes não atribuídos por Chopin mas pelos seus admiradores ou estudiosos. Existe nomeadamente controvérsia sobre onde teriam sido escritos: A fábula mais romântica diz que foram compostos num monasterio em Maiorca mas sabe-se que se é verdade que foram terminados quando Chopin vivia com a actriz George Sand nessa ilha também não deixa de ser verdade que muitos deles já teriam sido certamente compostos anteriormente.
Escolhemos dois preludios porque são dos nossos preferidos mas poderíamos facilmente ter escolhido outros tal a riqueza deste conjunto de obras. Lembram-me pela concisão e pela variação abrupta de tom, do humor à mais profunda escuridão passando pelo lirismo mais completo - lembram-me dizia - algumas obras de Prevert por exemplo.
Fiquem assim com Vladimir Horowitz no Op. 28 nº 15 (Raindrop) aqui ou com Dong-Min Lim no Op.28 nº 17 aqui.
Se quiserem ouvir todos os preludios podem por exemplo recorrer a esta interpretação de Martha Argerich que é excelente. É pena o ruído de fundo que estraga a experiência mas para terem um ideia da profundidade da obra e posteriormente adquirirem (ou não) é adequado. Está dividido em três partes (e graças a Deus os números são iguais em Japonês :-)).
Parte 1 (Preludios 1 a 8), Parte 2 (Preludios 9 a 15), Parte 3 (Preludios 16 a 24)
Estas peças estão fortemente ligadas na sua concepção à obra de Bach "Cravo bem Temperado" no sentido em que se sabe que Chopin não só admirava bastante a obra de Bach pela sua perfeição, pela sua minúcia e atenção aos mais pequenos detalhes como também se sabe que Chopin estudou profundamente essa obra antes de compor os preludios que constituem o Op. 28.
Á semelhança de Bach existe uma ordem lógica nos prelúdios embora enquanto Bach escolheu uma ordem cromática Chopin preferiu uma ordenação que segue o ciclo das tonalidades (explicações sobre estes dois temas estão prometidas daqui a uns tempos, por agora basta saberem que se tratam de formas diferentes, mas ambas racionais de ordenação em termos musicais).
Uma nota final antes de vos falarmos de alguns dos Prelúdios. O nome se traduzido "á letra" significaria "introdução", peças que serviriam como introdução a outras peças de maior importância. É um erro pensar assim por duas razões. Se tomados individualmente cada um destes preludios é uma obra de arte de concisão, embora por vezes apenas esquissos, mas são esquissos de um grande mestre. Se tomados no seu conjunto esta será talvez a obra mais revolucionária de Chopin. A obra que em conjunto com os Estudos o coloca sem margem para duvidas na galeria dos mais relevantes compositores no que diz respeito ao ensino do piano. Aliás é curioso a esse respeito que Chopin não tenha deixado escola, talvez pelo seu feitio ou outros interesses ... talvez pela sua vida demasiado curta e preenchida.
Por todas as razões achamos que devem tomar cerca de 30 a 35 minutos do vosso tempo e ouvir todos os preludios em sequência, na sequência que Chopin imaginou e perceberem a natureza do génio. A propósito e como nota de rodapé existem muitas fábulas mais ou menos românticas sobre quase todos os preludios, muitos deles têm nomes não atribuídos por Chopin mas pelos seus admiradores ou estudiosos. Existe nomeadamente controvérsia sobre onde teriam sido escritos: A fábula mais romântica diz que foram compostos num monasterio em Maiorca mas sabe-se que se é verdade que foram terminados quando Chopin vivia com a actriz George Sand nessa ilha também não deixa de ser verdade que muitos deles já teriam sido certamente compostos anteriormente.
Escolhemos dois preludios porque são dos nossos preferidos mas poderíamos facilmente ter escolhido outros tal a riqueza deste conjunto de obras. Lembram-me pela concisão e pela variação abrupta de tom, do humor à mais profunda escuridão passando pelo lirismo mais completo - lembram-me dizia - algumas obras de Prevert por exemplo.
Fiquem assim com Vladimir Horowitz no Op. 28 nº 15 (Raindrop) aqui ou com Dong-Min Lim no Op.28 nº 17 aqui.
Se quiserem ouvir todos os preludios podem por exemplo recorrer a esta interpretação de Martha Argerich que é excelente. É pena o ruído de fundo que estraga a experiência mas para terem um ideia da profundidade da obra e posteriormente adquirirem (ou não) é adequado. Está dividido em três partes (e graças a Deus os números são iguais em Japonês :-)).
Parte 1 (Preludios 1 a 8), Parte 2 (Preludios 9 a 15), Parte 3 (Preludios 16 a 24)
terça-feira, 20 de maio de 2008
Chopin - Sonata para piano nº3 Opus 58 em Si Menor
A terceira e ultima sonata para piano de Chopin foi composta diz-se para calar as críticas referentes à segunda sonata que como vimos aqui foi considerada destituída de unidade, de ligação. Esta peça Op. 58 em Si Menor foi editada em 1845 e é dedicada à condessa E. de Perthuis.
Na verdade esta obra apresenta-se muito mais próxima da composição clássica de uma Sonata na tradição germânica numa transformação continua de temas e a integração entre o acompanhamento e a melodia. Também neste caso seleccionamos quatro pianistas de eleição para vos mostrar cada um dos quatro andamentos que constituem a sonata.
O primeiro andamento (Allegro Maestoso) é marcado por um inicio constituído por uma sequência de acordes fantástica e que muito prometem que aos poucos como que se dissolvem para dar lugar a uma melodia lindíssima. A conclusão deste andamento é também muito marcante pelo seu profundo lirismo. Podem ouvir aqui este andamento na interpretação de Dinu Lipatti.
Do segundo andamento (Scherzo: Molto vivace) que podemos ouvir aqui pelo pianista russo Oleg Boshniakovich realçamos a sua inegável leveza.
Do terceiro andamento (Largo) realçamos o seu carácter sonhador, tranquilo e etéreo quase hipnótico. Confessamos que escolhemos neste caso um pianista que na nossa opinião mais realça estas características, oiçam aqui Alfred Cortot, um dos grandes especialistas de Chopin na mais profunda tradição romântica.
Do quarto andamento (Finale: Presto non tanto; Agitato) teremos de destacar a enorme força interior que emite. Oiçam aqui um outro grande pianista William Kapell.
Na verdade esta obra apresenta-se muito mais próxima da composição clássica de uma Sonata na tradição germânica numa transformação continua de temas e a integração entre o acompanhamento e a melodia. Também neste caso seleccionamos quatro pianistas de eleição para vos mostrar cada um dos quatro andamentos que constituem a sonata.
O primeiro andamento (Allegro Maestoso) é marcado por um inicio constituído por uma sequência de acordes fantástica e que muito prometem que aos poucos como que se dissolvem para dar lugar a uma melodia lindíssima. A conclusão deste andamento é também muito marcante pelo seu profundo lirismo. Podem ouvir aqui este andamento na interpretação de Dinu Lipatti.
Do segundo andamento (Scherzo: Molto vivace) que podemos ouvir aqui pelo pianista russo Oleg Boshniakovich realçamos a sua inegável leveza.
Do terceiro andamento (Largo) realçamos o seu carácter sonhador, tranquilo e etéreo quase hipnótico. Confessamos que escolhemos neste caso um pianista que na nossa opinião mais realça estas características, oiçam aqui Alfred Cortot, um dos grandes especialistas de Chopin na mais profunda tradição romântica.
Do quarto andamento (Finale: Presto non tanto; Agitato) teremos de destacar a enorme força interior que emite. Oiçam aqui um outro grande pianista William Kapell.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Perguntas e Respostas de Segunda
Pesquisa nº1 : "Pessoas Envergonhadas" - Uma pesquisa surpreendente !
Esta surpreendeu-me não pelo facto de alguém chegar ao blog por esta pesquisa (bem isto só por si seria suficientemente surpreendente) mas sobretudo por terem sido 5 pessoas ! cinco pesquisas. Fiz o percurso inverso e descobri o culpado. Um dos meus textos (o do passatempo de destreza musical continha a expressão "pessoas envergonhadas". E não é que pesquisando por esta expressão estamos nos primeiros lugares do search do google?
Pesquisa nº2 : "Qual a relação de Beethoven com a música clássica"
Questão pertinente mas ao mesmo tempo ambígua. Na verdade não sabemos se se está a referir ao período clássico ou ao conjunto da música a que chamamos clássica. Pensamos que deverá ser em relação à primeira destas hipóteses que a questão é colocada.
Pesquisa nº3 : "A única obra de Beethoven"
Intrigante. Talvez a pesquisa fosse "A única ópera de Beethoven" o que seria correcto dado que efectivamente Beethoven apenas escreveu uma - Fidélio - de que falámos aqui. Já agora uma outra pesquisa relacionada com esta ópera pedia o libretto em Português. Pois não temos nem sabemos se haverá. Alguém sabe?
Esta surpreendeu-me não pelo facto de alguém chegar ao blog por esta pesquisa (bem isto só por si seria suficientemente surpreendente) mas sobretudo por terem sido 5 pessoas ! cinco pesquisas. Fiz o percurso inverso e descobri o culpado. Um dos meus textos (o do passatempo de destreza musical continha a expressão "pessoas envergonhadas". E não é que pesquisando por esta expressão estamos nos primeiros lugares do search do google?
Pesquisa nº2 : "Qual a relação de Beethoven com a música clássica"
Questão pertinente mas ao mesmo tempo ambígua. Na verdade não sabemos se se está a referir ao período clássico ou ao conjunto da música a que chamamos clássica. Pensamos que deverá ser em relação à primeira destas hipóteses que a questão é colocada.
Pesquisa nº3 : "A única obra de Beethoven"
Intrigante. Talvez a pesquisa fosse "A única ópera de Beethoven" o que seria correcto dado que efectivamente Beethoven apenas escreveu uma - Fidélio - de que falámos aqui. Já agora uma outra pesquisa relacionada com esta ópera pedia o libretto em Português. Pois não temos nem sabemos se haverá. Alguém sabe?
domingo, 18 de maio de 2008
Chopin - Sonata para Piano nº 2 Op. 35 em Si Bemol Menor
Se a Sonata nº 1 é uma obra pouco representativa do carácter de Chopin e do estilo de composição que tanto admiramos já a segunda sonata (Op. 35 em Si Bemol Menor) está na categoria das composições geniais, muito embora a obra tenha pouca "unidade", isto é os andamentos não estão relacionados uns com os outros, em linguagem popular e simples diríamos exagerando um pouco que é "uma manta de retalhos".
Na verdade Schumann disse desta obra quase pior : "Chopin juntou aqui quatro dos seus filhos loucos". Schmann pensava na verdade que o terceiro andamento não "pertencia" a esta obra e este na verdade foi composto antes dos restantes. Esta composição é sobretudo conhecida precisamente pelo terceiro andamento que contém a famosa Marcha Fúnebre. Chopin dizia defendendo-se da falta de unidade que o quarto andamento começava com o murmúrio das pessoas discutindo o terceiro andamento. Concedemos até que esse argumento possa ser válido mas então e a ligação entre os dois primeiros e os dois últimos ?
Pessoalmente cremos que nos devemos talvez abstrair de uma unidade construída com base na técnica de composição para nos centrarmos na possível unidade dos sentimentos que são expressos e aí a unidade existe, pensamos nós. Uma unidade bastante sombria mas não obstante uma unidade. Mas não julgue pelo que dizemos. Desta vez vamos mostrar os quatro andamentos e em todos temos pianistas de eleição para a sua interpretação.
1. Grave; Doppio movimento : Por Witold Malcuzynski aqui.
2. Scherzo: Por Rachmaninoff aqui.
3. Marcha Funebre (Lento) : Por Arturo Benedetti Michelangeli (1920-1995) aqui.
4. Finale: Presto : Por Vladimir Horowitz aqui.
Na verdade Schumann disse desta obra quase pior : "Chopin juntou aqui quatro dos seus filhos loucos". Schmann pensava na verdade que o terceiro andamento não "pertencia" a esta obra e este na verdade foi composto antes dos restantes. Esta composição é sobretudo conhecida precisamente pelo terceiro andamento que contém a famosa Marcha Fúnebre. Chopin dizia defendendo-se da falta de unidade que o quarto andamento começava com o murmúrio das pessoas discutindo o terceiro andamento. Concedemos até que esse argumento possa ser válido mas então e a ligação entre os dois primeiros e os dois últimos ?
Pessoalmente cremos que nos devemos talvez abstrair de uma unidade construída com base na técnica de composição para nos centrarmos na possível unidade dos sentimentos que são expressos e aí a unidade existe, pensamos nós. Uma unidade bastante sombria mas não obstante uma unidade. Mas não julgue pelo que dizemos. Desta vez vamos mostrar os quatro andamentos e em todos temos pianistas de eleição para a sua interpretação.
1. Grave; Doppio movimento : Por Witold Malcuzynski aqui.
2. Scherzo: Por Rachmaninoff aqui.
3. Marcha Funebre (Lento) : Por Arturo Benedetti Michelangeli (1920-1995) aqui.
4. Finale: Presto : Por Vladimir Horowitz aqui.
sábado, 17 de maio de 2008
Chopin - Piano Sonata Nº1 , Op. 4 em Dó Menor
Chopin compôs três sonatas para piano. A primeira destas sonatas foi composta bastante cedo na carreira do compositor mais precisamente em 1828 quando era aluno de Józef Elsner, a quem aliás a sonata é dedicada.
É provavelmente a obra mais "clássica" de Chopin demonstrando ainda alguma inexperiência do compositor e sobretudo uma fortíssima influência de Mozart e Beethoven. É uma obra muito diferente de tudo o que costumamos ouvir de Chopin.
A Sonata é composta por quatro andamentos como sabemos com a seguinte disposição:
Primeiro Andamento (Allegro Maestoso): Sem dúvida a parte mais clássica dentro do classicismo desta peça e a de mais difícil execução.
Segundo Andamento (Minueto): Talvez o andamento mais conseguido de toda a obra.
Terceiro Andamento (Larghetto) :
Quarto Andamento (Finale-Presto) : Bastante repetitivo e longo.
Em resumo esta peça não deixa grande saudades. Resolvemos aliás falar dela para vos mostrar que mesmo um génio como Chopin pode conceber obras menos boas quando tenta seguir uma forma (a forma clássica, canónica, ortodoxa da Sonata) com a qual não se identifica.
Um bom trabalho de escola mas uma composição que certamente não agradava a Chopin (aliás apenas foi publicada em 1851) o que diz muita coisa. É também uma obra muito pouco tocada pelo que tivemos de criar um filme para vos mostra o primeiro andamento que podem ver aqui interpretado pela excelente pianista turca Idil Beret que acabou por se tornar especialista em Chopin quase "Malgré soi" ...
É provavelmente a obra mais "clássica" de Chopin demonstrando ainda alguma inexperiência do compositor e sobretudo uma fortíssima influência de Mozart e Beethoven. É uma obra muito diferente de tudo o que costumamos ouvir de Chopin.
A Sonata é composta por quatro andamentos como sabemos com a seguinte disposição:
Primeiro Andamento (Allegro Maestoso): Sem dúvida a parte mais clássica dentro do classicismo desta peça e a de mais difícil execução.
Segundo Andamento (Minueto): Talvez o andamento mais conseguido de toda a obra.
Terceiro Andamento (Larghetto) :
Quarto Andamento (Finale-Presto) : Bastante repetitivo e longo.
Em resumo esta peça não deixa grande saudades. Resolvemos aliás falar dela para vos mostrar que mesmo um génio como Chopin pode conceber obras menos boas quando tenta seguir uma forma (a forma clássica, canónica, ortodoxa da Sonata) com a qual não se identifica.
Um bom trabalho de escola mas uma composição que certamente não agradava a Chopin (aliás apenas foi publicada em 1851) o que diz muita coisa. É também uma obra muito pouco tocada pelo que tivemos de criar um filme para vos mostra o primeiro andamento que podem ver aqui interpretado pela excelente pianista turca Idil Beret que acabou por se tornar especialista em Chopin quase "Malgré soi" ...
Mais uma recomendação para hoje Sábado em Almada
Por sugestão do nosso atento leitor pianoman acrescentamos para todos os leitores do blog da zona de Lisboa uma proposta para o lado sul do rio Tejo mais precisamente em Almada no Solar do Zagallos. Todos os Sábados entre 10 de Maio e 7 de Junho decorre o ciclo "Noites de Primavera" às 21:30h.
A entrada é livre.
Solar dos Zagallos
Largo António José Piano Júnior, Sobreda
Tel: 21 294 70 00.
A entrada é livre.
Solar dos Zagallos
Largo António José Piano Júnior, Sobreda
Tel: 21 294 70 00.
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Recomendações da Quinta de novo à Sexta
Começando como de costume pelo Sul integrado no Festival de Música do Algarve (para mais informação clique no destaque que temos mantido nesta página na coluna à direita - FIMA), poderá assistir a um recital de violino e piano por Yang Liu (Violino) e I-Hsuan Tsai (Piano). Será no Salão Nobre da Câmara Municipal de Silves no dia 18 (Domingo) às 21:30. Não sei preços. Pelas obras que irão interpretar entre as quais uma das minhas preferidas de sempre (a sonata para Violino e Piano de Cesar Franck de que falámos aqui) recomenda-se fortemente.
Ligeiramente mais a Norte, mais precisamente em Évora na Igreja da Cartuxa e integrado no ciclo de concertos que se realiza nesta Igreja teremos as Oito Estações pela orquestra de câmara totalmente feminina "As Vivaldianas". No Sábado dia 17 na referida Igreja da Cartuxa às 21:30. As oito estações são um conceito interessante, embora não original (lembram-se que já falamos disto num nosso post sobre os Dias da Música) em que serão interpretadas as quatro estações de Vivaldi e as Quatro Estações Porteñas de Piazzolla. A entrada é Livre.
Ligeiramente mais a Norte, mais precisamente em Évora na Igreja da Cartuxa e integrado no ciclo de concertos que se realiza nesta Igreja teremos as Oito Estações pela orquestra de câmara totalmente feminina "As Vivaldianas". No Sábado dia 17 na referida Igreja da Cartuxa às 21:30. As oito estações são um conceito interessante, embora não original (lembram-se que já falamos disto num nosso post sobre os Dias da Música) em que serão interpretadas as quatro estações de Vivaldi e as Quatro Estações Porteñas de Piazzolla. A entrada é Livre.
Em Lisboa teremos a Orquestra Sinfónica Juvenil em concerto na Aula Magna com o solista Paulo Pacheco (Piano). Este concerto será apenas no fim-de-semana de 25 de Maio mas fica já aqui o pré-aviso. Repetiremos para a semana.
Ainda em Lisboa na Segunda-Feira 19 de Maio às 21.30 na Sé Patriarcal de Lisboa poderemos ouvir Armando Possante com o Coro Gregoriano de Lisboa. Estamos a tentar ter mais informações sobre este concerto. Se algum dos nossos leitores souber alguma coisa que se pronuncie.
Em Aveiro no Teatro Aveirense teremos a Companhia Nacional de Bailado no Sábado 17 de Maio às 21:30. Dança ao som de Shostakovich e de Vianna da Motta.
Em Castelo Branco inserido no outro dos nossos destaques permanentes (Primavera Musical) poderão ouvir no dia 21 de Maio às 21h30 no Cine-Teatro Avenida a pianista Elisso Virsaladze.
No Porto temos recomendações um tanto estranhas. Em primeiro lugar Moustaki. Eu sei que não é música clássica, desculpem lá o mau jeito mas ouvi tantas vezes este cantor que não consigo lamentar não estar cá no dia 19 para o ir ver ao CCB. Façam-no por mim na Casa da Música por favor no dia 17 às 21:30 - Atenção à mudança de horário: Estava agendado para as 22:00. Continuando no Porto e na Casa da Musica a segunda sugestão também ela estranha e igualmente no Sábado 17 Maio 2008 às 19:00 na Sala 2 onde poderão ouvir ANNA-KAISA LIEDES E TIMO VÄÄNÄNEN (música popular Filandesa) e TOQUES DO CARAMULO (Música popular portuguesa da região do caramulo). Em ambos os casos estilizada suponho. Esta recomendação é engraçada porque a Casa da Música propõe também um programa completo com Jantar com cozinha tradicional Portuguesa e Nórdica e uma Jam session que deve ser bastante interessante.
E finalmente e porque raramente conseguimos recomendações para as terras transmontanas teremos em Vila Real a Fanfare Orquestra que é uma formação de sopros e percussão do centro da Europa. O concerto terá lugar no Teatro de Vila Real às 22h no Sábado 17 de Maio. Os preços das entradas são €5 (bilhete normal) e €3,5 (-25 e +65 anos).
Continuando nas recomendações transmontanas (em antecipação) preparem-se desde já para no dia 25 às 17:00 poderem assistir em Bragança à "Floresta" de Eurico Carrapatoso. A esta recomendação voltaremos mas se alguém tem amigos transmontanos (até hoje não tivemos um único leitor de Bragança :-() que os avise ...
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Chopin - Estudos
Os estudos de Chopin estão divididos em três Opus. Considera-se geralmente que o primeiro conjunto de estudos (Op. 10) marca o fim da adolescência de Chopin.
Este primeiro conjunto de estudos publicado em 1833 é composto por 12 peças de que faz parte o famoso "Estudo Revolucionário" assim chamado porque foi escrito durante a tentativa de rebelião da Polónia para se libertar do domínio do Império Russo. Um estudo especialmente exigente para a mão esquerda, um estudo que reflecte a ira do compositor pelas notícias que acabara de receber dando conta do esmagar da revolução polaca em Varsóvia. Vejam aqui Sviatoslav Richter interpretando este estudo.
Se o primeiro conjunto de estudos marca o fim da adolescência de Chopin este segundo conjunto de estudos representa o culminar da sua vida adulta, a chegada a um ponto de síntese e de perfeição que as suas ultimas peças iriam revelar na sua máxima extensão.
Este conjunto de estudos também contêm algumas obras que continuam a ser tocadas hoje em dia não só como elementos pedagógicos mas como peças para recitais de piano solo. entre todos os que poderíamos escolher seleccionamos um dos mais melódicos para contrastar com o anterior e desta vez vamos ouvi-lo na voz do fantástico pianista Brasileiro Nelson Freire, aqui.
Chopin escreveu ainda um conjunto de três estudos que apenas foram publicados postumamente e que na verdade têm muito pouco de novo relativo ao dois anteriores conjuntos.
Este primeiro conjunto de estudos publicado em 1833 é composto por 12 peças de que faz parte o famoso "Estudo Revolucionário" assim chamado porque foi escrito durante a tentativa de rebelião da Polónia para se libertar do domínio do Império Russo. Um estudo especialmente exigente para a mão esquerda, um estudo que reflecte a ira do compositor pelas notícias que acabara de receber dando conta do esmagar da revolução polaca em Varsóvia. Vejam aqui Sviatoslav Richter interpretando este estudo.
Se o primeiro conjunto de estudos marca o fim da adolescência de Chopin este segundo conjunto de estudos representa o culminar da sua vida adulta, a chegada a um ponto de síntese e de perfeição que as suas ultimas peças iriam revelar na sua máxima extensão.
Este conjunto de estudos também contêm algumas obras que continuam a ser tocadas hoje em dia não só como elementos pedagógicos mas como peças para recitais de piano solo. entre todos os que poderíamos escolher seleccionamos um dos mais melódicos para contrastar com o anterior e desta vez vamos ouvi-lo na voz do fantástico pianista Brasileiro Nelson Freire, aqui.
Chopin escreveu ainda um conjunto de três estudos que apenas foram publicados postumamente e que na verdade têm muito pouco de novo relativo ao dois anteriores conjuntos.
Chopin - Nova Grande Valsa Op. 42 (Quarta Parte)
Esta valsa é possivelmente a mais complexa das compostas por Chopin. Publicada em 1840 esta valsa (Op. 42 em Lá bemol Maior) distingue-se pela cuidadosa mistura de ritmos e sobretudo pela coda absolutamente fantástica.
Convém talvez a respeito desta valsa relembrar algumas palavras de Moriz Rosenthal (1862-1946) que escreveu o seguinte sobre esta valsa no Musical Standard de Londres:
"Que um génio como Chopin não tenha dado indicações explicitas acerca da forma como executar as suas obras é perfeitamente normal. Ele voava onde nós meramente titubeamos. Acresce que estas acentuações devem ser sentidas mais do que tocadas, com a maior leveza, o mais ternamente que fôr possível".
(tradução minha a partir da citação retirada do Livro "Chopin - The Man and his Music" de James Huneker)
E é precisamente Moriz Rosenthal que vos oferecemos para esta valsa - uma oportunidade de entenderem o que ele quer dizer com ternura e leveza - uma maravilha apesar da qualidade da gravação ... mas vale a pena. Oiçam então a Grande Nova Valsa por Moriz Rosenthal aqui.
A propósito Moriz Rosenthal foi um dos alunos mais relevantes de Lizt juntamente com Eugen d'Albert (1864-1932) que também poderiamos ouvir nesta mesma valsa aqui porém a qualidade da gravação é pior.
Convém talvez a respeito desta valsa relembrar algumas palavras de Moriz Rosenthal (1862-1946) que escreveu o seguinte sobre esta valsa no Musical Standard de Londres:
"Que um génio como Chopin não tenha dado indicações explicitas acerca da forma como executar as suas obras é perfeitamente normal. Ele voava onde nós meramente titubeamos. Acresce que estas acentuações devem ser sentidas mais do que tocadas, com a maior leveza, o mais ternamente que fôr possível".
(tradução minha a partir da citação retirada do Livro "Chopin - The Man and his Music" de James Huneker)
E é precisamente Moriz Rosenthal que vos oferecemos para esta valsa - uma oportunidade de entenderem o que ele quer dizer com ternura e leveza - uma maravilha apesar da qualidade da gravação ... mas vale a pena. Oiçam então a Grande Nova Valsa por Moriz Rosenthal aqui.
A propósito Moriz Rosenthal foi um dos alunos mais relevantes de Lizt juntamente com Eugen d'Albert (1864-1932) que também poderiamos ouvir nesta mesma valsa aqui porém a qualidade da gravação é pior.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Chopin - Valsa Minuto e Valsa Brilhante (Terceira Parte)
O terceiro post sobre as valsas de Chopin tem duas partes. Numa primeira parte, mais ligeira, vamos falar da famosa "Valsa Minuto" famosa não só porque NÃO é para ser tocada num minuto (isso é quase impossível do ponto de vista físico - apesar das partidas do primeiro de abril dos nossos leitores do Conservatório Regional de Setúbal - leiam aqui que é divertido).
Esta valsa em Ré Bemol Maior faz parte do Opus 64 (Op. 64 - 1) tal como a de ontem (Op. 64 -2 ) terá sido escrita (ia dizer dedicada mas isso é um pouco forte) para o cão de George Sand (para quem não sabe uma das grandes paixões de Chopin). Conta a fábula que George Sand estaria com Chopin e com o seu cão e que de repente pediu a Chopin para compor uma peça para o animal. O nome de "minuto" não foi colocado por Chopin mas sim pelo seu editor que a considerou demasiado curta. Podem ouvir aqui uma interpretação de Daniel Barenboim.
A segunda valsa de que vos queria falar é a Valsa Brilhante (não confundir com a Grande Valsa Brilhante de que já falamos aqui - lembram-se tocada pelo maestro António Vitorino de Almeida). Trata-se de uma peça de execução bastante dificil em forma de rondo (a explicação do significado deste termo terá de ficar para mais tarde). É a primeira das três valsas que constitui o Opus 34, uma valsa em Lá Bemol que vos mostramos aqui numa interpretação de um grande pianista, Alexander Brailowski, especialista nas obras de Chopin.
Esta valsa em Ré Bemol Maior faz parte do Opus 64 (Op. 64 - 1) tal como a de ontem (Op. 64 -2 ) terá sido escrita (ia dizer dedicada mas isso é um pouco forte) para o cão de George Sand (para quem não sabe uma das grandes paixões de Chopin). Conta a fábula que George Sand estaria com Chopin e com o seu cão e que de repente pediu a Chopin para compor uma peça para o animal. O nome de "minuto" não foi colocado por Chopin mas sim pelo seu editor que a considerou demasiado curta. Podem ouvir aqui uma interpretação de Daniel Barenboim.
A segunda valsa de que vos queria falar é a Valsa Brilhante (não confundir com a Grande Valsa Brilhante de que já falamos aqui - lembram-se tocada pelo maestro António Vitorino de Almeida). Trata-se de uma peça de execução bastante dificil em forma de rondo (a explicação do significado deste termo terá de ficar para mais tarde). É a primeira das três valsas que constitui o Opus 34, uma valsa em Lá Bemol que vos mostramos aqui numa interpretação de um grande pianista, Alexander Brailowski, especialista nas obras de Chopin.
terça-feira, 13 de maio de 2008
Bobby McFerrin no Coliseu de Lisboa
Deve estar a esta hora a acabar o concerto que Bobby McFerrin está a dar na Casa da Música do Porto. Imitando descaradamente a Jonasnuts começo por referir que sou um fã incondicional, admito pois que a minha opinião esteja enviesada.
O concerto que ouvi ontem foi certamente um dos melhores da minha vida e ouvi alguns que me ficaram na alma. Não faço infelizmente uma lista e não tendo blog para registo (até agora) não posso garantir uma ordenação rigorosa. Porém está entre os melhores, disso não tenho dúvida.
Bobby McFerrin começou com três canções fantásticas em que demonstrou toda a sua capacidade enquanto interprete vocal. Ele utiliza as suas cordas vocais verdadeiramente como um instrumento. Os presentes poderão ter reparado a forma metódica como coloca o microfone em diferentes posições consoante o tipo de som que pretende, o controlo absoluto da voz, a gama dinâmica fabulosa desde os "baixos profundos" como ele disse mais tarde quando juntou vários espectadores no palco num coro improvisado até aos agudos mais incríveis sempre afinadissimo sempre com uma batida sensacional sempre sozinho. Mas não parecia. Dizia com o meu filho que parecia estarmos a ouvir uma orquestra inteira, por vezes acreditavamos ouvir duas notas em simultâneo. Diz-nos a física que tal é impossível. É ?
Depois veio o único instrumento em palco sem ser a voz. Uma Guitarra e Pedro Joia. E no fim dessa extraordinária junção da guitarra com a voz começou uma outra forma de magia que só iria terminar com a ultima nota da ultima canção.
Começou a magia com o Avé Maria de Gounod (explicação para a Jonasnuts : Esta composição é composta por dois temas - O que Bobby canta de Bach -um prelúdio de Bach e o que nós cantamos de Gounod) e depois ... depois foi ouvir o Coliseu inteiro ... de arrepiar. Espero que alguém tenha gravado e que um dia nos presenteiem com este espectáculo.
A partir daí não consigo descrever com rigor tudo o que se passou mas essencialmente Bobby McFerrin fez o que quis com o publico do Coliseu. Esteve na plateia, improvisou com espectadores da plateia (sorte deles), teve um coro no palco, improvisou com eles, brincou com a música como só o podem fazer os verdadeiros génios.
Pena como diz Jonasnuts que a sala não seja a ideal para este tipo de espectáculo. Uma Aula Magna maior mais intimista seria (ainda) melhor.
McFerrin está ao nível daqueles que nos tocam bem fundo ... Como ele só Elis, Brel, Vinicius, Piaf que não tive o privilégio de ouvir cantar ao vivo ou de António Carlos Jobin ... que esse sim tive a sorte de ouvir.
O concerto que ouvi ontem foi certamente um dos melhores da minha vida e ouvi alguns que me ficaram na alma. Não faço infelizmente uma lista e não tendo blog para registo (até agora) não posso garantir uma ordenação rigorosa. Porém está entre os melhores, disso não tenho dúvida.
Bobby McFerrin começou com três canções fantásticas em que demonstrou toda a sua capacidade enquanto interprete vocal. Ele utiliza as suas cordas vocais verdadeiramente como um instrumento. Os presentes poderão ter reparado a forma metódica como coloca o microfone em diferentes posições consoante o tipo de som que pretende, o controlo absoluto da voz, a gama dinâmica fabulosa desde os "baixos profundos" como ele disse mais tarde quando juntou vários espectadores no palco num coro improvisado até aos agudos mais incríveis sempre afinadissimo sempre com uma batida sensacional sempre sozinho. Mas não parecia. Dizia com o meu filho que parecia estarmos a ouvir uma orquestra inteira, por vezes acreditavamos ouvir duas notas em simultâneo. Diz-nos a física que tal é impossível. É ?
Depois veio o único instrumento em palco sem ser a voz. Uma Guitarra e Pedro Joia. E no fim dessa extraordinária junção da guitarra com a voz começou uma outra forma de magia que só iria terminar com a ultima nota da ultima canção.
Começou a magia com o Avé Maria de Gounod (explicação para a Jonasnuts : Esta composição é composta por dois temas - O que Bobby canta de Bach -um prelúdio de Bach e o que nós cantamos de Gounod) e depois ... depois foi ouvir o Coliseu inteiro ... de arrepiar. Espero que alguém tenha gravado e que um dia nos presenteiem com este espectáculo.
A partir daí não consigo descrever com rigor tudo o que se passou mas essencialmente Bobby McFerrin fez o que quis com o publico do Coliseu. Esteve na plateia, improvisou com espectadores da plateia (sorte deles), teve um coro no palco, improvisou com eles, brincou com a música como só o podem fazer os verdadeiros génios.
Pena como diz Jonasnuts que a sala não seja a ideal para este tipo de espectáculo. Uma Aula Magna maior mais intimista seria (ainda) melhor.
McFerrin está ao nível daqueles que nos tocam bem fundo ... Como ele só Elis, Brel, Vinicius, Piaf que não tive o privilégio de ouvir cantar ao vivo ou de António Carlos Jobin ... que esse sim tive a sorte de ouvir.
Bobby McFerrin
Não, ainda não vou contar o que se passou no Coliseu de Lisboa. Há leitores do Norte que me pediram para não estragar a supresa. Apenas vos vou dizer duas coisas:
1) Afinem as gargantas
2) Nada de hesitações
PS: No blog Jonasnuts um dos que costumo ler regularmente e que claro recomenda-se, pergunta-se se fico surpreendido ao ver um Coliseu inteiro cantar o Avé Maria de Gounod ... Não, surpreendido não fico (agora). Fico emocionado ... Fiquei de boca aberta a primeira vez que vi e ouvi :-)
PPS: Isto estraga um pouco a surpresa, mas esta era prevísivel ...
1) Afinem as gargantas
2) Nada de hesitações
PS: No blog Jonasnuts um dos que costumo ler regularmente e que claro recomenda-se, pergunta-se se fico surpreendido ao ver um Coliseu inteiro cantar o Avé Maria de Gounod ... Não, surpreendido não fico (agora). Fico emocionado ... Fiquei de boca aberta a primeira vez que vi e ouvi :-)
PPS: Isto estraga um pouco a surpresa, mas esta era prevísivel ...
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Chopin - Valsas (Segunda Parte)
A segunda valsa de Chopin de que vos quero falar é também muito conhecida. Aliás esta obra faz parte do Opus 64 que conta também com outra das Valsas mais conhecida de Chopin: A Valsa Minuto. Dessa falaremos mais tarde por agora concentremo-nos na Valsa Op. 64 nº2 em Dó Sustenido Menor. Esta valsa foi composta em 1846 sendo uma daquelas que pela sua melodia profunda de sentimentos rapidamente ganhou o favor do público.
Rubinstein foi um dos pianistas que certamente contribui para que esta valsa se tornasse uma das peças mais conhecidas de Chopin. Tocava-a tantas vezes que lhe chegaram a perguntar porque razão tocava sempre a mesma valsa. Rubinstein respondia então: "Mas eu nunca toco a mesma. São sempre diferentes".
Não temos Rubinstein para vos ilustrar esta peça porque escolhemos um outro momento que para mim é uma das performances que encerra mais significado na história da música. Não tanto pela qualidade artistica (que obviamente tmabém tem) mas sobretudo pelo significado de um presidente em exercicio da nação mais poderosa do mundo, "perder" tempo a anunciar um concerto de um pianista. Concerto esse aliás dado em honra do 50º aniversário da sua carreira.
Vale a pena ouvirem o presidente dos Estados Unidos da América, Jimmy Carter apresentar Horowitz aqui. Depois se quiserem ouçam o hino americano, como hino à liberdade dificilmente encontrarão melhor expressão. "The Star-Spangled Banner" em 1976 com Jimmy Carter certamente um espelho da expressão "The Land of the free". Hoje ? Enfim ...
Poderão então passar para a interpretação da valsa de que falamos nesse recital aqui.
Rubinstein foi um dos pianistas que certamente contribui para que esta valsa se tornasse uma das peças mais conhecidas de Chopin. Tocava-a tantas vezes que lhe chegaram a perguntar porque razão tocava sempre a mesma valsa. Rubinstein respondia então: "Mas eu nunca toco a mesma. São sempre diferentes".
Não temos Rubinstein para vos ilustrar esta peça porque escolhemos um outro momento que para mim é uma das performances que encerra mais significado na história da música. Não tanto pela qualidade artistica (que obviamente tmabém tem) mas sobretudo pelo significado de um presidente em exercicio da nação mais poderosa do mundo, "perder" tempo a anunciar um concerto de um pianista. Concerto esse aliás dado em honra do 50º aniversário da sua carreira.
Vale a pena ouvirem o presidente dos Estados Unidos da América, Jimmy Carter apresentar Horowitz aqui. Depois se quiserem ouçam o hino americano, como hino à liberdade dificilmente encontrarão melhor expressão. "The Star-Spangled Banner" em 1976 com Jimmy Carter certamente um espelho da expressão "The Land of the free". Hoje ? Enfim ...
Poderão então passar para a interpretação da valsa de que falamos nesse recital aqui.
As pesquisas interessantes da semana
Inauguramos hoje um tipo de posts a que vamos chamar "As Pesquisas Interessantes da Semana". Nestes posts que serão sempre à segunda-feira vamos endereçar algumas das pesquisas que trouxeram visitantes ao nosso blog e que por serem curiosas ou por não terem obtido a resposta em termos de conteúdo que poderiam esperar resolvemos esclarecer ...
Em primeiro lugar Claudio Monteverdi mantém-se como a pesquisa que mais visitantes trouxe ao nosso blog. Não deixa de ser curioso tratando-se de um compositor que não tem, nem de perto nem de longe a notoriedade de um Beethoven, Mozart ou Bach. Enfim este é um assunto mais para os especialistas de SEO ... (tenho a minha teoria que fica para depois)
Dúvida nº 1 : "Musica de Beethoven para Napoleão"
Pois trata-se certamente da 3ª Sinfonia que originalmente tinha sido dedicada a Napoleão. Beethoven prezava muito a liberdade e era até conhecido por derespeitar a nobreza e as distâncias entre classes que na altura eram bem mais marcadas. Beethoven via em Napoleão o representante dos ideais da revolução francesa. Igualdade, Fraternidade. Porém quando este se proclamou Imperador estragou tudo ... e Beethoven rasgou a dedicatória, conta-se.
Dúvida nº2 : "O que é a Música Clássica"
Boa pergunta. Tentamos um esquisso de resposta a esta pergunta aqui mas não de forma completa. Voltaremos ao tema em breve, fica prometido com a ajuda de Leonard Bernstein claro está.
Dúvida nº 3 : "Downloads"
Pois aqui não há, nem vai haver. Poderei mais tarde fazer uma listagem de sites onde se pode fazer o download legal de músicas e até quem sabe fazer um indice das músicas clássicas presentes no You Tube.
Em primeiro lugar Claudio Monteverdi mantém-se como a pesquisa que mais visitantes trouxe ao nosso blog. Não deixa de ser curioso tratando-se de um compositor que não tem, nem de perto nem de longe a notoriedade de um Beethoven, Mozart ou Bach. Enfim este é um assunto mais para os especialistas de SEO ... (tenho a minha teoria que fica para depois)
Dúvida nº 1 : "Musica de Beethoven para Napoleão"
Pois trata-se certamente da 3ª Sinfonia que originalmente tinha sido dedicada a Napoleão. Beethoven prezava muito a liberdade e era até conhecido por derespeitar a nobreza e as distâncias entre classes que na altura eram bem mais marcadas. Beethoven via em Napoleão o representante dos ideais da revolução francesa. Igualdade, Fraternidade. Porém quando este se proclamou Imperador estragou tudo ... e Beethoven rasgou a dedicatória, conta-se.
Dúvida nº2 : "O que é a Música Clássica"
Boa pergunta. Tentamos um esquisso de resposta a esta pergunta aqui mas não de forma completa. Voltaremos ao tema em breve, fica prometido com a ajuda de Leonard Bernstein claro está.
Dúvida nº 3 : "Downloads"
Pois aqui não há, nem vai haver. Poderei mais tarde fazer uma listagem de sites onde se pode fazer o download legal de músicas e até quem sabe fazer um indice das músicas clássicas presentes no You Tube.
domingo, 11 de maio de 2008
Chopin - A grande Valsa Brilhante tocada por Vitorino de Almeida
Não iremos fazer uma análise a todas as Valsas compostas por Chopin contrariamente ao que fizemos para os Nocturnos. Não porque exista entre os dois tipos de composição alguma ordenação qualitativa mas apenas porque neste caso nos pareceria um pouco repetitivo demais.
Vamos assim ouvir algumas das que preferimos e que nos parecem por um lado ilustrar melhor este tipo de composição e por outro estarem também de acordo com o objectivo deste blog: Fazer-vos conhecer melhor a música clássica e poderem dessa forma usufruir deste género de arte.
O primeiro facto notável com as Valsas de Chopin é que estas têm muito pouco a ver com as Valsas vienenses (de que também falaremos mais tarde de que conhecem certamente exemplo como o Danúbio Azul ou a Valsa do Imperador). As valsas do compositor polaco destinam-se muito mais aos salões da aristocracia e à audição do que propriamente à dança. Diz-se por vezes que são danças da alma e não do corpo, embora valha a verdade algumas destas valsas são dançáveis !
Chopin escreveu mais de 20 embora muitas estejam totalmente ou parcialmente perdidas. A primeira de que vos vou falar é a Grande Valsa Brilhante Op. 18 em Mi Bemol Maior. Esta peça foi composta em 1833 tendo sido publicada no ano seguinte e sendo a primeira das valsas que Chopin compôs para piano solo. Foi dedicada a Laura Harsford e não sendo a minha preferida é sem dúvida uma das mais conhecidas.
Felizmente ao procurar no You Tube consegui encontrar uma interpretação de um pianista português que todos conhecemos bem. Fiquem assim com o Maestro António Vitorino de Almeida numa interpretação desta valsa aqui.
Vamos assim ouvir algumas das que preferimos e que nos parecem por um lado ilustrar melhor este tipo de composição e por outro estarem também de acordo com o objectivo deste blog: Fazer-vos conhecer melhor a música clássica e poderem dessa forma usufruir deste género de arte.
O primeiro facto notável com as Valsas de Chopin é que estas têm muito pouco a ver com as Valsas vienenses (de que também falaremos mais tarde de que conhecem certamente exemplo como o Danúbio Azul ou a Valsa do Imperador). As valsas do compositor polaco destinam-se muito mais aos salões da aristocracia e à audição do que propriamente à dança. Diz-se por vezes que são danças da alma e não do corpo, embora valha a verdade algumas destas valsas são dançáveis !
Chopin escreveu mais de 20 embora muitas estejam totalmente ou parcialmente perdidas. A primeira de que vos vou falar é a Grande Valsa Brilhante Op. 18 em Mi Bemol Maior. Esta peça foi composta em 1833 tendo sido publicada no ano seguinte e sendo a primeira das valsas que Chopin compôs para piano solo. Foi dedicada a Laura Harsford e não sendo a minha preferida é sem dúvida uma das mais conhecidas.
Felizmente ao procurar no You Tube consegui encontrar uma interpretação de um pianista português que todos conhecemos bem. Fiquem assim com o Maestro António Vitorino de Almeida numa interpretação desta valsa aqui.
Salão Nobre do Conservatório Nacional - Novidades
Como sabem há uns meses atrás fizemos parte do estado deplorável do Salão Nobre do Conservatório Nacional (ver este post). No âmbito da petição de que se falava - ALGUÉM ACUDA AO SALÃO NOBRE DO CONSERVATÓRIO POR FAVOR!" - e numa iniciativa conjunta do Fórum Cidadania Lx e da Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa irá realizar-se no próximo dia 14 de maio pelas 18:30 no referido salão um recital com a colaboração de vários ex-alunos e ex-professores do Conservatório entre os quais António Rosado (ex-aluno da escola de música do Conservatório Nacional), Jorge Moyano (ex-aluno da escola de música do Conservatório Nacional), Glória de Matos (ex-professora da escola de Teatro do Conservatório Nacional) e Maria de Jesus Barroso (ex-aluna da escola de Teatro do Conservatório Nacional) .
Este recital é destinado essencialmente aos destinatários da petição - o Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, 1º Ministro, Ministros da Educação e da Cultura, Presidente da Camara Municipal de Lisboa, Deputados e Vereadores da CML e Comunicação Social. A entrada não obstante é livre de acordo com os lugares disponíveis na sala.
O nosso obrigado ao blog da Banda da Covilhã que nos deu conhecimento do evento.
Este recital é destinado essencialmente aos destinatários da petição - o Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, 1º Ministro, Ministros da Educação e da Cultura, Presidente da Camara Municipal de Lisboa, Deputados e Vereadores da CML e Comunicação Social. A entrada não obstante é livre de acordo com os lugares disponíveis na sala.
O nosso obrigado ao blog da Banda da Covilhã que nos deu conhecimento do evento.
sábado, 10 de maio de 2008
Algumas recomendações adicionais
Entretanto ao longo da noite de ontem e manhã de hoje chegaram mais algumas recomendações de que quero vos fazer parte. São um pouco em cima da hora - eu sei mas se estiverem na zona não deixem de ir ver, e claro fixem os blogs que foram a origem da informação como fonte de ideias para "programas" musicais. Eu faço-o !
O blogue Primavera Musical diz-nos que "... prossegue, hoje, a digressão pelas freguesias do grupo de trombones da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco. Hoje será a vez de Tinalhas e o concerto, com início às 20 horas, decorrerá no salão da Junta de Freguesia."
Os músicos Luís Rodrigues, Filipe Alves, Edixon Silva, Sérgio Pereira e Pedro Pinto interpretarão as seguintes peças:
Partita a 5 Vozes - Samuel Scheidt
Achieved Is The Glorious Work - Haydn
Locus Iste - Bruckner
Rookie's Thing - M. Leichsering
"A Portrait" - Gershwin
Intrada - J. Pezel
Round Midnight - Thelonious Monk
Granada - Arr. Jarret Butler
Fly Me To The Moon - Bart Howard
Georgia On My Mind - Hoagy Carmichael
New York, New York - Arr. Jack Gale
Night And Day - Cole Porter
Wave - Tom Jobim
Na Guarda o Blogue da Banda da Covilhã diz-nos que poderão ouvir no Domingo Dia 11 pelas 16h na Sé Catedral da Guarda às 16 horas o Coro de Niños Fundación Caja Duero e e Coro Infantil de Belgais. A Entrada é livre.
O blogue Primavera Musical diz-nos que "... prossegue, hoje, a digressão pelas freguesias do grupo de trombones da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco. Hoje será a vez de Tinalhas e o concerto, com início às 20 horas, decorrerá no salão da Junta de Freguesia."
Os músicos Luís Rodrigues, Filipe Alves, Edixon Silva, Sérgio Pereira e Pedro Pinto interpretarão as seguintes peças:
Partita a 5 Vozes - Samuel Scheidt
Achieved Is The Glorious Work - Haydn
Locus Iste - Bruckner
Rookie's Thing - M. Leichsering
"A Portrait" - Gershwin
Intrada - J. Pezel
Round Midnight - Thelonious Monk
Granada - Arr. Jarret Butler
Fly Me To The Moon - Bart Howard
Georgia On My Mind - Hoagy Carmichael
New York, New York - Arr. Jack Gale
Night And Day - Cole Porter
Wave - Tom Jobim
Na Guarda o Blogue da Banda da Covilhã diz-nos que poderão ouvir no Domingo Dia 11 pelas 16h na Sé Catedral da Guarda às 16 horas o Coro de Niños Fundación Caja Duero e e Coro Infantil de Belgais. A Entrada é livre.
Mais uma recomendação !
O nosso leitor pianoman do blog Classe de Piano do Conservatório Regional de Setúbal acrescentou à nossa lista de recomendações esta sugestão:
Sábado, dia 10 de Maio às 21.30, no Solar dos Zagallos (Sobreda de Caparica - Almada):
CONCERTO de MODINHAS
Armando Possante (barítono)
Suzana Silva (flauta doce)
Jenny Silvestre (Cravo)
Que com muito gosto aqui destacamos até porque Armando Possante (barítono) e também bloguista (Belogue de Notas) passa por este blog de quando em vez e merece toda a promoção que possamos modestamente fazer.
Sábado, dia 10 de Maio às 21.30, no Solar dos Zagallos (Sobreda de Caparica - Almada):
CONCERTO de MODINHAS
Armando Possante (barítono)
Suzana Silva (flauta doce)
Jenny Silvestre (Cravo)
Que com muito gosto aqui destacamos até porque Armando Possante (barítono) e também bloguista (Belogue de Notas) passa por este blog de quando em vez e merece toda a promoção que possamos modestamente fazer.
Artur da Távola (1936 - 2008)
Do blog "De Opera e de Lagartos..." chega-nos a noticia de que faleceu ontem, dia 9 de Maio Artur da Távola. Apontem o vosso browser para aqui para saberem mais sobre este escritor, critico musical e politico.
Em alternativa podem também consultar este outro post. Fiquei a saber que Artur da Távola tinha um programa chamado "Quem tem medo da música clássica" o que sem dúvida o aproxima muito deste blog ... Que descanse em paz.
Em alternativa podem também consultar este outro post. Fiquei a saber que Artur da Távola tinha um programa chamado "Quem tem medo da música clássica" o que sem dúvida o aproxima muito deste blog ... Que descanse em paz.
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Chopin - Nocturnos (Décima e Ultima Parte)
Continuamos com obras que não foram publicadas durante a vida de Chopin. O Nocturno nº 20 em Dó Sustenido Menor utiliza temas do concerto em Fá Menor (Op. 21). Foi composto em 1830 e publicado em 1875.Curiosamente é um dos Nocturnos que tem uma transcrição para Violino de que gosto particularmente (pelo violinista que já ouvimos aqui Nathan Milstein).
A propósito e a título de brincadeira, será que foi este o concerto para violino que Santana Lopes ouviu ? Oiçam aqui uma versão pelo grande violinista Itzhak Perlman. Podem também ouvir aqui o original pelo não menos notável pianista Wladyslaw Szpilman. Este Nocturno serviu de tema ao tema o Pianista.
Já o nocturno Nº 21 em Dó Menor é relativamente pouco executado (na verdade não consegui encontrar um exemplo no You Tube).
A propósito e a título de brincadeira, será que foi este o concerto para violino que Santana Lopes ouviu ? Oiçam aqui uma versão pelo grande violinista Itzhak Perlman. Podem também ouvir aqui o original pelo não menos notável pianista Wladyslaw Szpilman. Este Nocturno serviu de tema ao tema o Pianista.
Já o nocturno Nº 21 em Dó Menor é relativamente pouco executado (na verdade não consegui encontrar um exemplo no You Tube).
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Um convite diferente vindo do Blog : Acta Para Violino
A Alice, do Blog Acta Para Violino nome que como devem imaginar despertou desde logo a minha curiosidade, enviou-nos um convite e autorizou-nos a fazer-vos parte do mesmo.
Assim quem quiser, sobretudo os da Invicta Cidade do Porto e zonas vizinhas no próximo Sábado às 16h na Casa Museu Abel Salazar em S. Mamede de Infesta poderão assistir ao lançamento do primeiro livro da Alice. Já sabem o que penso acerca destas coisas. Vençam o sofá, as pantufas, não cedam à praia e mergulhem noutras águas, porque como digo, mesmo tratando-se da Invicta, ao vivo é outra coisa. Aqui fica a imagem do lindíssimo convite. Para mais informações claro, visitem o site referido.
Recomendações da Quinta-Feira de novo à Sexta
Bom mais uma vez estamos a fazer as recomendações da Quinta à Sexta ... Enfim na verdade já fomos fazendo algumas durante a semana pelo que nos parece que teremos o perdão dos leitores. Ou não ?
Começando como tem vindo a ser costume pelo Sul do país, em Faro no Teatro Municipal de Faro temos uma recomendação ligada ao nosso ciclo sobre Beethoven. Poderão ouvir a partir das 12h do dia 11 Domingo a Orquestra do Algarve dirigida por Cesário Costa em mais um Concerto Promenade. Ideal para a introdução dos jovens à musica clássica num estilo de concerto muito participado e explicado. Acresce que será interpretada a quinta sinfonia de Beethoven o que só por si seria justificação suficiente. Entrada: €10,00. Reservas: 289888110 / 214346304.
Em Lisboa o conservatório de Música de Sintra apresentar-se-à em concerto no Palácio Nacional de Queluz no Sábado dia 10 às 15h. Reservas: 214343860. Serão interpretadas obras de E. Grieg, Gerald Marks / Seymour Simons, G. Gershwin, W.A. Mozart, C. Sermisy, Lennon / McCartney, De Maurizi, K. Weber, L. Mozart e Eurico Carrapatoso.
Em Leiria o orfeão faz 61 anos e para comemorar a data a Orquestra Filarmonia das Beiras dirigida pelo maestro António Vassalo Lourenço apresentar-se-à em concerto onde serão interpretadas obras de Joseph Haydn e do compositor brasileiro Meyrosauro. Dia 10 Sábado às 21:30 no Teatro José Lúcio da Silva. A entrada é livre. Reservas: 244824600 / 244823600
Em Famalicão nos dias 9 a 11 de Maio como já referimos está a decorrer um conjunto de Master Classes no ambito das quais existirão um conjunto de concertos de que poderão conhecer os detalhes aqui.
Em Santo Tirso integrado no XV Festival Internacional de Guitarra de Santo Tirso poderão ouvir o Los Angeles Guitar Quartet no Auditório Padre António Vieira (Artave). Sábado dia 10 às 21h45. Não sei o preço das entradas. Reservas: 252808830. Para mais informações pode também ver o artigo do Público Aqui .
No Porto começamos por uma recomendação que não sendo bem clássica é tradicional e que nos chamou a atenção pelo que revela de fé em si próprio. Tivemos conhecimento deste espectáculo através do Blog da Laurinda Alves Substância da Vida que aliás aproveitamos também para recomendar. No post que indicamos encontrará toda a informação sobre a Carmo Rebelo de Andrade . No que diz respeito ao concerto ele terá lugar no Porto na Casa da Música ao meio-dia do dia 11 (Domingo).
Os Lisboetas que não fiquem tristes porque como Laurinda Alves também refere poderão ouvir a Carmo às segundas e quartas no Restaurante Mesa de Frades.
Ainda no Porto e para a família podemos recomendar mais um concerto Promenade onde poderão ouvir a "A História de Babar", de Poulenc pela Orquestra da ARTAVE. Será no Domingo às 11:30 no Coliseu do Porto. Entrada: €10,00 / €5,00. Reservas: 223394948.
Começando como tem vindo a ser costume pelo Sul do país, em Faro no Teatro Municipal de Faro temos uma recomendação ligada ao nosso ciclo sobre Beethoven. Poderão ouvir a partir das 12h do dia 11 Domingo a Orquestra do Algarve dirigida por Cesário Costa em mais um Concerto Promenade. Ideal para a introdução dos jovens à musica clássica num estilo de concerto muito participado e explicado. Acresce que será interpretada a quinta sinfonia de Beethoven o que só por si seria justificação suficiente. Entrada: €10,00. Reservas: 289888110 / 214346304.
Em Lisboa o conservatório de Música de Sintra apresentar-se-à em concerto no Palácio Nacional de Queluz no Sábado dia 10 às 15h. Reservas: 214343860. Serão interpretadas obras de E. Grieg, Gerald Marks / Seymour Simons, G. Gershwin, W.A. Mozart, C. Sermisy, Lennon / McCartney, De Maurizi, K. Weber, L. Mozart e Eurico Carrapatoso.
Em Leiria o orfeão faz 61 anos e para comemorar a data a Orquestra Filarmonia das Beiras dirigida pelo maestro António Vassalo Lourenço apresentar-se-à em concerto onde serão interpretadas obras de Joseph Haydn e do compositor brasileiro Meyrosauro. Dia 10 Sábado às 21:30 no Teatro José Lúcio da Silva. A entrada é livre. Reservas: 244824600 / 244823600
Em Famalicão nos dias 9 a 11 de Maio como já referimos está a decorrer um conjunto de Master Classes no ambito das quais existirão um conjunto de concertos de que poderão conhecer os detalhes aqui.
Em Santo Tirso integrado no XV Festival Internacional de Guitarra de Santo Tirso poderão ouvir o Los Angeles Guitar Quartet no Auditório Padre António Vieira (Artave). Sábado dia 10 às 21h45. Não sei o preço das entradas. Reservas: 252808830. Para mais informações pode também ver o artigo do Público Aqui .
No Porto começamos por uma recomendação que não sendo bem clássica é tradicional e que nos chamou a atenção pelo que revela de fé em si próprio. Tivemos conhecimento deste espectáculo através do Blog da Laurinda Alves Substância da Vida que aliás aproveitamos também para recomendar. No post que indicamos encontrará toda a informação sobre a Carmo Rebelo de Andrade . No que diz respeito ao concerto ele terá lugar no Porto na Casa da Música ao meio-dia do dia 11 (Domingo).
Os Lisboetas que não fiquem tristes porque como Laurinda Alves também refere poderão ouvir a Carmo às segundas e quartas no Restaurante Mesa de Frades.
Ainda no Porto e para a família podemos recomendar mais um concerto Promenade onde poderão ouvir a "A História de Babar", de Poulenc pela Orquestra da ARTAVE. Será no Domingo às 11:30 no Coliseu do Porto. Entrada: €10,00 / €5,00. Reservas: 223394948.
Chopin - Nocturnos (Nona parte)
Os três restantes nocturnos são obras póstumas. Há quem pense que dado não apresentarem grande qualidade mais valia terem continuado desconhecidos. O primeiro destes Nocturnos o Opus 72 em Mi Menor foi composto em 1827 mas apenas publicado em 1855 tendo sido dedicado a Mademoiselle R. de Konneritz.
Trata-se de um Nocturno bastante clássico, na tradição de Field, com uma melodia que parece querer sobrepôr-se à nossa vontade. É uma melodia bastante sombria que pessoalmente me lembra uma velha casa de campo, quem sabe com alguns fantasmas.
Fiquem aqui com a interpretação fantástica de Sviatoslav Richter.
Trata-se de um Nocturno bastante clássico, na tradição de Field, com uma melodia que parece querer sobrepôr-se à nossa vontade. É uma melodia bastante sombria que pessoalmente me lembra uma velha casa de campo, quem sabe com alguns fantasmas.
Fiquem aqui com a interpretação fantástica de Sviatoslav Richter.
quarta-feira, 7 de maio de 2008
O meu filho faz hoje 16 Anos
Há exactamente 16 anos aproximadamente à hora deste post vivi o momento mais feliz da minha vida: Nasceu o meu filho!
Confesso que não gosto muito da expressão "meu filho" ; transmite um sentimento de posse que não faz parte da minha maneira de sentir e exercer a paternidade.
Hoje Miguel, se por acaso leres isto, não sei se terás ocasião tendo em conta que monopolizo o computador aqui de casa, o teu computador - que vergonha - só queria dizer-te duas coisas:
Em primeiro lugar que sejas feliz na profissão que escolheres, nos amores que tiveres, nas músicas que sentires: Um verdadeiro SOL MAIOR.
Em segundo lugar num verdadeiro algoritmo recursivo que o(s) teu(s) filho(s) te dê(m) tanta alegria como tu nos tens dado, pela tua maneira de ser, pelo teu carinho.
Confesso que não gosto muito da expressão "meu filho" ; transmite um sentimento de posse que não faz parte da minha maneira de sentir e exercer a paternidade.
Hoje Miguel, se por acaso leres isto, não sei se terás ocasião tendo em conta que monopolizo o computador aqui de casa, o teu computador - que vergonha - só queria dizer-te duas coisas:
Em primeiro lugar que sejas feliz na profissão que escolheres, nos amores que tiveres, nas músicas que sentires: Um verdadeiro SOL MAIOR.
Em segundo lugar num verdadeiro algoritmo recursivo que o(s) teu(s) filho(s) te dê(m) tanta alegria como tu nos tens dado, pela tua maneira de ser, pelo teu carinho.
Recomendação Antecipada 14 de Maio : Castelo Branco
Absolutamente a não perder em Castelo Branco no dia 14 de Maio às 21:30 no Cine-Teatro Avenida de Castelo Branco TAKÁCS QUARTET (quarteto de cordas) que é simplesmente um dos quartetos de cordas mais antigos e conceituados do Mundo.
Este mesmo quarteto estará também na Gulbenkian uns dias antes mas como salientou o blog Fantasia Musical em Castelo Branco é mais barato! Voltarei a avisar-vos deste concerto mas desafio-vos a marcarem já na vossa agenda e claro a adquirir o respectivo bilhete.
Todas as informações no site da Primavera Musical.
Este mesmo quarteto estará também na Gulbenkian uns dias antes mas como salientou o blog Fantasia Musical em Castelo Branco é mais barato! Voltarei a avisar-vos deste concerto mas desafio-vos a marcarem já na vossa agenda e claro a adquirir o respectivo bilhete.
Todas as informações no site da Primavera Musical.
Recomendação Antecipada 9 de Maio - Evora
No próximo dia 9 de Maio às 21:30 poderão assistir em Évora nos Claustros do Convento dos Remédios a um concerto de Marimba Solo e Duo com Vasco Ramalho (Portugal) e Chin Cheng Lin (Taiwan). Para mais informações consulte o site Eborae Musica.
terça-feira, 6 de maio de 2008
Chopin - Nocturnos (Parte 8) : Op. 62
Os dois nocturnos que compõem o Opus 62 foram os últimos publicados durante a vida de Chopin.
O primeiro deles o Nocturno nº 17 em Si Bemol é uma peça extraordinariamente densa, de difícil apreensão (se comparada com outros nocturnos), de ambiente soturno e fechado. Diz James Huneker autor do livro que já citamos Chopin o Homem e a sua Obra que este nocturno no entanto merece mais atenção e louvor do que lhe é normalmente concedido. Deixarei que julguem por vós próprios. Oiçam aqui uma interpretação de Aldo Ciccolini.
Já o nocturno nº 18 em Mi Maior é uma peça que embora mantendo aquela característica comum de alguma melancolia não deixa de transmitir uma certa paz. Como se embora consciente da distância Chopin se sentisse próximo da sua pátria ou dos seus amores com uma parte intermédia bastante apaixonada e ondulante. Lembra-me de certa forma um dos meus poemas preferidos de Prévert de que vos deixo aqui uma tradução minha (com o pedido de desculpa ao poeta).
Uma sugestão. Leiam enquanto ouvem o nocturno interpretado pelo notável Daniel Barenboim aqui.
Areias Movediças
Demónios e Maravilhas
Ventos e Marés
Ao longe o mar já se retirou
Demónios e Maravilhas
Ventos e Marés
E tu,
Como uma alga docemente afagada pelo vento
Nas areias da cama ondulas sonhando
Demónios e Maravilhas
Ventos e Marés
Ao longe o mar já se retirou
Mas nos teus olhos entreabertos
Duas pequenas ondas ficaram
Demónios e Maravilhas
Ventos e Marés
Duas pequenas ondas para me afogarem.
[A versão original, preferível caso dominem o Francês]
Sables Mouvants
Démons et merveilles
Vents et marées
Au loin déja la mer s'est retirée
Démons et merveilles
Vents et marées
Et toi
Comme une algue doucement carressée par le vent
Dans les sables du lit tu remues en revant
Démons et merveilles
Vents et marées
Au loin déja la mer s'est retirée
Mais dans tes yeux entrouverts
Deux petites vagues sont restées
Démons et merveilles
Vents et marées
Deux petites vagues pour me noyer.
O primeiro deles o Nocturno nº 17 em Si Bemol é uma peça extraordinariamente densa, de difícil apreensão (se comparada com outros nocturnos), de ambiente soturno e fechado. Diz James Huneker autor do livro que já citamos Chopin o Homem e a sua Obra que este nocturno no entanto merece mais atenção e louvor do que lhe é normalmente concedido. Deixarei que julguem por vós próprios. Oiçam aqui uma interpretação de Aldo Ciccolini.
Já o nocturno nº 18 em Mi Maior é uma peça que embora mantendo aquela característica comum de alguma melancolia não deixa de transmitir uma certa paz. Como se embora consciente da distância Chopin se sentisse próximo da sua pátria ou dos seus amores com uma parte intermédia bastante apaixonada e ondulante. Lembra-me de certa forma um dos meus poemas preferidos de Prévert de que vos deixo aqui uma tradução minha (com o pedido de desculpa ao poeta).
Uma sugestão. Leiam enquanto ouvem o nocturno interpretado pelo notável Daniel Barenboim aqui.
Areias Movediças
Demónios e Maravilhas
Ventos e Marés
Ao longe o mar já se retirou
Demónios e Maravilhas
Ventos e Marés
E tu,
Como uma alga docemente afagada pelo vento
Nas areias da cama ondulas sonhando
Demónios e Maravilhas
Ventos e Marés
Ao longe o mar já se retirou
Mas nos teus olhos entreabertos
Duas pequenas ondas ficaram
Demónios e Maravilhas
Ventos e Marés
Duas pequenas ondas para me afogarem.
[A versão original, preferível caso dominem o Francês]
Sables Mouvants
Démons et merveilles
Vents et marées
Au loin déja la mer s'est retirée
Démons et merveilles
Vents et marées
Et toi
Comme une algue doucement carressée par le vent
Dans les sables du lit tu remues en revant
Démons et merveilles
Vents et marées
Au loin déja la mer s'est retirée
Mais dans tes yeux entrouverts
Deux petites vagues sont restées
Démons et merveilles
Vents et marées
Deux petites vagues pour me noyer.
Mais uma recomendação antecipada
Também esta recomendação não podia esperar pela próxima Quinta-Feira. Já vos tinha falado deste concerto. Considerem este o ultimo aviso ... :-)
No dia 8 de Maio às 22h em Alcanena (a norte de Santarém) - Inauguração do Cine-Teatro de Alcanena com a Orquestra Sinfónica Juvenil dirigida por Christopher Bochmann. Um programa que vai contar com a participação de Sandra Medeiros(soprano), Maria José Carreiro da Conceição (soprano), Armando Possante (barítono).
O Programa consta de várias arias de algumas operas bem conhecidas farão deste concerto uma ocasião a não perder, além claro da inauguração de uma nova sala que é sempre de salientar, e de poderem ouvir um agrupamento de excelentes e promissores jovens instrumentistas.
No dia 8 de Maio às 22h em Alcanena (a norte de Santarém) - Inauguração do Cine-Teatro de Alcanena com a Orquestra Sinfónica Juvenil dirigida por Christopher Bochmann. Um programa que vai contar com a participação de Sandra Medeiros(soprano), Maria José Carreiro da Conceição (soprano), Armando Possante (barítono).
O Programa consta de várias arias de algumas operas bem conhecidas farão deste concerto uma ocasião a não perder, além claro da inauguração de uma nova sala que é sempre de salientar, e de poderem ouvir um agrupamento de excelentes e promissores jovens instrumentistas.
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Recomendação para Quarta-Feira dia 7 de Maio
No Blog "Belogue Notas" lemos hoje uma notícia de um concerto que não pode esperar pelas nossas recomendações de Quinta-Feira.
Assim se puderem não percam no Palácio da Independência na próxima Quarta-Feira pelas 19h um concerto em que será intepretado La Déscente d'Orphée aux Enfers de Marc Antoine Charpentier. Esta obra será interpretada pelos alunos do Instituto Gregoriano de Lisboa dirigidos por António Carrilho.
Este Concerto inclui-se na série concertos abertos da Antena 2 pelo que será transmitido por esta estação.
Se puderem não percam porque já sabem: Ao Vivo é Outra Coisa !
Assim se puderem não percam no Palácio da Independência na próxima Quarta-Feira pelas 19h um concerto em que será intepretado La Déscente d'Orphée aux Enfers de Marc Antoine Charpentier. Esta obra será interpretada pelos alunos do Instituto Gregoriano de Lisboa dirigidos por António Carrilho.
Este Concerto inclui-se na série concertos abertos da Antena 2 pelo que será transmitido por esta estação.
Se puderem não percam porque já sabem: Ao Vivo é Outra Coisa !
Master Classes com o professor Xuan Du
Recebemos da Orquestra Sinfónica Juvenil a informação que se vai realizar uma Master Class com o professor Xuan Du (Concertino da Orquestra Sinfónica Portuguesa).
As aulas decorrerão nas Sexta-Feira dia 16 de Maio e 6 de Junho no seguinte horário:
Das 18h00 às 20h00
Das 21h00 às 23h00
Estas Master Classes estão abertas a todos os jovens até aos 30 anos de idade que tenham terminado um bacharelato ou estejam inscritos num curso superior de violino.
Os participantes terão uma aula de 30 minutos no dia 16 de Maio, com obras à sua escolha, voltando a apresentar o mesmo repertório no dia 6 de Junho.
As inscrições deverão ser efectuadas através do site da Orquestra Sinfónica Juvenil
www.sinfonica-juvenil.com
Após confirmação da aceitação da inscrição, o aludo deverá efectuar o pagamento de:
Elementos da Orquestra Sinfónica Juvenil – Grátis
Elementos exteriores à Orquestra Sinfónica Juvenil - € 40
Os elementos da Orquestra Sinfónica Juvenil têm prioridade sobre outros candidatos.
As aulas decorrerão nas Sexta-Feira dia 16 de Maio e 6 de Junho no seguinte horário:
Das 18h00 às 20h00
Das 21h00 às 23h00
Estas Master Classes estão abertas a todos os jovens até aos 30 anos de idade que tenham terminado um bacharelato ou estejam inscritos num curso superior de violino.
Os participantes terão uma aula de 30 minutos no dia 16 de Maio, com obras à sua escolha, voltando a apresentar o mesmo repertório no dia 6 de Junho.
As inscrições deverão ser efectuadas através do site da Orquestra Sinfónica Juvenil
www.sinfonica-juvenil.com
Após confirmação da aceitação da inscrição, o aludo deverá efectuar o pagamento de:
Elementos da Orquestra Sinfónica Juvenil – Grátis
Elementos exteriores à Orquestra Sinfónica Juvenil - € 40
Os elementos da Orquestra Sinfónica Juvenil têm prioridade sobre outros candidatos.
Recomendação Antecipada: 7 de Maio em Castelo Branco
Na próxima Quarta-Feira dia 7 de Maio às 21:30 na Sé de Castelo Branco não percam integrado no Festival Primavera Musical poderão ouvir o MEDIAE VOX ENSEMBLE (grupo vocal). Ave Sponsa et Mater : O Amor Místico na obra de Hildegard von Bingen. Concerto com degustação de doces conventuais. Mais detalhes no site indicado em destaque na coluna à direita.
domingo, 4 de maio de 2008
Carnaval dos Animais de Saint Saens
Interrompo um pouco a nossa sequência sobre os nocturnos de Chopin para vos falar de uma peça de Saint Saens "Le Carnaval des Animaux" para que o João e família um dos vencedores do nosso pequeno passatempo possam tirar todo o partido desta obra.
Saint Saens quando era professor na escola Niedermeyer tinha prometido compor uma peça com este tema aos seus alunos. Cumpriu a promessa embora apenas vinte anos depois em 1886 (tinha sido professor entre 1861 e 1866).
Foi escrita também como surpresa para um concerto de Carnaval em que estaria presente o famoso violoncelista Leblouc amigo de Saint Saens. Na verdade a peça que suportava o nosso desafio "O Cisne" era-lhe especialmente dedicada. A peça pelo seu humor (que já vamos entender daqui a pouco) foi um sucesso. Saint Saens temeu que esta pudesse manchar a sua reputação de compositor sério e por isso proibiu a sua execução (com excepção do andamento do Cisne - o único sério de toda a obra) até à sua morte.
Esta peça juntamente com o Pedro e o Lobo de Prokofiev e o The Young Person's Guide to the Orchestra de Britten são provavelmente a melhor forma para explicar aos jovens (e menos jovens também) o que é orquestração e uma composição de música erudita.
Bom mas quanto ao carnaval ... Não se esqueçam que o objectivo de saint Saens era mesmo fazer rir. esta peça está repleta de pequenas anedotas musicais de enorme riqueza. Encontrei no You Tube uma excelente animação em Plasticina que nos vai acompanhar ao longo da explicação musical. Cuidado que o nível sonoro do início - contém sempre uma frase do autor da animação com o título da peça, está muito alto ...
Praticamente toda a informação referente a esta obra foi retirada da Enciclopédia de Música Grove e do site da BBC Music.
I- Introduction et marche royale du Lion (Introdução e Marcha Real do Leão)
Entrada majestosa como convém ao Rei dos animais. As escalas rápidas que as cordas realizam representam o rugido dos leões.
Oiçam aqui este andamento.
II- Poules et Coqs (Galinhas e Galos)
Um exemplo muito raro de música quase completamente imitativa. Ou seja o compositor pretendeu realmente imitar os sons da natureza.
Oiçam aqui este andamento.
III- Hémiones (animaux véloces) (Burros Selvagens)
Apenas o piano. estes animais são burros selvagens do Tibete. O tema procura ilustrar a rapidez surpreendente destes animais.
Oiçam aqui este andamento.
IV- Tortues (Tartarugas)
O tema, lento claro está, é interpretado pelos Violoncelos. esta passagem é uma "charge" musical a uma celebre parte de uma obra de Offenbach (Orphée en Enfer) à qual Saint Saens retirou o ritmo louco. Ou seja é uma espécie de anedota musical.
Oiçam aqui este andamento.
Comparem com o "original" aqui para perceberem a piada ... a tartaruga o animal mais lento da terra com um tema que lembra um ritmo frenético ...
V- L'Éléphant (Elefante)
Este movimento é também uma piada musical. Na verdade Saint Saens pega numa dança de Hector Berlioz, a "Dansa das Sylphes" da obra "La damnation de Faust" supostamente uma dança muito leve, muito aérea ... que aqui passa a representar um ... Elefante tocado pelo instrumento com o registo mais "baixo" de toda a orquestra o Duplo Baixo.
Oiçam aqui este andamento.
VI- Kangourous (Cangurus)
Quase que conseguimos "ver" os cangurus saltar com os intervalos de quinta sucessivos. Um intervalo é a "distância" entre duas notas. Um intervalo de quinta é um intervalo bastante grande, como o salto dos cangurus.
Prestem atenção o piano é o mais fácil para a identificação destes saltos.
Oiçam aqui este andamento
VII- Aquarium (Aquário)
Este andamento é um dos mais sofisticados musicalmente e a seguir ao Cisne o mais conhecido. A utilização de xilofones e outros instrumentos pouco comuns pretende criar uma atmosfera de mistério tranquilo.
Oiçam aqui este andamento.
VIII- Personnages à longues oreilles (Personagens com orelhas compridas)
Uma imitação dos burros através de dissonâncias. Há quem diga que este andamento é na verdade dirigido aos críticos de musica.
Oiçam aqui este andamento.
IX- Le coucou au fond des bois (O Cuco no fim do bosque)
Movimento bastante satírico em que o mesmo tema é tocado 21 vezes pelo clarinete.
Oiçam aqui este andamento.
X- Volière (Aviário)
Movimento muito melódico com a melodia suportada quase exclusivamente na flauta.
Oiçam aqui este andamento.
XI- Pianistes (Pianistas)
Os pianistas passam a sua vida a fazer escalas parece-nos dizer este andamento. Uma brincadeira de Saint Saens relativamente aos seus amigos pianistas.
Oiçam aqui este andamento.
XII- Fossiles (Fósseis)
Aqui Saint Saens parodia-se a ele mesmo recorrendo à sua composição Danse Macabre. Fósseis esqueletos, podem aparecer a qualquer momento.
Oiçam aqui este andamento.
XIII- Le Cygne O Cisne - A parte que estiveram a tentar reproduzir no jogo.
A parte mais séria da composição. Pela sua natureza virtuosistica é muito tocada por violoncelistas sendo sem dúvida o andamento mais conhecido.
Oiçam aqui este andamento.
XIV- Finale
Composto essencialmente (como é normal - uma espécie de re-exposição) pelo material já exposto.
Oiçam aqui este andamento.
Há vários autores que escreveram textos para serem lidos antes de cada um dos andamentos entre os quais o do americano Ogden Nash ... mas sobre isto mais amanhã porque acabei de ter uma ideia sobre o próximo desafio.
Saint Saens quando era professor na escola Niedermeyer tinha prometido compor uma peça com este tema aos seus alunos. Cumpriu a promessa embora apenas vinte anos depois em 1886 (tinha sido professor entre 1861 e 1866).
Foi escrita também como surpresa para um concerto de Carnaval em que estaria presente o famoso violoncelista Leblouc amigo de Saint Saens. Na verdade a peça que suportava o nosso desafio "O Cisne" era-lhe especialmente dedicada. A peça pelo seu humor (que já vamos entender daqui a pouco) foi um sucesso. Saint Saens temeu que esta pudesse manchar a sua reputação de compositor sério e por isso proibiu a sua execução (com excepção do andamento do Cisne - o único sério de toda a obra) até à sua morte.
Esta peça juntamente com o Pedro e o Lobo de Prokofiev e o The Young Person's Guide to the Orchestra de Britten são provavelmente a melhor forma para explicar aos jovens (e menos jovens também) o que é orquestração e uma composição de música erudita.
Bom mas quanto ao carnaval ... Não se esqueçam que o objectivo de saint Saens era mesmo fazer rir. esta peça está repleta de pequenas anedotas musicais de enorme riqueza. Encontrei no You Tube uma excelente animação em Plasticina que nos vai acompanhar ao longo da explicação musical. Cuidado que o nível sonoro do início - contém sempre uma frase do autor da animação com o título da peça, está muito alto ...
Praticamente toda a informação referente a esta obra foi retirada da Enciclopédia de Música Grove e do site da BBC Music.
I- Introduction et marche royale du Lion (Introdução e Marcha Real do Leão)
Entrada majestosa como convém ao Rei dos animais. As escalas rápidas que as cordas realizam representam o rugido dos leões.
Oiçam aqui este andamento.
II- Poules et Coqs (Galinhas e Galos)
Um exemplo muito raro de música quase completamente imitativa. Ou seja o compositor pretendeu realmente imitar os sons da natureza.
Oiçam aqui este andamento.
III- Hémiones (animaux véloces) (Burros Selvagens)
Apenas o piano. estes animais são burros selvagens do Tibete. O tema procura ilustrar a rapidez surpreendente destes animais.
Oiçam aqui este andamento.
IV- Tortues (Tartarugas)
O tema, lento claro está, é interpretado pelos Violoncelos. esta passagem é uma "charge" musical a uma celebre parte de uma obra de Offenbach (Orphée en Enfer) à qual Saint Saens retirou o ritmo louco. Ou seja é uma espécie de anedota musical.
Oiçam aqui este andamento.
Comparem com o "original" aqui para perceberem a piada ... a tartaruga o animal mais lento da terra com um tema que lembra um ritmo frenético ...
V- L'Éléphant (Elefante)
Este movimento é também uma piada musical. Na verdade Saint Saens pega numa dança de Hector Berlioz, a "Dansa das Sylphes" da obra "La damnation de Faust" supostamente uma dança muito leve, muito aérea ... que aqui passa a representar um ... Elefante tocado pelo instrumento com o registo mais "baixo" de toda a orquestra o Duplo Baixo.
Oiçam aqui este andamento.
VI- Kangourous (Cangurus)
Quase que conseguimos "ver" os cangurus saltar com os intervalos de quinta sucessivos. Um intervalo é a "distância" entre duas notas. Um intervalo de quinta é um intervalo bastante grande, como o salto dos cangurus.
Prestem atenção o piano é o mais fácil para a identificação destes saltos.
Oiçam aqui este andamento
VII- Aquarium (Aquário)
Este andamento é um dos mais sofisticados musicalmente e a seguir ao Cisne o mais conhecido. A utilização de xilofones e outros instrumentos pouco comuns pretende criar uma atmosfera de mistério tranquilo.
Oiçam aqui este andamento.
VIII- Personnages à longues oreilles (Personagens com orelhas compridas)
Uma imitação dos burros através de dissonâncias. Há quem diga que este andamento é na verdade dirigido aos críticos de musica.
Oiçam aqui este andamento.
IX- Le coucou au fond des bois (O Cuco no fim do bosque)
Movimento bastante satírico em que o mesmo tema é tocado 21 vezes pelo clarinete.
Oiçam aqui este andamento.
X- Volière (Aviário)
Movimento muito melódico com a melodia suportada quase exclusivamente na flauta.
Oiçam aqui este andamento.
XI- Pianistes (Pianistas)
Os pianistas passam a sua vida a fazer escalas parece-nos dizer este andamento. Uma brincadeira de Saint Saens relativamente aos seus amigos pianistas.
Oiçam aqui este andamento.
XII- Fossiles (Fósseis)
Aqui Saint Saens parodia-se a ele mesmo recorrendo à sua composição Danse Macabre. Fósseis esqueletos, podem aparecer a qualquer momento.
Oiçam aqui este andamento.
XIII- Le Cygne O Cisne - A parte que estiveram a tentar reproduzir no jogo.
A parte mais séria da composição. Pela sua natureza virtuosistica é muito tocada por violoncelistas sendo sem dúvida o andamento mais conhecido.
Oiçam aqui este andamento.
XIV- Finale
Composto essencialmente (como é normal - uma espécie de re-exposição) pelo material já exposto.
Oiçam aqui este andamento.
Há vários autores que escreveram textos para serem lidos antes de cada um dos andamentos entre os quais o do americano Ogden Nash ... mas sobre isto mais amanhã porque acabei de ter uma ideia sobre o próximo desafio.
sábado, 3 de maio de 2008
Nocturnos de Chopin - Sétima Parte
Poderão interrogar-se porque faço questão de vos mostrar todos os nocturnos de Chopin quando não o fiz para outros conjuntos de obras, alguns deles pelo menos na teoria mais merecedores de tal destaque.
Essa escolha está relacionada apenas com o objectivo do nosso blog e de eu achar que estas peças são pela sua natureza fáceis de ouvir e logo constituem uma excelente introdução à música clássica. A outra razão é pessoal. Durante muito tempo na minha adolescência Chopin foi o meu compositor preferido (para depois ser destronado por Beethoven) e ouvi vezes sem conta os nocturnos.
Os dois nocturnos do Opus 55 são ambos dedicados a Mlle. J. W. Stirling, uma aluna do compositor. Foram ambos compostos em 1833 e publicados em 1834. Segundo James Huneker autor da obra "Chopin - The Man and his Music" nenhum destes dois nocturnos merece grande atenção ... Pelo menos em relação ao primeiro discordamos.
Na realidade o primeiro destes nocturnos, sem dúvida o mais conhecido dos dois, o Nocturno nº 15 em Fá Sustenido Menor tem como sempre uma melodia cheia de desespero e de melancolia. Porém neste caso esta peça parece ter remédio para tanto sofrimento acabando num tom bem mais alegre. O You Tube permite-nos coisas fantásticas e para ilustrar este Nocturno proponho-vos uma gravação, cheia de estática e outros ruídos do grande pianista Vladimir de Pachmann (1848-1933). Oiçam aqui.
O segundo nocturno em Mi Bemol Maior é na realidade muito menos tocado e sinceramente não me inspira muito ... apesar da melodia ser muito bela também. Mas julguem por vós mesmos. Oiçam aqui.
Essa escolha está relacionada apenas com o objectivo do nosso blog e de eu achar que estas peças são pela sua natureza fáceis de ouvir e logo constituem uma excelente introdução à música clássica. A outra razão é pessoal. Durante muito tempo na minha adolescência Chopin foi o meu compositor preferido (para depois ser destronado por Beethoven) e ouvi vezes sem conta os nocturnos.
Os dois nocturnos do Opus 55 são ambos dedicados a Mlle. J. W. Stirling, uma aluna do compositor. Foram ambos compostos em 1833 e publicados em 1834. Segundo James Huneker autor da obra "Chopin - The Man and his Music" nenhum destes dois nocturnos merece grande atenção ... Pelo menos em relação ao primeiro discordamos.
Na realidade o primeiro destes nocturnos, sem dúvida o mais conhecido dos dois, o Nocturno nº 15 em Fá Sustenido Menor tem como sempre uma melodia cheia de desespero e de melancolia. Porém neste caso esta peça parece ter remédio para tanto sofrimento acabando num tom bem mais alegre. O You Tube permite-nos coisas fantásticas e para ilustrar este Nocturno proponho-vos uma gravação, cheia de estática e outros ruídos do grande pianista Vladimir de Pachmann (1848-1933). Oiçam aqui.
O segundo nocturno em Mi Bemol Maior é na realidade muito menos tocado e sinceramente não me inspira muito ... apesar da melodia ser muito bela também. Mas julguem por vós mesmos. Oiçam aqui.
Desafio Musical - Resultados Finais
Desafio musical - Resultados finais
1º - Pianoman: 4.136
2º - João Martins (12 anos): 4.121
3º - Tarzan: 4.105
4º - Raul Martins: 4.057
5º - AP: 3.877
5º - PºG: 3.839
6º - Joana Oliveira (13 anos): 3706
7º - Catarina Martins (8 anos): 3686
8º - Eu (:-)) 3.508
Ora bem o prémio surpresa para o Pianoman são dois trios de piano de Saint-Saens. Por outro lado para premiar a Família Martins e em particular o João o júri decidiu por unanimidade oferecer um prémio especial. Hesitou muito o júri entre três hipóteses que achamos excelentes para uma introdução à música clássica ... democraticamente decidiu o juri dar isso à escolha do João. Assim as três hipóteses são:
1) O Carnaval dos Animais (do qual faz parte precisamente o Cisne que tentaram reproduzir no Violoncelo :-))
2) Pedro e o Lobo
3) The Young Person’s Guide to the Orchestra de Britten ...
Sei que é uma escolha difícil mas ...
Pedia aos vencedores que me enviem um endereço de email com capacidade suficiente para receberem estes ficheiros (em alternativa posso também enviar um link para um File Share chamado Yousendit ... ), e no caso do João qual a escolha. Só para que fiquem descansados estas não são versões pirata. São compradas e respeitam as regras de direito de autor ... Gosto demasiado de música para não respeitar o direito de quem tenta fazer a sua vida dando-nos tanto prazer ...
Outros desafios nos próximos tempos ficam já prometidos. Os próximos, por pedidos de várias famílias vão recompensar a destreza intelectual e o conhecimento ...
Fiquem bem nesta excelente tarde de sábado. Mais chopin daqui a pouco neste vosso blog.
1º - Pianoman: 4.136
2º - João Martins (12 anos): 4.121
3º - Tarzan: 4.105
4º - Raul Martins: 4.057
5º - AP: 3.877
5º - PºG: 3.839
6º - Joana Oliveira (13 anos): 3706
7º - Catarina Martins (8 anos): 3686
8º - Eu (:-)) 3.508
Ora bem o prémio surpresa para o Pianoman são dois trios de piano de Saint-Saens. Por outro lado para premiar a Família Martins e em particular o João o júri decidiu por unanimidade oferecer um prémio especial. Hesitou muito o júri entre três hipóteses que achamos excelentes para uma introdução à música clássica ... democraticamente decidiu o juri dar isso à escolha do João. Assim as três hipóteses são:
1) O Carnaval dos Animais (do qual faz parte precisamente o Cisne que tentaram reproduzir no Violoncelo :-))
2) Pedro e o Lobo
3) The Young Person’s Guide to the Orchestra de Britten ...
Sei que é uma escolha difícil mas ...
Pedia aos vencedores que me enviem um endereço de email com capacidade suficiente para receberem estes ficheiros (em alternativa posso também enviar um link para um File Share chamado Yousendit ... ), e no caso do João qual a escolha. Só para que fiquem descansados estas não são versões pirata. São compradas e respeitam as regras de direito de autor ... Gosto demasiado de música para não respeitar o direito de quem tenta fazer a sua vida dando-nos tanto prazer ...
Outros desafios nos próximos tempos ficam já prometidos. Os próximos, por pedidos de várias famílias vão recompensar a destreza intelectual e o conhecimento ...
Fiquem bem nesta excelente tarde de sábado. Mais chopin daqui a pouco neste vosso blog.
Mais uma recomendação para hoje Sábado
Através do Blog "A Lua Flutua" que é uma das minhas leituras regulares, e que também vos recomendo, descobri um outro concerto que vos poderá interessar.
Trata-se de um concerto pela Orquestra Sinfónica ARTAVE com 80 músicos e coro CCM/ARTAVE com 100 cantores dirigidos por Ernst Schelle. Serão solistas Stéphane Chapuis (Bandoneon), Simona Mango (Mezzosoprano) Armando Noguera (Barítono).
Serão interpretadas "Missa Tango" de L. Bacalov e "Páscoa Russa" de Rimsky-Korsakov.
No Porto, Igreja da Cedofeita às 21:45h, a entrada é livre.
Trata-se de um concerto pela Orquestra Sinfónica ARTAVE com 80 músicos e coro CCM/ARTAVE com 100 cantores dirigidos por Ernst Schelle. Serão solistas Stéphane Chapuis (Bandoneon), Simona Mango (Mezzosoprano) Armando Noguera (Barítono).
Serão interpretadas "Missa Tango" de L. Bacalov e "Páscoa Russa" de Rimsky-Korsakov.
No Porto, Igreja da Cedofeita às 21:45h, a entrada é livre.
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Site Orgãos de Portugal Actualizado
O site Orgãos de Portugal de que falámos aqui foi recentemente actualizado com mais conteúdo muito interessante para quem gosta deste instrumento (e não só).
Recomendamos uma nova visita (se já conhece) ou a experimentação (se ainda não conhece ;-)). Aponte o seu browser para aqui.
Aproveitamos ainda para em nome do Nuno Carmona (o autor do site) fazer o seguinte pedido:
"Deixo um apelo a quem queira enviar fotografias ou informações em relação aos órgãos catalogados ou que estejam fora da lista."
Mais uma vez parabéns ao Nuno por um excelente site ...
Recomendamos uma nova visita (se já conhece) ou a experimentação (se ainda não conhece ;-)). Aponte o seu browser para aqui.
Aproveitamos ainda para em nome do Nuno Carmona (o autor do site) fazer o seguinte pedido:
"Deixo um apelo a quem queira enviar fotografias ou informações em relação aos órgãos catalogados ou que estejam fora da lista."
Mais uma vez parabéns ao Nuno por um excelente site ...
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Nocturnos de Chopin - Sexta Parte
Os dois nocturnos que compõem o Opus 48, Nocturno nº 13 e o Nocturno nº 14 são ambos de uma beleza que apenas a música pode descrever. Ambos foram dedicados a Laura Duperre. Foram compostos em 1841/42 tendo sido publicados em 1842.
O Nocturno nº 13 em Dó Menor (lento) sai do simples domínio do Nocturno. Pelo seu tipo de escrita virtuosa pode lembrar-nos as baladas. Embora muitos dos historiadores e estudiosos da obra de Chopin, nomeadamente Nieck e mesmo Robert Schumann tenham emitido reservas sobre esta composição pessoalmente não posso deixar de considerar que é um dos mais nobres, um dos que melhor expressa a tristeza, quem sabe a saudade da pátria? Certamente um dos meus preferidos e não estou apenas a falar de Nocturnos e de Chopin.
Fiquem aqui com o Nocturno nº 13 pelo pianista Josef Hoffmann.
Quanto ao Nocturno nº 14 em Fá Sustenido Menor (Andantino) o que podemos dizer? Oiçam a belíssima melodia com o coração e no fim serão Polacos :-) ... Poderão depois reverter o feitiço ouvindo Carlos Paredes. Fora de brincadeira também este nocturno expressa de forma sublime um sentimento de saudade, de angústia. Oiçam-no interpretado por Grante (pianista que confesso não conheço), aqui.
O Nocturno nº 13 em Dó Menor (lento) sai do simples domínio do Nocturno. Pelo seu tipo de escrita virtuosa pode lembrar-nos as baladas. Embora muitos dos historiadores e estudiosos da obra de Chopin, nomeadamente Nieck e mesmo Robert Schumann tenham emitido reservas sobre esta composição pessoalmente não posso deixar de considerar que é um dos mais nobres, um dos que melhor expressa a tristeza, quem sabe a saudade da pátria? Certamente um dos meus preferidos e não estou apenas a falar de Nocturnos e de Chopin.
Fiquem aqui com o Nocturno nº 13 pelo pianista Josef Hoffmann.
Quanto ao Nocturno nº 14 em Fá Sustenido Menor (Andantino) o que podemos dizer? Oiçam a belíssima melodia com o coração e no fim serão Polacos :-) ... Poderão depois reverter o feitiço ouvindo Carlos Paredes. Fora de brincadeira também este nocturno expressa de forma sublime um sentimento de saudade, de angústia. Oiçam-no interpretado por Grante (pianista que confesso não conheço), aqui.
Master Classes em Famalicão
Com o nosso pedido de desculpa pelo atraso nesta divulgação mas tinha ido parar ao SPAM não percebo porque razão ... que SPAM não é concerteza e temos o maior gosto em divulgar este tipo de iniciativas.
"O Stellenbosch Festival de Música de Câmara Internacional é o único festival do seu tipo na África do Sul, incorporando música de câmara nas suas componentes prática e educativa. Em 2008 o festival celebra o seu 5º aniversário e a organização decidiu promover uma versão reduzida do evento com o objectivo de criar uma rede musical com outras cidades internacionais. A primeira extensão deste Festival vai decorrer na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, Portugal, nos dias 9, 10 e 11 de Maio."
Criar um ambiente de interacção entre estudantes de música e instrumentistas de calibre internacional e servir de montra a jovens talentos são os principais objectivos deste festival.
Ou seja amigos músicos, irão realizar-se Master Classes em Famalicão entre os dias 9 e 11 de Maio. A data limite para inscrições é o dia 2 de Maio de 2008, ou seja amanhã. TODAS AS INFORMAÇÕES AQUI.
Os professores:
Piano : Nina Schumann (África do Sul) e Luis Magalhães (Portugal) que será também responsável pela Direcção Artística.
Cordas: Benjamim Schmid (violino) – Áustria, Suzanne Martens (violino) - África do Sul, Xandi van Dijk (viola) - África do Sul, Eugene Osadchy (violoncelo) - EUA, Peter Martens (violoncelo) – África do Sul, Leon Bosch (contrabaixo) – Inglaterra
Trompa: Abel Pereira - Portugal
Os músicos participantes no Festival protagonizarão três concertos, a solo ou em formação de orquestra de câmara de que vos daremos conta obviamente. Os alunos que se inscreverem nas master-classes terão ainda a oportunidade de participar no concerto de encerramento caso sejam seleccionados para isso durante os dias do festival.
"O Stellenbosch Festival de Música de Câmara Internacional é o único festival do seu tipo na África do Sul, incorporando música de câmara nas suas componentes prática e educativa. Em 2008 o festival celebra o seu 5º aniversário e a organização decidiu promover uma versão reduzida do evento com o objectivo de criar uma rede musical com outras cidades internacionais. A primeira extensão deste Festival vai decorrer na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, Portugal, nos dias 9, 10 e 11 de Maio."
Criar um ambiente de interacção entre estudantes de música e instrumentistas de calibre internacional e servir de montra a jovens talentos são os principais objectivos deste festival.
Ou seja amigos músicos, irão realizar-se Master Classes em Famalicão entre os dias 9 e 11 de Maio. A data limite para inscrições é o dia 2 de Maio de 2008, ou seja amanhã. TODAS AS INFORMAÇÕES AQUI.
Os professores:
Piano : Nina Schumann (África do Sul) e Luis Magalhães (Portugal) que será também responsável pela Direcção Artística.
Cordas: Benjamim Schmid (violino) – Áustria, Suzanne Martens (violino) - África do Sul, Xandi van Dijk (viola) - África do Sul, Eugene Osadchy (violoncelo) - EUA, Peter Martens (violoncelo) – África do Sul, Leon Bosch (contrabaixo) – Inglaterra
Trompa: Abel Pereira - Portugal
Os músicos participantes no Festival protagonizarão três concertos, a solo ou em formação de orquestra de câmara de que vos daremos conta obviamente. Os alunos que se inscreverem nas master-classes terão ainda a oportunidade de participar no concerto de encerramento caso sejam seleccionados para isso durante os dias do festival.
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